Conheça a trajetória musical de Thícia, a nova aposta da Warner Music

11 Min Read

Uma viajante aprendiz, em constante processo de autoconhecimento, na busca da melhor versão que pode ter. Essa é Thícia, nascida Letícia Pedro dos Santos, 31 anos. Natural de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, a artista é uma guria-mulher indo para a vida e pronta para compartilhar com o público o seu mundo.

Aposta da Warner Music Brasil para o cenário fonográfico, a artista coloca em composições autorais a forma do que vê e sente ao redor. Ela é e leva, principalmente, por meio da música, amor. Extremamente sensível, intensa, espontânea, sincera, ansiosa, impulsiva e até, como ela mesmo descreve, ‘chatinha’ algumas vezes, Thícia é sempre autêntica. Ariana destemida, lésbica e militante da causa LGBTQIA+, compositora e cantora. Ela se coloca à serviço dos outros por meio da voz, ajuda as pessoas a se conectarem com os próprios sentimentos.

Acreditando na arte como um poderoso portal, capaz de transportar o público para mundos diversos, Thícia está pronta para apresentar frequências incríveis para equalizar os ouvidos atentos. A relação com a música é antiga, em casa, sempre existiu. Aos 13 anos, aprendeu a tocar violão de tanto ver o seu irmão dedilhando o instrumento.

Para quem ainda não a conhece, poderia nos contar um pouco mais sobre seu trabalho na música? Como foi o apoio da família no início?

Desde pequena a música faz parte da minha vida. Aprendi a tocar violão com 13 anos, de tanto ver meu o irmão com esse instrumento. Entre 2012 e 2013, compus a primeiras canções que fizeram eu ter a certeza que o meu caminho era na música. Em 2014, para a minha felicidade, a cantora Anitta gravou a música “Quem Sabe” que é de minha autoria. Essa canção fez parte do DVD “Meu Lugar” e também da trilha sonora de Malhação “Sonhos”. Com o retorno financeiro, busquei gravar o meu trabalho independente, mas não dei continuidade. Foquei, então, no meu crescimento pessoal, refletindo muito sobre a vida, sobre o que é real e, também, sobre o meu propósito aqui na terra. Quando, realmente, eu entendi que a função do artista é conectar as pessoas com as suas emoções, o caminho na música se abriu. Em 2019, foi o ano que comecei, de fato, a me apresentar em Porto Alegre. Nesse período conheci pessoas incríveis: Preta, Claudinho Pereira e Alemão. Foi cantando uma música autoral para eles, que um vídeo foi gravado e apresentado para o meu grande empresário e amigo Jorge Davidson. Que responsabilidade e felicidade saber que a pessoa que revelou Legião, Ana Carolina, Marisa Monte. Paralamas, Skank, Jota Quest…. acredita na minha arte.

Com o projeto pronto, fomos para a gravadora Warner Music Brasil. Gravadora que, graças a Deus e a todas essas pessoas, hoje faço parte!
Se hoje sou quem eu sou e se estou na música, é graças a minha mãe! Sempre tive apoio dela e da minha família. Lembro dela dizendo: “escolha algo que você ama fazer e que independe do horário que for  acordar, você levante feliz querendo trabalhar”. O importante para ela sempre foi a minha felicidade.

Considerada uma nova aposta no cenário fonográfico, você coloca em suas composições a forma em que vê o mundo. Como defini o seu estilo musical e quais são suas inspirações na hora de compor?

Meu estilo musical é o Pop. A maioria das minhas canções são histórias criadas. Ter feito escola de atores me ajudou muito e me ajuda nesse processo para conseguir entrar no personagem e sentir tudo que está acontecendo. Recentemente, ando compondo sobre os meus sentimentos e vivências pessoais. Confesso que é mais gostoso e intenso falar das minhas histórias. Me diz, por exemplo, aconteceu comigo.

Devido a pandemia, muitos trabalhos e produções foram paralisadas. Quais serão seus primeiros passos em sua carreira musical, e o que os fãs podem esperar de você nessa nova era na Warner Music?

Nós estamos em processo de gravação, nesse momento. Iremos lançar muitas músicas que contam histórias de amor, reais e criadas. Logo logo, vocês ouvirão canções incríveis.

Militante da causa LGBTQIA+, como você enxerga a situação atual do preconceito no Brasil e como são as suas participações no combate à esse preconceito?

