McKinzie J. Scott protagoniza “Manhood” e mergulha nos desafios de crescer

Luca Moreira
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McKinzie J. Scott
McKinzie J. Scott

O ator e modelo jamaicano-americano McKinzie J. Scott, nascido e criado em Nova York, vive um momento decisivo na carreira ao liderar Manhood, série que estreia em 12 de agosto explorando, de forma crua e emocional, a jornada de um jovem tentando se encontrar em meio a relações quebradas e desafios urbanos. Conhecido por papéis em produções como Right to Remain Silent, The Gilded Age e Poker Face, McKinzie interpreta Micah, personagem que o coloca frente a frente com temas como amizade, identidade e o preço das segundas chances, reforçando sua versatilidade e presença marcante na tela.

Você começou sua jornada artística muito jovem, estudando na Professional Performing Arts School. Olhando para trás, em que momento percebeu que atuar seria mais do que um sonho e se tornaria sua profissão?

Percebi isso pelo nível de dedicação que eu estava colocando. Eu estava constantemente assistindo cenas, estudando atuações e sempre ansioso para aprender mais. Mal podia esperar para colocar as mãos em um novo roteiro ou mergulhar em um novo personagem. Em algum momento, deixou de parecer apenas um sonho ou um hobby — tornou-se real. Tornou-se a minha vida. A partir desse momento, passei a tratar isso com total seriedade.

Em Manhood, Micah enfrenta desafios que não vêm com um manual de instruções. Quais partes da sua própria vida ou experiências ajudaram você a dar profundidade a esse personagem?

Micah é alguém que anseia por atenção, mas não sabe como pedir. Acho que todos nós já passamos por momentos assim — sentindo-nos invisíveis ou não ouvidos, querendo conexão, mas sem saber como expressar isso. Essa desconexão emocional foi algo em que pude me apoiar, e me ajudou a construir o Micah de dentro para fora. Eu o entendi como alguém que age não por maldade, mas por uma necessidade profunda de ser visto.

A série fala muito sobre mentoria e a importância de ter — ou não ter — alguém para guiar o caminho. Você já teve um “Owen” na sua vida real?

Eu não diria que tive um “Owen” específico, mas com certeza tive pessoas na minha vida em quem pude confiar — pessoas que me deram orientação e apoio quando eu mais precisava. Às vezes, você sente que deve mais a elas do que jamais poderia retribuir. Esse tipo de impacto fica com você para sempre.

McKinzie J. Scott
McKinzie J. Scott

Seu papel em Right to Remain Silent foi considerado um ponto de virada na sua carreira. Que lições desse projeto você levou para essa nova fase como protagonista?

Esse projeto me ensinou o poder da profundidade emocional. Ele me fez querer fazer mais — realmente viver na pele de um personagem. Uma vez que você assume um papel, ele se torna a sua realidade por um tempo. Esteja pronto ou não, aquele personagem é seu. Right to Remain Silent me lembrou que se entregar por completo é a única maneira de honrar essa responsabilidade.

Interpretar um personagem tão intenso exige um grande desgaste emocional. Como você se desconectou do Micah no fim do dia para voltar a ser apenas o McKinzie?

Isso se resume a profissionalismo. A verdade é que todo personagem que você interpreta fica com você de alguma forma — mas ter as pessoas certas ao seu redor faz diferença. Ter alguém ao seu lado, que te lembre de quem você é fora do papel, ajuda a manter os pés no chão.

Com Manhood e outros grandes projetos a caminho, você sente que está no momento mais desafiador ou mais libertador da sua carreira até agora?

Eu não diria que é o mais desafiador ou o mais libertador — porque ambos sempre podem evoluir. Mas acredito que este seja um grande ponto de virada. Tenho orgulho de até onde cheguei, mas sei que estou apenas começando. Estou empolgado para ver onde os próximos anos vão me levar, porque não tenho intenção de desacelerar. Isso é só o começo.

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