Rafael Kadashi fala sobre a utilização da vulnerabilidade em seu novo álbum

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A vulnerabilidade segue guiando a atual fase do trabalho do cantor e compositor carioca Rafael Kadashi. Após chamar atenção com o álbum “Quebrado”, o artista revela uma série de singles onde explora a complexidade dos amores urbanos. Seguindo “Copo de vodca” e “Nem o Fim”, agora é a vez de “Sentimentos sensíveis”, uma reinterpretação da faixa “Invisível e Inaudível” presente em seu último disco.

A composição parte de um lugar oposto à vulnerabilidade. Uma espécie de muralha ou armadura supostamente deve proteger quem não deseja se expor emocionalmente – porém, um amor é imaterial e inexplicável, capaz de ultrapassar até mesmo os obstáculos mais fortes.

Com o lançamento do álbum “Quebrado”, as suas músicas vêm explorando a vulnerabilidade e a complexidade dos amores urbanos. O que o fez querer entrar nessa fase e explorar melhor essa linha de pensamento?

Eu sempre vivi isso, desde a minha adolescência, sempre quis ir mais fundo nos meus sentimentos, e por ter passado por vários momentos complexos e delicados no amor (muitos de nós passamos né rs) eu decidi musicar e cantar para que as pessoas pudessem se conectar com a minha música e o que vivi. Por mergulhar de cabeça em todas as minhas relações eu acabei me ferrando muitas vezes, mas outras eu pude vivenciar bem a paixão, tanto a dor quando o amor me fez evoluir, Quebrado fala muito disso, amor, paixão e dor, nem sempre nessa ordem mas muito isso.

Foto: Diogo Castro

Uma de suas músicas que veio mais recentemente foi “Sentimentos Sensíveis”, que se trata de uma reinterpretação da faixa Invisível e Inaudível”, que estava presente em seu último disco. Porque a decisão de revive-la novamente e qual o encaixe dela no momento em que estamos passando atualmente?

Meu novo projeto “Pedaço por Pedaço” é basicamente o que aconteceu depois de ter quebrado, e vi a necessidade de reforçar a mensagem dessa música “Sentimentos são sensíveis, se tocar podem quebrar, não importa a armadura ela cede para amar” olha que lindo! Não importa a sua resistência ao amor ele sempre vence! Eu vejo e sinto que o mundo está indo para o caminho oposto do amor, ele está se perdendo, essa música fala muito com essas pessoas, quero muito que ela alcance muita gente. No álbum essa faixa ficou apagada, distante, e vi a necessidade de dar mais vida a ela, então troquei nome, fiz uma arte que tivesse mais a ver com a música e comigo, e me tocou demais, essa música me representa.

Com a premissa de que a música chega para deixar claro que o amor vence qualquer barreira, como você definiria o poder de influência de suas músicas na vida das pessoas?

Pelo os feedbacks que tenho recebido, vejo que as pessoas estão se conectando de uma maneira muito profunda e elas estão explorando em suas emoções tudo que a música fala, sentimentos sensíveis e copo de vodca são as que mais mexem com as pessoas e saber disso me deixa muito feliz sabe sensação de dever cumprido.

Foto: Diogo Castro

Já anunciado, o projeto “Pedaço Por Pedaço”, revelará uma sequência de singles que contarão histórias de um momento ruim, e posteriormente a sua reconstrução como ser humano. Poderia nos adiantar alguma informação sobre esse novo projeto, e qual a sua previsão de lançamento?

Claro que sim! Conto tudo rs. Depois de juntar os pedaços vou lançar um Ep que sairá pelo primeiro semestre de 2021, o nome é “31” em comemoração à minha idade (se Deus quiser estarei vivo) eu faço 31 anos no dia 03-12 e estou feliz por isso e animado também, esse Ep e é a reconstrução total até as faixas falam muito sobre isso pois se você ler elas na ordem fica assim “Curando, Um dia de cada vez, 31, cicatrizes de amor”. Essas serão as faixas do meu próximo projeto, to animado, espero que o mundo melhore para podermos seguir com nossos planos e sonhos.

Aparentemente, você construiu a sua relação com a música a partir de observações referentes as interações humanas e suas emoções próprias. Hoje em dia, como funciona o seu processo de composição e quais são os principais elementos que acabam o inspirando?

Tem muita coisa, mas posso afirmar que as principais são: Os problemas do cotidiano; a falta de amor que o ser humano vem tendo pela vida; O medo que as pessoas têm de se entregar aos seus sentimentos; E o meu dia a dia. Qualquer pensamento solto já me faz querer criar uma canção, acho que elas têm muito mais poder.

Foto: Divulgação

Em relação ao álbum “Quebrado”, você estendeu sua mão ao ouvinte para que possam buscar juntos os seus pedaços do passado e seguirem em frente. Esse álbum foi baseado em situações reais vividas por você?

Foi sim e muito, algumas faixas me tocam demais como “Não vou te esquecer” que relata a perda de pessoas muito amadas e queridas, amores para a vida inteira que agora são saudades para a vida inteira. “Desaparecer” era o que eu mais queria fazer, mas não dava, como a música mesmo fala é importante colocar pontos finais para podermos seguir em frente e foi exatamente isso que eu fiz, não foi fácil mas fiz, e gostaria muito de ajudar as pessoas as fazerem isso também.

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