Infelizmente, muitas pessoas ainda dormem no sono profundo da ignorância. É algo muito enraizado que para converter isso vai ser preciso um trabalho constante de cada um, para desconstruir o velho padrão doentio e fazer nascer um novo, onde o verdadeiro significado do amor seja realmente sentido e compreendido.  Ainda a humanidade está aprendendo a engatinhar, e por isso vivemos uma situação complicada no Brasil e no mundo. Dificulta ainda mais por termos pessoas em cargos importantes e com grande visibilidade, reforçando esse padrão doentio. Porém, só podemos curar o que precisa ser transmutado, quando enxergamos que existe algo errado. Tenhamos compaixão daqueles que ainda dormem. Cada um tem seu tempo de despertar, está num processo e numa batalha interna. É vibrando amor que iremos mudar o mundo!

Minha forma de combater é sendo eu mesma, me amando, cantando e falando de amor, dando força para todos aqueles que ainda sentem medo ou tem alguma dificuldade de se amarem e de se aceitarem como são. Meu foco é na representatividade, não no preconceito!

Qual é a sua visão sobre a arte, e qual o efeito que acredita que ele possa ter sobre as pessoas?

A arte é um grande portal capaz de nos levar a mundos diversos. Esses mundos podem ser alegres, sutis, de amor, tristes, densos, pesados, entre outros. Depende da frequência e da emoção que ela esteja fazendo as pessoas sintonizarem. Por isso, sinto muita responsabilidade, porque através das minhas canções, irei mexer com as emoções, frequência e energia das pessoas.

Entre os anos de 2012 e 2013, você produzia vídeos para seu canal no YouTube e fez inscrições para o The Voice Brasil, chegando a fazer algumas etapas. Como foram essas experiências se apresentando para o público na televisão?

Eu passei por algumas etapas, mas não cheguei a me apresentar na televisão. Foi uma experiência interessante, porque venci meu nervosismo e ansiedade para me apresentar a banca de jurados.

Envolvendo os mundos físicos e espiritual, a canção “Quem Sabe” fez bastante sucesso na época, sendo gravada por Anitta e integrando a trilha sonora da novela “Malhação – Sonhos”. Poderia nos contar um pouco mais da história dessa música e de sua repercussão?

Na minha cabeça  era mais uma música para mim, mas engano meu (risos). Assim que eu terminei de compor “Quem Sabe”, ouvi uma voz falando: “essa música não é para ti, menina. Deixe-a de lado”. Achei muito estranho, porque nunca tinha acontecido isso. Perguntei para voz: “para quem é essa canção?”. A voz ficou muda, me deixando no vácuo. Passou um tempo, escutei a música Zen e a voz voltou: “a música é para ela, menina”. Na hora eu dei risada, porque seria dificílimo chegar nela e, ainda mais, dela querer gravar.  Graças a Deus, deu tudo certo. Além de ela gravar, a música fez parte da trilha sonora de Malhação. Essa música acabou sendo dedicada aos fãs, ganhando o carinho de todos. Foi emocionante estar presente na gravação do DVD “Meu lugar” e ouvir todos eles cantando.

Em 2017, você retornou para a faculdade de licenciatura de música na IPA. Qual a importância dos estudos na construção de sua carreira, e como aproveitou o seu tempo na faculdade?

Na faculdade de música, além de aulas práticas de instrumento e canto, aprendemos muito sobre teoria musical.  Quanto mais conhecimento, mais capacitados nos tornamos. Isso faz com que eu me torne uma musicista mais completa.

Sinto muitas saudades das minhas professoras e dos meus colegas. Aliás, a maioria são meus amigos, real. Esse período na faculdade foi de muita entrega, amizade e aprendizado.

No ano passado, você chegou através de um vídeo aos ouvidos do diretor artístico Jorge Davidson, responsável pelo lançamento de artistas como Jota Quest e Skank. Como é a amizade entre vocês?

Jorge é uma pessoa, incrível, íntegra, de uma extrema sensibilidade e de um vasto conhecimento. Nossa relação é de pai e filha, me sinto acolhida e recebo dele muita orientação. Sou grata ao Universo por ter colocado uma pessoa tão especial na minha vida. É uma honra e um privilégio estar trabalhando com ele, sendo considerada uma artista talentosa, ainda mais sabendo do vasto histórico profissional que ele tem.

Qual conselho você teria para dar a quem esteja querendo se lançar no meio musical hoje?

Ouvir o seu coração, a sua verdade, acreditar e prestar atenção na intenção das suas ações.  Quando me dei conta disso, tudo fluiu.

TAGGED:
Share this Article
Leave a comment

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Você não pode copiar conteúdo desta página