Pedro Dupuy abre bastidores do mais recente EP “Perfeitamente Mutável”

Luca Moreira
7 Min Read
Pedro Dupuy (Foto: Elizabeth Thiel)

O cantor e compositor gaúcho Pedro Dupuy traz leveza, poesia, romantismo e questões existenciais em “Perfeitamente Mutável”, seu novo EP. Capitaneado pelo seu novo single, a singela “Bela Balada”, o trabalho já está disponível para streaming e o single ganha um lyric video.

Natural de Porto Alegre (RS), ele começou a escrever canções aos 19 anos, inspirado por artistas como Ray LaMontagne, Damien Rice, John Mayer, James Bay e Ed Sheeran, como forma de expressar seus sentimentos e contar histórias. Pedro Dupuy surgiu no cenário independente com o EP “É Só Um Ponto de Vista”, onde mesclou toques de pop e folk. Agora, o músico evolui sua estética para mostrar outros tons e sons da sua musicalidade. “Bela Balada” e o novo EP são mais provas dessa versatilidade, já disponível nas principais plataformas. Confira a entrevista!

Trazendo romantismo em meio à crises existenciais, o seu novo EP “Perfeitamente Mutável” está chegando nas plataformas. Quais foram os caminhos que o fez chegar na abordagem desse tema?

Com exceção de “Bela Balada”, a concepção desse projeto foi um reflexo natural de algumas histórias e circunstâncias que foram acontecendo comigo e com as pessoas ao meu redor nesses últimos tempos, especialmente no ano de 2021. No entanto, foi proposital a minha ideia mesclar temáticas nas canções que compõem o EP… achei que seria mais interessante trabalhar diferentes abordagens em cada lançamento.

Com um tema enigmático em sua descrição, “Bela Balada” é um dos principais singles desse EP que traz uma mistura de interpretações em um momento banal. Como foi o processo de composição desse projeto?

Esse processo de composição foi um pouco diferente do que estou habituado. Nasceu da vontade de incluir uma balada romântica no meu repertório autoral, como o grande fã do gênero que sou. Eu notei que muitos filmes possuem canções espetaculares, que marcaram época, compostas especialmente para a sua trilha. A partir daí, despertou em mim essa vontade de descobrir qual seria o resultado se eu compusesse uma canção “sob encomenda”, visando um gênero e um tema específicos.

Pedro Dupuy (Foto: Elizabeth Thiel)

“Bela Balada” se junta às já lançadas “Temo Que Fuja”, “Sinceros Sorrisos” e “Por Onde Começar”, qual acredita que mais tenha o marcado?

Por esse processo de composição diferente, acredito que Bela Balada seja a canção que mais me marcou no trabalho lançado. Inclusive, por esse motivo que eu a escolhi como último single a ser lançado.

Inspirado por grandes nomes como Ray LaMontagne, Damien Rice, entre outros, a sua trajetória na música começou aos 19 anos. Poderia nos contar um pouco mais sobre como ela chegou até você?

Na verdade, minha trajetória começou aos 12 anos, quando comecei a fazer aulas de violão. Nesse meio tempo, vivi altos e baixos em relação a minha proximidade com o instrumento/tocar música. Depois de sair do colégio, vivendo os dilemas de todo adolescente que “precisa” definir o que quer fazer da vida, eu me aproximo muito do meu instrumento e da música, ali me encontro. Aos 19 anos, então, é que eu começo a compor músicas, e, naturalmente, como eu vinha do violão, minhas influências eram artistas que exploravam mais essa sonoridade crua e orgânica do instrumento, como é o caso dos artistas citados. 

Pedro Dupuy (Foto: Elizabeth Thiel)

Na sua biografia, é contado que a música realmente foi uma boa maneira de conseguir externar os seus sentimentos. Você acredita que ela possa ter servido como algo terapêutico na sua vida?

Com certeza! Quando me pego pensando muito em alguma coisa, seja por euforia com algo positivo, seja por ansiedade com algo negativo, eu já tenho a consciência de que pegar o instrumento e escrever sobre vai me ajudar a lidar com aquilo e processar melhor o que estou sentindo. Por vezes escrevo quase como em formato de diário, por vezes em música, mas o fato é que pôr as ideias no papel me ajuda bastante a organizar os pensamentos.

Antes desse novo EP, você havia começado a carreira explorando os tons de pop e folk em “É Só Um Ponto de Vista”. Quais são os principais diferenciais que está vendo nesse projeto atual?

Verdade! Eu incluí algumas novas referências sonoras na minha gama de sonoridades para esse novo trabalho, sem dúvidas. Eu tenho escutado alguns estilos um pouco diferentes e tentado absorver um pouco para o meu trabalho. Em “Perfeitamente Mutável”, eu não me apeguei tanto ao violão como o instrumento condutor das canções, como anteriormente, tendo agora muito mais guitarras nos arranjos. Além das guitarras, em “Bela Balada”, também inclui sintetizadores, algo que eu não havia feito em nenhuma das minhas canções até então. Para além disso, já observo, inclusive, que os meus próximos trabalhos estão tomando forma seguindo esse estilo dos últimos lançamentos.

Quais são suas expectativas para a carreira nesse ano de 2033?

Meu plano é lançar mais um EP de 4 singles. Estou com muitas composições “na gaveta” e neste mês de janeiro estou trabalhando os arranjos para definir quais delas irão compor esse novo trabalho. Nesse meio tempo, pretendo tocar muito pela minha cidade. Essa parte de se apresentar ao vivo é algo que eu considero muito especial, a conexão que podemos estabelecer com as pessoas nessas situações é algo indescritível,  sem dúvidas me move tanto quanto a paixão por compor, gravar, lançar… se não mais.

Acompanhe Pedro Dupuy no Instagram

Quer acompanhar mais as novidades da coluna? Siga Luca Moreira no Instagram e no Twitter!

TAGGED:
Share this Article
1 Comment

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Você não pode copiar conteúdo desta página