MC Lullu: a cantora brasileira que mergulha na fusão de estilos musicais

Luca Moreira
9 Min Read
MC Lullu

MC Lullu, cantora, compositora e produtora musical, está emergindo no cenário musical brasileiro com uma proposta ousada. Nascida e criada na região metropolitana de Belo Horizonte, Lullu traz uma mistura única de influências, fundindo elementos do punk rock, grunge, death metal, música eletrônica e funk. Seu som eclético conquistou as plataformas digitais, com singles que viralizaram, atingindo milhões de streams. Em parceria com o selo de diversidade Peneira Musical, ela lança seu terceiro álbum “Mc Lullu”, um projeto experimental que a coloca como uma intérprete e produtora musical em ascensão.

“Automotivo Holiday” está alcançando posições de destaque no Top Viral do Spotify no Brasil e em Portugal. Como você descreveria a sensação de ver sua música conquistando o público internacional?

É uma sensação incrível e indescritível. É um reconhecimento do nosso trabalho árduo e dedicação à música. Ver nossa música sendo apreciada internacionalmente é uma mistura de emoção, gratidão e inspiração para continuar criando e compartilhando minha arte com o mundo. Estou profundamente grata pelo apoio dos fãs e pela oportunidade de alcançar um público tão diversificado.

A colaboração em “Automotivo Holiday” é uma mistura única de talentos, incluindo você, DJ Brunin XM e Kinechan. Como foi a dinâmica de trabalho e o processo criativo para este sucesso?

A dinâmica com o DJ Brunin XM e Kinechan foi incrível, a gente se conectou de uma forma louca, ideias fluindo, energia pura! A ideia da música veio da Kine. A vibe do rolê é incrível, vejo essa tendência crescendo, é demais, porque é a rua falando alto, e é o nosso som ganhando espaço!

“Automotivo Holiday” tem uma energia contagiante, perfeita para os alto-falantes de carros. Como surgiu a ideia por trás da música e como você vê essa tendência de sons feitos para o ambiente automotivo?

A ideia de “Automotivo Holiday” e dos demais automotivos veio da vibe dos rolês de carro na quebrada! A onda é capturada aquela energia, aquela batida que faz os vidros tremerem nos alto-falantes dos carros. É como se fizéssemos o baile funk pros automóveis, saca? Essa tendência é pura autenticidade, é a rua falando alto, é o som da periferia ganhando seu espaço. É incrível ver como as pessoas se conectam com essa vibe, transformando seus carros em verdadeiras pistas de dança sobre rodas. É o funk invadindo o asfalto e eu tô amando fazer parte desse movimento!

MC Lullu

Este é o seu segundo sucesso nas paradas virais do Spotify. O que você acredita que contribuiu para o sucesso consistente de suas músicas, e qual é o impacto disso em sua carreira?

Acredito que a autenticidade é a chave do sucesso consistente das minhas músicas. Cada letra, é verdadeira, vem do coração e da alma. A galera sente essa vibe real, e isso cria uma conexão genuína. Esse impacto na minha carreira tem sido incrível, abrindo portas, ampliando minha voz e mostrando ao mundo o poder do funk. É como se cada sucesso fosse um degrau a mais na escada do reconhecimento, fortalecendo minha presença no cenário musical e me motivando a levar o funk brasileiro para novos horizontes.

Seu novo álbum auto-intitulado está prestes a ser lançado. Pode nos dar uma prévia do que os fãs podem esperar em termos de estilo e temática para este álbum?

Meu novo álbum é um mergulho nas raízes do funk brasileiro, mas com um toque moderno e inovador. Vai ter batidas pesadas que fazem todo mundo dançar, letras que contam histórias reais, com mensagens de resistência. Além disso, vai ter uma mistura de estilos, mostrando a diversidade. É um álbum que celebra a minha autenticidade, e tenho certeza de que os fãs vão se identificar e curtir muito.

Você é uma artista que valoriza a diversidade e a autenticidade em sua música. Como você acredita que isso se reflete no álbum “MC Lullu” e em sua trajetória artística de modo geral?

A diversidade e autenticidade são a essência do meu ser e, claro, do álbum “MC Lullu”. Cada faixa é uma peça do quebra-cabeça, com influências do techno, funk, e até mesmo do punk rock. Nas letras, abordo temas reais da minha vida, histórias de superação, sexo e violência. Minha trajetória artística é um reflexo direto da minha vida, das ruas onde cresci, das pessoas que conheci. É sobre dar voz às minhas experiências, que apesar dos desafios, tenho muito orgulho. Meu compromisso é manter essa autenticidade em tudo que faço, conectando-me sempre às minhas raízes e representando a minha verdade em cada batida e verso.

MC Lullu

O funk brasileiro está ganhando destaque internacionalmente. O que você acredita que está impulsionando essa popularidade global, e como você enxerga seu papel nesse movimento?

O funk brasileiro está conquistando o mundo porque é a voz da periferia, é autêntico e representa a verdade das nossas comunidades. A batida contagiante, as letras que falam da vida real, tudo isso ressoa com pessoas de diferentes culturas. O mundo está buscando autenticidade, e o funk brasileiro oferece isso de forma crua e poderosa. Meu papel nesse movimento é ter a responsabilidade de representar com dignidade o movimento. Se por acaso eu sou uma representante do verdadeiro som da periferia, usarei essa força para fazer com que o mundo conheça e respeite nossas raízes. Quero mostrar que o funk brasileiro não é apenas música, é uma expressão de resistência, de cultura, de luta. É a nossa voz ecoando pelos quatro cantos do planeta, e estou muito orgulhosa de fazer parte desse movimento.

Além da música, você também é uma produtora musical. Como você equilibra suas várias habilidades e paixões na criação de sua arte?

Minhas habilidades de canto e produção se entrelaçam, permitindo-me contar histórias de formas diferentes. No estúdio, crio batidas que representam a minha essência, e nas letras, dou vida a essas batidas, compartilhando minhas histórias com o público. É uma fusão de paixões que me impulsiona a inovar, não estabelecendo limites para me expressar artisticamente.

Você mencionou que seu álbum carrega influências de diversos estilos musicais. Quais são alguns dos artistas ou gêneros que mais influenciaram sua música e por quê?

Com certeza, meu som é uma mistura de influências poderosas. O experimentalismo da Björk e da Air me inspira a pensar fora da caixa, trazendo elementos inovadores para o funk brasileiro. Do Nirvana e do Sonic Youth, absorvo a energia crua do grunge, adicionando uma pitada de rebeldia às minhas batidas. Da cena techno/deep house, vou de artistas como Funky Fat ao Kraftwerk, é o poder da fusão de ritmos, enquanto o jovem DJ MP7015 e os sons do Mandela acrescentam uma vibe futurista e pulsante à minha música. É essa diversidade que enriquece meu trabalho, criando uma experiência única para meus ouvintes, uma jornada musical que abraça a autenticidade e a inovação.

Olhando para o futuro, quais são seus planos e metas para sua carreira musical? Há alguma colaboração dos sonhos ou um palco onde você gostaria de se apresentar?

Para o meu futuro na música, sonho com colaborações com artistas como Björk, Air, Front 242, Kraftwerk, Tiga, MC Carol, DJ Vhooí, Badsista e Deyse Tigrona. Imagino-me no palco do Coachella, Lollapalooza, Primavera Sound e Rock in Rio, compartilhando minha música com fãs de todo o mundo.

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