Presley Richardson protagoniza filme nostálgico dos anos 1980, Casey Makes a Mixtape, que estreia em 14 de outubro

Luca Moreira
8 Min Read
Presley Richardson (Lilly K Photography)
Presley Richardson (Lilly K Photography)

Conhecida por seu papel em Pretty Freekin Scary da Disney, a atriz Presley Richardson dá um novo passo na carreira ao protagonizar o longa Casey Makes a Mixtape, que chega às principais plataformas de streaming — Fandango at Home, Amazon, Apple TV e Google Play — no dia 14 de outubro. Ambientado no verão de 1981, o filme mergulha na nostalgia da juventude pré-era digital, quando as emoções eram registradas em fitas cassete e a música servia como trilha para o amadurecimento.

Dirigido por Blake Calhoun e estrelado também por Julian Hilliard, Brad Leland e Brandon Potter, o longa foi filmado no Texas e combina sensibilidade e humor em uma história que evoca o espírito de clássicos como Clube dos Cinco e Conta Comigo. Presley interpreta uma das personagens centrais em meio a temas como crescimento, identidade, família e a força da música como elo emocional.

Casey Makes a Mixtape resgata uma era em que a música era quase uma extensão da alma. Se você pudesse montar uma mixtape da sua própria vida, quais músicas certamente estariam nela?

Uptown Girl, Girls Just Want to Have Fun, She’s Always a Woman, My Life, Vienna, Here Comes the Sun, Brown Eyed Girl, Don’t Stop Me Now, Slipping Through My Fingers, I’m Still Standing.

O filme fala sobre crescer, se descobrir e lidar com a passagem do tempo — temas universais. Qual parte de você mais se identifica com a jornada da sua personagem?

Acho que me identifico mais com a parte de crescer e encontrar novas amizades. Como atriz, às vezes pode ser difícil encontrar conexões verdadeiras, mas assim como a Casey se tornou melhor amiga da Carrie, eu me tornei melhor amiga da Kennedy. Nós nem precisávamos atuar nas cenas, porque nossa conexão era real — nos conectamos instantaneamente durante o teste de química. Ela é muito talentosa e se tornou não apenas uma colega de elenco, mas uma pessoa incrível e uma grande amiga.

Você vem de um universo muito querido pelo público, o da Disney. Como foi a transição de produções voltadas para o público infantojuvenil para um filme que mergulha em emoções mais maduras e nostálgicas?

Definitivamente foi uma mudança — mas uma mudança muito divertida! Pude interpretar uma personagem que se parece muito comigo na vida real, o que tornou tudo ainda mais prazeroso. Também tive a chance de explorar uma atuação mais contida, com emoções dramáticas e complexas. Eu amo os dois mundos, e poder viver em ambos tem sido uma verdadeira bênção.

O longa é ambientado nos anos 1980, uma época sem redes sociais ou tecnologia onipresente. O que mais te encantou nesse mergulho em um mundo analógico, onde conexões humanas eram tão diferentes das de hoje?

Sempre amei os anos 80, especialmente a música, então mergulhar nessa época foi incrível. Passei meu tempo livre no set fazendo coisas como eu faria se realmente estivesse nos anos 80: brincando com o jambox e o rádio, fazendo fitas cassete em casa, andando de skate com o Julian e de longboard pelo bairro. A Kennedy e eu conversávamos muito sobre música e tínhamos conversas reais e profundas. Acho que foi por isso que o elenco se conectou tão rápido — criamos laços genuínos, como as pessoas faziam naquela época. As fitas cassete me fascinaram mais do que tudo. Ainda tenho as que fiz, porque as adorei demais.

Trabalhar com nomes como Julian Hilliard e Brad Leland certamente foi marcante. Há algum momento específico das gravações que ficou gravado na sua memória?

Meu momento mais marcante com o Julian foi quando andamos de skate juntas e ajustamos nossos skates e eixos no set para combinar com nossos estilos. Nos intervalos, nós andávamos, apostávamos corridas e tentávamos manobras — foi muito divertido. Minha lembrança favorita com o Brad é sentar à mesa da cozinha entre as filmagens, ouvindo ele contar histórias e compartilhar sabedoria sobre a carreira. Ele tinha várias piadas engraçadas e ótimos conselhos.

O diretor Blake Calhoun descreve o filme como uma carta de amor à juventude. Para você, o que há de mais bonito e desafiador em retratar essa fase da vida na tela?

A parte mais bonita, para mim, foi interpretar uma personagem que reflete a idade que eu realmente tinha na época — e, com sorte, ser alguém com quem garotas dessa idade possam se identificar. Foi desafiador porque eu ainda era uma adolescente tentando descobrir quem eu era, mas essa incerteza acabou se tornando parte da atuação. Percebi que estar nesse momento de autodescoberta era exatamente o que o papel precisava.

Sua personagem vive entre o som da nostalgia e o silêncio das incertezas. Qual emoção foi mais desafiadora de traduzir — a leveza ou a vulnerabilidade?

A parte mais difícil foi mostrar vulnerabilidade, especialmente nas cenas que envolviam a relação entre mãe e filha da Casey e da mãe dela. Explorar essas emoções complexas — estar em uma nova cidade, com avós que ela mal conhecia, desejando saber mais sobre o pai e sentindo-se distante da mãe, que estava no exterior com um novo parceiro — foi algo muito emocional de representar.

O cinema tem o poder de tocar as pessoas de forma única. O que você espera que o público sinta ao assistir Casey Makes a Mixtape — e o que esse projeto significou pessoalmente para você?

Espero que o filme desperte nostalgia para quem viveu os anos 80 e faça com que outras pessoas se apaixonem por essa época. Quero que ele se conecte com adolescentes de hoje ou leve as pessoas de volta à própria juventude. Espero que lembre a todos o quanto a música é poderosa e como ela molda nossas vidas.

Mais do que tudo, espero que o filme toque garotas como eu — aquelas que eram um pouco mais “molecas”, que amavam skate e coisas que às vezes as pessoas rotulavam como “de menino”. Espero que elas se vejam um pouco na Casey e sintam-se inspiradas a continuar sendo autênticas.

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