Aline Menezes é uma atriz brasileira que tem uma história de amor com a arte desde muito jovem. Com apenas oito anos de idade, ela iniciou sua carreira nas telas da televisão, interpretando a personagem Bel na novela “Felicidade”. Aline já demonstrava talento e carisma, que conquistaram o público e a mídia.
Após esse primeiro sucesso, Aline continuou atuando em diversas produções, como Angelicat e outras novelas da Rede Globo, como “De Corpo e Alma”, “A Viagem” e “Começar de novo”. Com sua habilidade como atriz, ela também se aventurou nos palcos, onde mostrou seu talento em diversas peças teatrais.
Após 17 anos afastada da televisão, Aline Menezes decidiu retornar às telas, com sua atuação na série “Travessia”, onde interpreta a personagem Íris, uma secretária empenhada e dedicada ao trabalho. Sua presença na televisão foi muito aguardada pelos fãs, que vibraram com o retorno dessa grande atriz às telas.
Aline Menezes é um exemplo de profissionalismo e dedicação à arte da interpretação. Com sua trajetória marcada por grandes atuações, ela segue inspirando e emocionando o público brasileiro, mostrando que a arte pode mudar a vida das pessoas e deixar um legado eterno na cultura do país. Confira a entrevista!
Iniciando a sua carreira profissional com apenas cinco anos de idade através de campanhas publicitárias, você acabou conseguindo realizar o sonho de vários jovens, que é conseguir entrar para o mercado artístico. Queria iniciar perguntando sobre como a arte chegou até a sua vida e o porquê desse desejo?
Eu sempre digo que não fui eu que escolhi a minha profissão, a profissão que me escolheu (rsrs…). Meu pai era músico (faleceu um pouco antes de entrar na novela “Felicidade”), acho que está no meu sangue esse mundo artístico.
Eu fui entender o sentindo real do que é fazer arte quando fui crescendo e me dedicando aos estudos sobre a minha profissão, sobre o que é fazer arte e a importância que a arte tem na vida das pessoas. E toda vez que recebo uma mensagem de um fã dizendo que fiz parte da sua infância, que fiz a diferença na vida deles, isso me deixa feliz. Então entendi que é isso que quero fazer, impactar positivamente a vida das pessoas através da minha arte.
Logo em sua primeira novela, “Felicidade”, da Rede Globo em 1991, você competiu com mais de 200 crianças para a personagem da Bel, personagem que posteriormente abriu várias portas para o seu trabalho. Se recorda de como foi sua primeira vez nos estúdios?
Nossa, eu lembro muito do meu teste pra essa novela. Foi feito em um dos antigos estúdios da Globo na época. E me lembro bem de ter reparado nas câmeras e na quantidade de luz no estúdio… E por incrível que pareça eu me senti em casa. Esse foi o meu primeiro dia no estúdio. Porque nossas primeiras cenas da novela, nós gravamos em Copacabana, no bairro Peixoto. Onde passou a maior parte da novela.

Um ano depois da sua estreia, você integrou o elenco de uma novela que muito infelizmente acabou se tornando uma tragédia na vida real, principalmente para a autora Glória Perez, que foi a “De Corpo e Alma”. Nesse caso, além de saber como foi interpretar sua personagem em si, como foi o clima dentro dos bastidores?
O convite foi para fazer algumas participações na novela, meu personagem era uma menina orfã. Lembro-me que quando chegou o convite, foi bem depois da tragédia com a Daniella, e mesmo criança, eu me lembro bem do clima nos bastidores estarem complicado. A equipe sem ânimo. Foi um trabalho bem difícil de fazer.
Outro programa que foi também uma versão de um clássico da televisão brasileira foi à versão infantil de “Escolinha do Professor Raimundo”, que além de estar ao lado de Chico Anysio (1931 – 2012), reviveu a personagem da atriz Dhu Moraes – a Dona Branca. Como foi dividir a cena com esse que foi e continua a ser um dos grandes nomes do humor televisivo?
Guardo com muito carinho e respeito dessa minha participação nesse programa que é um clássico. Foi muito especial viver a versão mirim Maria Menina o personagem da Dhu. Um dia desses encontrei com ela nos estúdios Globo fiquei tão feliz de reencontra-lá depois de tantos anos.
