Conhecida nacionalmente pelo público da TV brasileira, a artista nata, Priscila Uba já tem experiência de sobra na sua carreira. Passando por vários sucessos que marcaram e quebraram as expectativas da teledramaturgia como “A Terra Prometida” e o grande sucesso que provocou a emoção de milhões, “Os Dez Mandamentos” da Rede Record.

Durante esse seu percurso de mais de 10 anos de trabalho, ela transitou entre o teatro em São Paulo e realizou aqui no Rio seus primeiros passos na TV a cabo e no cinema.

Tendo integrado um grande sucesso da dramaturgia “Os Dez Mandamentos”. Como foi a preparação para interpretar uma personagem que teve uma participação em um momento tão importante assim da história?

Foi realizada uma preparação na própria emissora com o elenco direcionado a cada núcleo para ambientarmos as atmosferas que demandavam a trama; além disso, sempre realizo uma pesquisa própria para os meus personagens, sou uma pesquisadora fugaz, rs me deleito com a fase de pesquisa e “encontro do personagem”, desfruto e me aprofundo sempre, pois acredito em um reflexo direto no trabalho final.

Depois da novela, você também retornou o mesmo personagem no filme “Os Dez Mandamentos – O Filme”. Como foi reviver a história, dessa vez na versão cinematográfica?

Na realidade o longa foi uma adaptação da novela.“Quando gravávamos a novela não se pensava no filme, posteriormente selecionaram algumas “cenas chaves” da trama e de grande repercussão e foi editada para telona, tendo somente algumas cenas novas que seriam gancho para a próxima trama, a novela” A TERRA PROMETIDA”.

O que muita gente não sabe bem, é que você é de Minas Gerais. Como foi essa transição de Minas para o Rio?

Na realidade sai de Minas Gerais com 16 anos para estudar, minha cidade é muito pequena, é interior de Minas, belíssima e de grandes riquezas, mas não me oferecia tudo que desejava alcançar, aí decidi enfrentar o mundo (risos).

Mudei para Juiz de Fora- MG onde comecei fazendo teatro, de lá fui para São Paulo, depois fiz parte da minha faculdade em Madrid e hoje resido no Rio de Janeiro devido à profissão.

Hoje em dia, é bastante comum atores entrando em polêmicas por causa de produtores e de manifestações, assim como houve mais recentemente protesto por parte dos atores de publicidade por aumento de cachê no ano passado. Como você enxerga a sua profissão nos dias de hoje? Diria que é uma área desafiadora?

Desafiadora sempre foi e sempre será, estamos dizendo sobre ARTE, quebra de paradigmas, questionamentos, esse é o papel fundamental da ARTE e de nós artistas, questionar, inquietar o publico e atravessar as almas.

E podemos dizer que nos dias atuais em um país como o Brasil as circunstancias são deprimentes, mas vejo um viés positivo nesse momento, acredito que acontecerá uma seleção natural e mais verdadeira, só suportará quem realmente for do ramo e tiver a necessidade visceral desse ofício. Só a arte salva!

Aos 16 anos, quando me mudei para Juiz de Fora – MG, abriram meus horizontes e tive plena convicção que esse era o meu oficio. Desde pequena estava sempre envolvida com arte no geral, minha primeira válvula artística foi aos 6 anos pintando e desenhando, depois dança, moda, cenografia, figurino… etc.

Tudo que envolve criatividade me encanta e tenho gana a desenvolver, só que a criação de um personagem e de uma “liberdade de criação” e envolvimento que ate então não tinha experimentado e encontrei meu lugar.

Exemplo de uma verdadeira artista, Priscila Uba já esteve em vários cursos como a Cia Peter Brook, Wolf Maya, Fátima Toledo e outros. Em que você acha que essa formação lhe ajudou?

E necessário estudar sempre!
Eu acredito que ator pronto é ator morto, sempre temos que estar em movimento e evolução, espelhamos nossa sociedade, circunstâncias e o mais raro e belo desse oficio, o ser humano, não a limite nem fronteiras, sempre novas descobertas.

Como você considera a sua relação com seus fãs? O que você acha que eles representam hoje na sua vida?

Fãs são seres iluminados que brotam do nada, (risos)… Que dedicação, é amor refletido, é lindo, visceral e um reflexo direto da nossa arte, pulsa o coração.

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“A arte existe para que a realidade não nos destrua.” Friedrich Nietzsche.

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