Conhecida por dublar personagens como Princesa Jujuba de “Hora de Aventura” e a fofíssima Agnes da trilogia “Meu Malvado Favorito”, a dubladora Pamella Rodrigues coleciona diversos trabalhos em seu currículo, desde seriados até filmes famosos que marcaram a vida de todos os públicos, como “Juntos Pelo Acaso”, “Jogos Vorazes” e “Minhas Adoráveis Ex-Namoradas”.
No Brasil, ela também foi dubladora de Elle e Dakota Fanning em filmes como “Bbael”, ‘O Curioso Caso de Benjamin Button” e Dakota Fanning em “Guerra dos Mundos”. Confira a entrevista!
Como foi seu início na dublagem?
Comecei a carreira de atriz aos 8 anos. Havia feito inúmeros trabalhos para a Globo. Trabalhei com Xuxa, fiz Alma Gêmea, um seriado no Canal Futura, entre outras tantas produções. Quando entrei para o curso de dublagem eu não fazia ideia do que era. Me foi dada essa oportunidade de fazer o curso e, desde a primeira aula, me apaixonei pela arte de dublar (e pela minha professora Flávia Saddy). Terminei o curso com 11 para 12 anos e nunca mais parei de dublar. Amo muito o que faço e sou grata a Deus por poder trabalhar com o que amo e por Ele ter colocado os anjos dele (todas as pessoas que me ajudaram em todo esse processo) no meu caminho, me dando a oportunidade de mostrar o meu talento. Agora tenho 17 anos de dublagem e muitos personagens que me fizeram crescer pessoal e profissionalmente.
No cinema, uma de suas personagens mais queridas foi a Agnes de “Meu Malvado Favorito”. Qual a importância desse projeto para você?
Agnes é meu xodozinho. Foi um marco para mim. Como não se apaixonar, né não? Enfim… Meu Malvado Favorito foi um filme que agradou a todos, crianças e adultos. Costumo dizer que a dublagem se tornou POP. Todos querem saber quem são as vozes por trás dos personagens. Com a Agnes (e com a Jujuba) as pessoas me descobriram. Fiz o teste com o Guilherme Briggs (amo!) e quando soube que tinha passado eu dei uma leve surtada (risos). Agnes tem um lugar muito especial no meu coração.
Você também fez a voz da Princesa Jujuba de “Hora de Aventura”. Como foi participar desse sucesso das crianças?
Cresci com a personagem. Dublei a Jujuba por 8 anos. Não dá para explicar o sucesso que foi/é Hora de Aventura. Quando começamos uma produção, não temos NOÇÃO da proporção que aquilo vai tomar… e, de repente, BOOM! SUCESSO! Ao assistir, hoje, os primeiros episódios… percebo o quanto a minha voz amadureceu e acompanhou o crescimento da personagem. Jujuba me proporcionou momentos de muita alegria e fico muito feliz por saber que marquei uma geração, sabe? Está registrado e vai ficar na memória afetiva de muitos, sejam crianças ou adultos. Hora de Aventura fez história e abordou assuntos importantíssimos de forma leve, colorida e descontraída. Gratidão define!
A Elle Fanning foi uma das atrizes que mais teve dublagem sua nos cinemas, como em “Babel”, “Curioso Caso de Benjamin Button”, entre outras produções. Conte-nos um pouco sobre seu trabalho com ela?
Eu fico maravilhada em poder dublar a Elle porque ela é uma das poucas atrizes que continuo dublando desde pequenininha e porque a admiro muito como atriz. Conheço a forma dela trabalhar e, para mim, o trabalho no estúdio flui muito bem porque já sei o jeito dela trabalhar, já sei o tom que ela usa e procuro sempre deixar o mais próximo da interpretação dela. As personagens da Elle são profundas e contém, na maioria das vezes, uma carga dramática muito grande, o que eu AMO! Me emociono sempre… inclusive, tem produção nova saindo do forno e mais uma vez sou a voz dela na versão brasileira.
Outra série conhecida na televisão foi “Eu, a Patroa e as Crianças”, que fez ao lado de Bruna Laynes e Ana Elena Bittencourt. Vocês têm uma boa amizade até hoje?
Sim, nos conhecemos desde a época do teatro. Antes mesmo deu fazer o curso de dublagem, São muito queridas e amadas. Mas em “Eu, a Patroa e as Crianças” eu fiz apenas algumas participações. Ao contrário do que está em muitos sites, eu não fiz parte do elenco fixo da série. Eu estava bem no início da minha carreira.
No Disney Channel, teve o papel da atriz Mia Talerico em “Boa Sorte Charlie!”. Por se tratar de dublar uma criança pequena ainda, houve algumas dificuldades?
Zero dificuldade. Sempre dublei criança, tenho facilidade. Até choro de neném eu dublo, acredita? Real oficial. O que acabou, Graças a Deus, foi o estereótipo de que eu dublo APENAS criança. Não faz muito tempo, comecei a dublar personagens mais maduros e, apesar de estar no mercado há alguns bons anos, estou sempre me redescobrindo e aumentando o meu leque de versatilidade. Que bom ter a oportunidade de mostrar tantas versões de mim. A dublagem é uma ramificação da carreira do ator. Não dá para ser dublador sem ser ator. É muito importante se incomodar, sair da zona de conforto e procurar se superar sempre. Que venham muitos mais personagens desafiadores, sejam eles crianças ou não.
Como é interpretar a personagem Mylène Haprèle em “Miraculos: As Aventuras de Ladybug”?
Ah, essa personagem é uma delícia. Acho ela a minha cara: é baixinha e muito estilosa (modesta, né? Hauahau). Eu esatou sempre mudando o meu cabelo. Se eu pudesse teria um cabelo diferente a cada mês (risos). E como eu, ela é doce e muito amorosa. Presente da Maíra Góes que amei demais. E que alegria é fazer parte desse sucesso entre as crianças! Me identifico muito com a personagem e, um dia, ainda vou fazer uns dreadlocks mucho locos e coloridos que nem os dela.
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Tenha força, foco e muita fé. Nunca desista do seu sonho e não permita que ninguém diga o que você tem que fazer ou não. Viver é sonhar, sem isso nada faz sentido…. Seja você o herói da sua história. Todo dia é uma nova oportunidade de colorir sua vida, página por página. Devagar e sempre se vai muito longe. Muito amor, muita paz e muita luz no seu caminho. Bjs da PamPam.