Felipe Parra apresenta single “Comprometido” que contextualiza sensação de solidão e amores modernos

Luca Moreira
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Felipe Parra (Foto: Wanzza Veira)

Um groove com clima de fim de noite se une a uma letra sobre a sensação de solidão e a volatilidade dos amores modernos. É assim que surge “Comprometido”, novo single do cantor e compositor Felipe Parra que ganha os beats climáticos de Patrício Sid, produtor em ascensão no rap nacional direto de Santa Catarina. Unindo as vibrações litorâneas de Sid ao clima urbano de Parra, essa é a segunda colaboração dos artistas.

A gravação foi toda realizada à distância, com composição de Felipe e muitas trocas de referências até chegarem nas batidas etéreas, assim como fizeram em “Vazio”, single lançado no fim de 2022.

Patrício Sid vem conquistando espaço com seu projeto Nômade e produzindo nomes como Jean Tassy e Yago Opróprio, somando no total mais de 30 milhões de streams. Já Felipe Parra está em trajetória crescente desde que lançou seu primeiro álbum solo, “Estrela”. O trabalho foi um mergulho pessoal e dançante por ritmos das suas origens, na Zona Leste de São Paulo, mesclando influências de indie pop, hip hop e música brasileira. Recentemente, o artista revelou “Foto de Agora”, feat com Souto MC. Confira a entrevista!

Explorando a situação de um groove com final de noite, “Comprometido” trabalha em cima dos sentimentos de solidão e volatilidade dos amores modernos. Quais foram os caminhos que o fizeram chegar nesse contexto?

Eu tenho tentado racionalizar menos o processo criativo e deixar que as coisas fluam de um jeito mais espontâneo. Então esse sentimento veio de um jeito bem natural, com as coisas cotidianas da vida. Acho que ser compositor é ser um observador do que acontece comigo e ao meu redor e jogar luz no que importa, dentro desse meu olhar. Foi assim que nasceu “Comprometido”. Uma forma de entender que, mesmo dentro desse contexto dos amores modernos, onde os sentimentos são mais efêmeros, é possível viver as coisas de uma forma intensa, comprometida e real.

Além de você, outro nome que ajudou na produção foi o Patrício Sid, que tem feio grande sucesso no rap nacional. Como aconteceu a troca de vocês nesse projeto e o que cada um conseguiu colaborar para a música?

Eu conheci o trabalho do Patrício com as produções que ele fez com o Yago Oproprio e Jean Tassy. Nosso jeito de pensar música bate muito. Basicamente eu escrevi pra ele dizendo que tinha esse desejo de trabalhar junto e rolou legal demais. A gente tem esse processo que eu mostro a música pra ele de um jeito bem simples, sem nenhum tipo de levada nem nada, pra não influenciar muito o jeito que vamos construir. Aí a gente troca uma ideia sobre os sentimentos que vieram com a melodia e a canetada pra chegar num lugar juntos. E vamos criando as camadas a partir daí. Nós fizemos primeiro Vazio, agora Comprometido e vamos seguir fazendo mais música juntos.

Felipe Parra (Foto: Gabriel Vituri)

Ainda sobre a parceria, no momento ela é o segundo lançamento de vocês. Qual acredita ter sido o diferencial desse segundo lançamento em relação ao primeiro projeto?

Acho que quanto mais a gente vai trabalhando junto mais vamos chegando numa estética própria. Então, de alguma forma, esse segundo som é uma evolução do primeiro. Mas ainda vamos chegar mais longe.

Falando sobre a estética da música, ela conseguiu fazer o mashup de duas culturas, a popular com a modernidade. Acredita que essa flutuação esteja sendo uma tendência atual com o público?

Não sei se é uma tendência, mas pra mim é algo que me agrada bastante. Eu vim de quebrada e tenho um desejo muito grande que minha música seja acessível. Não gosto de fazer uma música que seja difícil e que se distancie das pessoas. Então nem sei se é uma mistura. Popular e moderno não são coisas antagônicas, afinal. Acho que é um bom caminho.

Justamente por atingir esses dois polares e conseguir juntar eles em um só projeto, você consequentemente consegue abranger um público maior, em questão de identidade e interesses. O que você espera que as pessoas sintam ao escutar o seu som e qual é a principal mensagem que ele visa promover?

Acho que eu espero que as pessoas sintam identificação. Dentro dessa ideia de ser algo acessível. E não sei se há algo mais acessível que o amor. A mensagem promovida vai por aí também: de que é possível viver esse sentimento, basta querer.

Felipe Parra (Foto: Gabriel Vituri)

Além da fonográfica, esse período também refletiu em seu próprio estilo, sendo que a Street My Chique em parceria com a Karina Isidoro desenvolveram uma roupa exclusiva para você. Como foi receber essa novidade e como se definiria na sua fase atual?

A Karina é uma profissional incrível e uma parceira que me ajuda desde o começo da minha caminhada como artista. Eu acho a moda uma linguagem muito importante para transmitir a mensagem e ela tem uma visão parecida com a minha: de ser algo estiloso, diferente mas também possível pra todos. E pra esse projeto nós tivemos a incrível oportunidade de trabalhar com a Street My Chique que desenhou essa peça pro ensaio de fotos, que foi dirigido pelo meu também parceiro de longa data, o fotógrafo Gabriel Vituri.

Uma curiosidade sobre esse projeto, é que assim como foi feito no single “Vazio”, a gravação foi realizada totalmente a distância, via home studio – uma tendência que ganhou força com a pandemia. Acredita que a continuação dessa modalidade no trabalho artístico tenha vindo como algo positivo?

Eu acho que é algo positivo sim. Por mais que estar fisicamente no mesmo ambiente gere um troca importante, produzir à distância faz com que muitas pessoas consigam se conectar e trabalhar juntos, como foi o caso meu e do Patrício nesses dois singles. Com a gente morando em estados diferentes, ajuda demais.

Qual é o verdadeiro significado da música na sua vida e o que você deve a ela hoje?

Nossa, eu devo tudo à música. Tudo o que eu conquistei, tudo o que eu sonhei, tudo o que eu sonho. Ela ocupa quase tudo. Sou muito, muito grato.

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