Aos 18 anos, a cantora Marília Tavares, natural de uma pequena cidade do interior de Roraima, vem se consolidando como uma das grandes promessas da música sertaneja. Entre turnês, milhões de visualizações nas plataformas e parcerias com nomes consagrados, a artista mantém firme o vínculo com suas origens e a essência da menina que começou cantando em festivais folclóricos. Em entrevista exclusiva, Marília fala sobre o apoio familiar que moldou sua trajetória, o amadurecimento artístico refletido em trabalhos como Essência, Maturidade e Histórias Sinceras, e revela o que ainda a motiva a seguir conquistando o público com sua voz e verdade.
Marília, você saiu de uma cidade pequena do interior de Roraima e hoje é uma das grandes promessas da música sertaneja. O que mais te orgulha quando olha para essa trajetória — e o que você ainda sente que carrega da menina do Festival de Folclore?
O que mais me orgulha nessa trajetória é ver o meu município, o meu estado e todas as pessoas ao meu redor me abraçando e apoiando. Isso é muito gratificante. Acho que o que eu carrego daquela menina do festival folclórico é a força — a força de lutar pelo que quer, de subir no palco e dar o melhor de si. Essa força eu levo comigo até hoje.
Sua história é cheia de apoio familiar — de uma mãe e um tio que acreditaram em você desde cedo. Como o amor da sua família moldou não só a artista, mas também a pessoa que você é hoje?
Nossa, moldou demais — tanto a artista quanto a pessoa, a Marília Araújo, como eu digo, né? Porque a Marília Tavares é a artista. Moldou muito, porque criamos um laço muito forte. Estamos sempre juntos, um apoiando o outro, torcendo e lutando pelo outro. Então, isso moldou demais quem eu sou.

Você começou muito jovem na TV e hoje já grava DVDs e EPs com direção de grandes nomes. Como foi viver essa transição — da adolescente sonhadora à mulher que hoje assume o próprio repertório e direção artística?
Sim, comecei muito jovem, e ainda estou vivendo essa transição. Acho que ainda não caiu a ficha. Tenho dentro de mim a adolescente sonhadora e, ao mesmo tempo, a mulher que assume o próprio repertório e a direção artística. Então, não sei nem como definir essa transição, porque, pra mim, ainda não caiu a ficha — carrego as duas em mim.
O EP Essência e o DVD Maturidade mostram fases diferentes, mas igualmente sinceras da sua vida. O que o público encontra de mais verdadeiro de Marília nesses projetos?
O EP Essência e o DVD Maturidade mostram fases totalmente diferentes, literalmente. O que o público mais encontra de verdadeiro da Marília nesses projetos é o sentimento — a interpretação de transmitir emoção como se eu tivesse vivido aquelas histórias. Graças a Deus, muitas delas nunca vivi e nem pretendo, mas o que tem de mais verdadeiro é o sentimento cantado.

No seu novo trabalho, Histórias Sinceras, você fala de amor, dor e superação. Alguma dessas canções nasceu de uma experiência pessoal ou é uma forma de traduzir histórias que você observa ao redor?
No Histórias Sinceras, não tem nenhuma experiência pessoal, graças a Deus (risos). Mas tem experiências de outras pessoas — gente que já passou pela dor, pela superação e hoje vive o amor. São histórias que eu observo e que outros compositores observam também, e daí nascem as músicas.
Você já dividiu o microfone com grandes artistas como Pablo, Solange Almeida e Zé Vaqueiro. O que aprendeu com essas parcerias — e quem ainda sonha em gravar junto?
Sim, já dividi o microfone com grandes artistas incríveis e aprendi muito — tanto no pessoal quanto no profissional. Eles me ensinaram demais! E ainda tenho muitos sonhos de parceria. Gostaria de gravar com Maiara & Maraisa, Jorge & Mateus, Henrique & Juliano… Tem tanta gente! Se eu fosse falar todos, ia passar mil anos listando (risos).

Você tem milhões de seguidores e números impressionantes nas plataformas. Como é lidar com esse alcance tão grande — e ainda assim manter uma relação próxima e verdadeira com seus fãs?
Olha, eu tenho muita ajuda pra lidar com todo esse alcance. E os meus fãs… ah, eu nem preciso me esforçar pra manter uma relação próxima, porque eles são iguais a mim. Eles me entendem, me conhecem — sabem quando eu sumo, quando eu apareço, quando estou falante e quando estou mais quieta. Já estão acostumados comigo!
Aos 18 anos, você já conquistou o que muita gente leva décadas para alcançar. O que ainda te motiva a continuar crescendo — e que mensagem quer deixar para outras jovens que sonham viver da música?
O que me motiva e me dá força pra continuar crescendo é subir num palco e ver uma multidão cantando a minha música. É inacreditável! A gente nunca imagina que vai fazer o que ama, lançar isso no mundo e ser tão abraçada. Isso me motiva demais.
E a mensagem que deixo pra todos os jovens que sonham viver da música é: se você tem um sonho, não desista dele. Persista, acredite, ouça críticas construtivas e nunca dê ouvidos a quem chegou só na metade do caminho e não sabe o que você passou. Persista sempre. Não desista dos seus sonhos. Pode demorar um pouquinho, mas uma hora ele chega.
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