O curso de Direito é uma porta que oferece várias oportunidades para seus alunos. Essa área oferece várias especializações, o direito trabalhista, o direito penal, entre outras várias opções. Enquanto estudantes, é normal que alunos tenham dificuldade em escolher qual caminho desejarão seguir. Sócia do escritório Galvão Sociedade de Advocacia, no Rio de Janeiro, a advogada Paula de Mello Carneiro, de 35 anos, foi uma das que passaram por essa decisão, e optou por se especializar em direito de família.
Formada pela Universidade Estácio de Sá em 2019, o seu dia-a-dia é focado em solucionar conflitos relacionados às relações familiares, promovendo o cumprimento das obrigações e direitos decorrentes das mesmas. Entre os casos mais recorrentes que estão em sua profissão, estão ações de divórcios, guarda e regulamentação de visitas de menores, além de alimentação.
Como todas as profissões, o advogado familiar também enfrenta várias. Em relação a elas, Paula diz que a pior geralmente é manter o equilíbrio emocional em cada caso: “A maior dificuldade além da morosidade do judiciário é manter o equilíbrio emocional, visto que não podemos nos deixar envolver emocionalmente para podermos desenvolver um trabalho de excelência.”
Ao relembrar de seus tempos na faculdade, Paula guarda como maiores recordações os exemplos passados pelos seus professores: “Na faculdade tive excelentes professores, dentre os quais Suejane Nicácio que me inspirou e inspira até a presente data, não apena pelo brilhantismo de suas lições, mas também pelo exemplo de pessoa. Acredito que um exemplo ensina muito mais do que belas palavras.”
Sobre os primeiros passos de sua carreira, a advogada afirma que devido ao seu desempenho no estágio, acabou conseguindo ser efetivada no escritório, porém, mesmo com as facilidades que vieram, afirmou que infelizmente, o Direito ainda tem sido uma área bastante dominada pelo machismo, porém, fica feliz em estar numa área que está em evolução: “Não tive dificuldades para ingressar na carreira, uma vez que tão logo passei na OAB, fui efetivada como advogada pelo escritório em que eu estagiava. Com relação ao machismo, ele de fato existe e está impregnado na nossa sociedade, contudo no judiciário estamos muito bem representadas por mulheres que lutam diariamente por mulheres.”
Para os que almejam essa especialização, a advogada afirma que o mercado está em ascensão atualmente, principalmente com a intensificação das dificuldades familiares causadas pela pandemia do COVID-19, e deixa também a dica para que os futuros profissionais busquem ter empatia e deem o seu melhor para seus clientes.
Confira a entrevista na integra!
Como funciona e no que é focado o direito familiar? Quais os tipos de processos você costuma trabalhar mais nesse setor?
É focado nas relações familiares e das obrigações e direitos decorrentes dessas relações, funciona como um meio de solução de conflitos neste âmbito. O maior volume de ações do escritório se concentra em ações e Divórcio; Guarda e Regulamentação de Visitas e Alimentos.
Qual é a maior dificuldade de se atuar como advogada nessa área? É preciso ter pulso firme para lidar com algumas situações mais delicadas?
A maior dificuldade além da morosidade do judiciário é manter o equilíbrio emocional, uma vez que não podemos nos deixar envolver emocionalmente para que possamos desenvolver um trabalho de excelência.
Do seu período na faculdade, quais foram os ensinamentos que mais te acompanharam na carreira até hoje? Você mais aproveita até hoje no dia a dia?
Na faculdade tive excelentes professores, dentre os quais Suejane Nicácio que me inspirou e inspira até a presente data, não apena pelo brilhantismo de suas lições, mas também pelo exemplo de pessoa. Acredito que um exemplo ensina muito mais do que belas palavras.
Quais foram as principais dificuldades que teve para ingressar na carreira? O mundo do Direito costuma ser bem receptivo com as mulheres, ou assim como em outras profissões, ainda existe muito machismo?
Não tive dificuldades para ingressar na carreira, uma vez que tão logo passei na OAB, fui efetivada como advogada pelo escritório em que eu estagiava. Com relação ao machismo, ele de fato existe e está impregnado na nossa sociedade, contudo no judiciário estamos muito bem representadas por mulheres que lutam diariamente por mulheres.
Tem alguma dica que você possa deixar para aqueles que almejam ingressar nesse campo do Direito?
Tenham empatia, acolham seus clientes e deem o seu melhor.
Como avalia o mercado de hoje, do direito familiar, no caso?
O mercado atualmente está em ascensão, tendo em vista que se intensificaram as dificuldades nas relações familiares em virtude da pandemia.