Lembro muito do meu dia de gravação. Estava muito nervosa, imagina uma menina de 11 anos tendo a oportunidade de contracenar com o Chico Anísio. Lembro dele me receber com tanto carinho, fez um carinho no meu rosto me tranquilizando. Aí relaxei e fui me divertir com ele e todo o elenco da época. E no final da nossa cena ele me deu um beijo na testa e nem estava no roteiro isso rsrs… Gravo essa cena na minha memória até hoje.
O principal ponto de sua carreira, pelo menos de maior destaque na televisão, foi no programa da Angélica, enquanto era angelicat no SBT – a “Casa da Angélica”, onde ficou por dois anos. Como foi a experiência de ficar por esses dois anos no palco do programa?
Foi uma experiência única. Eu me divertia muito com toda a equipe. Lembro-me dos angélicos brincarem demais comigo nos bastidores. Nunca imaginei na minha vida ser uma angelicat mirim rsrs… O que eu trouxe de aprendizado dessa experiência foi o senso de responsabilidade e cuidado, e também de unir essa responsabilidade com diversão, porque me divertia e brincava com as crianças no palco.

Dirigida por Breno Silveira e Daniel Lieff e exibida originalmente pelo Canal FOX, você participou do elenco de “Um Contra Todos” – uma produção bastante delicada que contava a história de um pai de família que teve que lidar com a situação de ser preso e confundido com um dos maiores traficantes de droga do país. Pode falar um pouco sobre essa produção?
Foi um grande presente ter conhecido o incrível Breno Silveira, um diretor generoso e atento ao trabalho do ator, essa série foi um grande sucesso graças a essa equipe maravilhosa que faz arte com o coração. Quando soube que tinha sido escolhida pra viver a Silvia, me senti honrada. Imagina contracenar com Júlio Andrade e Eron Cordeiro e ser dirigida pelo Breno Silveira , foi a melhor experiência profissional que pude viver. Encontrei uma equipe generosa e um elenco que me acolheu e me ajudou a compor o meu personagem com todo carinho.
Apesar de ter sido uma participação pequena, um filme que fez muitas pessoas rirem durante a pandemia foi “Os Salafrários” da Netflix, onde também estavam Samantha Shmutz e Marcus Majella. Como aconteceram as gravações do filme e principalmente a importância de ter feito tantas famílias rirem durante o período de lançamento do título que foi em plena pandemia da COVID-19?
Nossa, foi maravilhoso demais. Gravamos na Região dos Lagos do Rio de Janeiro e foi incrível contracenar com a Samantha, fiquei super a vontade e consegui me concentrar e não cair na gargalhada no meio da cena!
Quando soube que estávamos em primeiro lugar de exibições na Netflix, fiquei extremamente feliz. Como disse no início, eu quero que a minha arte impacte positivamente na vida das pessoas e participar de um filme que fez a alegria e milhares de pessoas, posso dizer que minha missão foi cumprida doando a minha arte para esse trabalho. A arte salva! Eu ouvi muitos relatos de pessoas dizendo que ter assistido ao filme alegrou a sua vida, porque ela estava triste, sem esperança e ela se esqueceu dos problemas se distraindo e gargalhando com o filme.
Falando agora de uma das novelas que tem sido mais comentada no momento, o seu personagem em “Travessia” vem ganhando cada vez mais espaço e tem contribuído cada vez mais com o seu crescimento como atriz. O que tem achado de voltar a trabalhar em um trabalho da Glória, além da presença de Mauro Mendonça na direção?
Voltar a atuar em novelas tem sido uma experiência incrível. E estar no horário nobre e sendo uma novela da Glória é pra deixar qualquer atriz muito feliz. Sempre admirei demais a Glória, sempre ouvi falar da generosidade dela, e do quanto ela oferece oportunidade para os atores. E posso dizer que tudo isso que ouvi é a pura verdade! Meu trabalho só foi visto e meu personagem ganhando mais espaço pelo olhar atento dela e da direção.
Acompanhe Aline Menezes no Instagram