Fabíola De Deus integra o elenco de ‘Salva-Vidas’, série que aborda a manipulação emocional na adolescência

Luca Moreira
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Fabíola de Deus participa da série “Salva-Vidas” onde dá vida a Vanessa, psicoterapeuta que passa a atender Júlia, uma adolescente em amadurecimento. Quando pesadelos incessantes passam a atormentá-la, ela não vê saída além de buscar ajuda profissional. Porém, seu namorado, Guilherme, pode ter alguns problemas com isso. Uma história sobre a manipulação emocional que todos que se relacionam na adolescência estão passíveis de sofrer.

Vanessa é alguém que lidou bastante com problemas psicológicos em sua própria vida, onde a psicanálise foi tão útil que ficou interessada em se formar na área. É em geral calma e bem resolvida, age com extremo profissionalismo, mesmo que Júlia seja uma paciente com que se identifica bastante

‘Salva-Vidas’ é uma série que pretende pôr em pauta a independência emocional como tema. Com o objetivo de atingir diretamente o público que precisa desse tipo de informação, com um formato de narrativa que diverge de parte das séries brasileiras, buscando influência em diversas mídias não tradicionais e estrangeiras. Confira a entrevista:

Recentemente você se envolveu com o projeto da série “Salva-Vidas” que busca pôr em destaque o conceito da inteligência emocional. Em que podemos resumir este estudo e como está sendo dar vida a uma terapeuta que está com envolvimento nessa ciência?

É um estudo complexo, meu laboratório é a minha própria vida. Tenho guardado o que enxergo via terapia, no acolhimento com os amigos… Minha própria cura está sendo a consciência que eu preciso pra viver Vanessa. Entender que é um processo, que precisa sarar, deve ficar um tempo em análise e se resguardar ao máximo pra deixar que o tempo trabalhe bem por você. Nem mais, nem menos.

No enredo da protagonista, a personagem Júlia que passará a ser vítima de uma manipulação que envolve o namoro e assuntos que são muito derivados da fase da adolescência. Qual é a sua visão a respeito da abordagem desses assuntos na cultura pop? O entretenimento está ajudando a alcançar os jovens que carecem de determinadas informações?

É extremamente importante! A informação que eu tive na internet sobre relacionamentos abusivos, feminismo, foi crucial pra eu sair do ciclo de violência em que eu me encontrava. Porém, é a terapia que realmente muda a vida de alguém.. Com certeza o entretenimento está ajudando demais! Mas devemos sempre lembrar de buscar ajuda profissional. Os canais de informação, como o próprio nome já diz, existem para informar. É como tirar aquela casca do machucado, envergar o buraco e entender que aquilo vai demandar repouso, curativo e as vezes até medicação, pra que o tempo sare a ferida. Em questões emocionais também. Nenhuma pessoa corta um dedo e se o corte foi profundo, simplesmente tenta juntar os pedaços sozinho. Em questões emocionais é a mesma coisa. É necessário conscientizar de que, se o corte for profundo, é necessário um profissional pra te ajudar a cicatrizar.

Foto: Divulgação

Na vida de um ator, sua carreira o possibilita fazer uma ligeira e ao mesmo tempo profunda passagem pelos mais variados assuntos do mundo. Qual é a sua visão pessoal com a psicologia e como está sendo transportá-la de forma verídica em cena?

Ao meu ver a palavra que resume tudo é acolhimento. É o essencial para a psicologia. E a informação também. Eu e minha terapeuta dividimos estudos, livros e matérias constantemente. Como cada caso é um caso, quanto mais você entender do assunto, mais informação organizada você terá. O que adianta muito o processo.

Você já teve contato ou presenciou episódios reais de independência emocional que tenha a ajudado na construção de sua personagem?

Com certeza. Ser independente emocional, nada mais é do que viver sem medo de ser quem é. Porém, dependendo da família que você veio, de como os relacionamentos se construíram na sua vida e principalmente, quais valores te foram passados, isso vai ser um pouco mais difícil. E é este o ponto que vamos abordar na série.

Foto: Divulgação

Vanessa é uma personagem que já lidou com muitos problemas na própria vida. Em geral, o que você acha de mais marcante na psicoterapeuta na qual você dá vida?

Exatamente o que a moveu a buscar informação. Ela queria entender a vida dela, quais caminhos a mente dela percorreu para chegar no ponto que ela chegou… A Vanessa busca ir além, e tem um desejo ardente de salvar vidas.

Sobre você, nos conte um pouco quem é Fabíola De Deus.

Uma mulher que tem na arte, principalmente na atuação, seu maior respiro de vida.

Foto: Divulgação

Com seis episódios, onde será possível assistir a série?

You Tube.

O que a levou a aceitar participar de “Salva-Vidas”? O quão identificada com a personagem você se sentiu?

É um assunto fascinante, perigoso e urgente. Principalmente mulheres estão morrendo vítimas de violência doméstica e eu sei, por experiência própria, que é a informação que gera conscientização e que leva a libertação das mesmas.

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