O DJ, produtor e músico Davi Kneip se destaca nas redes sociais com uma jornada inspiradora que mistura superação pessoal e paixão pela música. Tendo enfrentado questões como anorexia e um tumor suspeito no estômago, Kneip compartilhou sua recuperação online, atraindo seguidores que se inspiram em seu estilo de vida e mensagem positiva. Hoje, o artista se consolida no cenário do funk com o estilo MTG, que une capelas e beats em novas criações, e celebra colaborações com ícones como Alcione e Kelly Key.
Como você descreveria sua jornada desde o início da carreira até se tornar um fenômeno nas redes sociais? Quais foram os momentos mais significativos?
Olha, como minha carreira começou, eu digo que tudo tem um propósito de Deus, sabe? Tudo começou por uma dificuldade. Eu já tive problemas de anorexia e até uma suspeita de tumor no estômago. Eu era bem gordinho, emagreci muito, e depois consegui me recuperar e superar esse trauma. Comecei a compartilhar minha jornada nas redes sociais e a ganhar seguidores, inspirando pessoas a buscarem um corpo e uma alimentação saudáveis, além de uma versão melhor de si mesmas. Paralelamente, sempre estive envolvido com música. Aprendi a tocar bateria na igreja e sempre gostei muito dessa arte.
Você mencionou que foi apadrinhado por grandes artistas do funk de Belo Horizonte. Como essa influência moldou seu estilo e sua abordagem musical?
No início da minha carreira, trabalhei muito tempo na televisão e conheci grandes artistas, como o L. Da Vinci. Na época em que ele estourou com ‘Parado no Bailão’, um hit mundial, ele me apadrinhou no funk e me ajudou a lançar uma das minhas primeiras músicas. Recebi muito apoio e, com certeza, isso influenciou bastante minha trajetória. Outros artistas do funk de BH, como MC Rick, Delano, Anjim, e Laranjinha, também me acolheram, e todos eles têm um papel importante na minha carreira.
O que exatamente significa MTG para você, e como ele se diferencia de outros estilos musicais?
MTG significa ‘montagem’. Esse estilo já está presente no funk há muitos anos, especialmente no Rio de Janeiro, e agora estourou em BH. A MTG é basicamente a união de várias vozes e músicas em um novo contexto. Pegamos várias faixas e as combinamos com uma batida e ritmo novos, criando algo inédito.
Você poderia explicar mais sobre o processo criativo por trás de suas músicas, especialmente em relação à mistura de capelas e beats no MTG?
Meu processo criativo é bem único. Acho que a cabeça de um artista é difícil de entender, né? Vou experimentando, testando o que combina e o que não combina, até que o beat se encaixe perfeitamente no que a música ou o novo ritmo pedem. É muito legal, sempre exploramos coisas novas até que o som fique com o swing perfeito.
Como foi a experiência de trabalhar com a música “Você Me Vira A Cabeça” e receber a liberação da Alcione? Quais desafios você enfrentou durante esse processo?
Quando o Kellner, meu parceiro que criou a música ‘Você me Vê na Cabeça’, me convidou para participar, foi uma experiência incrível trazer esse toque mineiro para a faixa. No processo, entrei em contato com o pessoal da Alcione e, para minha surpresa, consegui falar com a Solange, irmã dela. Expliquei quem eu era e como queríamos recriar algo novo para que o pessoal mais jovem entendesse a importância da cultura brasileira. Conseguir um feat com a Alcione foi uma realização, assim como com o Caetano Veloso, que me acolheu com muitos conselhos. Conhecer esses ícones pessoalmente foi uma experiência que marcou minha vida.
O que você espera que os ouvintes sintam ao ouvir suas músicas e a nova abordagem que você traz para o funk?
O que espero é que quem ouve minhas músicas sinta vontade de dançar e seja contagiado pela felicidade. Música desperta sentimentos; quando escutamos algo alegre, sentimos uma energia para dançar, para sair. Eu crio minhas músicas para realmente tocar o público e trazer alegria para a vida de cada um.
Você tem alguma inspiração ou ídolo no cenário musical que o motiva a continuar inovando e criando? Como essas influências se refletem no seu trabalho?
Minhas inspirações vêm tanto de artistas internacionais como Maluma, Justin Bieber, e Michael Jackson, quanto de grandes nomes da música brasileira, como Caetano Veloso, Alcione, Tim Maia e Roberto Carlos. Todos eles abriram portas para nós. Muitas barreiras que eles quebraram permitem que hoje possamos criar com mais liberdade. Essa influência certamente reflete no nosso trabalho.
Quais são seus planos futuros para a carreira, especialmente em relação a colaborações e novos lançamentos?
Meus planos para o futuro incluem continuar fazendo música e buscando novas conexões. Recentemente, lancei uma faixa com a Kelly Key, um ícone da música brasileira. Meu objetivo é alcançar parcerias internacionais e trazer alegria para o público. Quero explorar novos ritmos e sempre fazer algo inovador que faça as pessoas dançarem e se divertirem, seja nas festas ou em casa.
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