Nascida em Goiânia no dia 17 de outubro de 1985, Camilla Camargo descobriu sua paixão pelas artes em tenra idade. Durante sua graduação em Rádio e TV, ela fez uma virada ousada ao escolher as artes cênicas como sua verdadeira vocação. Através de estudos intensivos e profissionalização na Escola de Atores Wolf Maia, além de colaborações com renomados nomes do teatro, Camilla solidificou sua carreira nas artes. Ela se destacou, particularmente, em montagens de musicais aclamados no Brasil.
Sua estreia nos palcos ocorreu sob a direção de Wolf Maia no espetáculo “O Musical dos Musicais” em 2005, marcando o início de uma jornada que a levaria a participar em mais de 20 produções teatrais. Além do teatro, Camilla também fez incursões no cinema e na televisão, ganhando destaque por sua atuação na novela “Em Família” e no filme “Travessia.”
A versatilidade e o talento de Camilla Camargo a levaram além das fronteiras brasileiras, como demonstrado por seu envolvimento em projetos internacionais e sua participação na plataforma de streaming Netflix. Sua história na indústria do entretenimento continua a se desdobrar, com projetos empolgantes no horizonte, incluindo sua participação na segunda temporada da série “Tudo Igual… SQN” do Disney+. Camilla Camargo é uma artista multifacetada e talentosa cuja jornada na atuação, tanto no Brasil quanto além, continua a surpreender e inspirar.
Sua carreira no mundo das artes é impressionante, incluindo atuações no teatro, cinema e televisão. Como você equilibra essas diferentes formas de expressão artística?
Primeiramente, obrigada! Estou nessa estrada há muito tempo e amo muito o que eu faço. O que eu procuro fazer é arte, independente da sua linguagem e forma de expressão. Se uma personagem, uma obra, me toca, eu me jogo. Acho que o equilíbrio está nisso, no se jogar e não ter pudor e nem medo de se arriscar.
Tendo atuado em diversas produções teatrais, você poderia compartilhar uma experiência teatral que tenha sido particularmente significativa ou desafiadora para você?
Acho que fazer a Luiza em “Zorro, o Musical” foi desafiador e um enorme presente. Nunca tinha feito uma protagonista e a minha primeira tinha que atuar, dançar flamenco e cantar. A confiança que o Roberto Lage, diretor, depositou em mim foi um combustível gigantesco e eu me dediquei muito, mais de 12 horas me dedicando 100% para aquele trabalho e para dar o meu melhor na época.
Você fez parte do elenco da novela “Em Família” da Rede Globo e atuou em um longa-metragem. Como foi a transição da TV para o cinema e quais são as suas perspectivas futuras no mundo do cinema?
Na real eu já tinha feito tanto TV como cinema, então não sinto como uma transição e sim como apenas me inserir em diferentes linguagens. Isso acontece muito, e muitas vezes a gente faz tv, cinema, teatro, tudo ao mesmo tempo e temos que nos adaptar para cada trabalho e personagem. Quanto ao cinema, estou começando a produzir, vamos ver se em breve terei novidades.

Pode nos contar mais sobre a experiência de interpretar Diana na novela “Carinha de Anjo”, que foi um grande sucesso no SBT? Qual é a importância da produção infantojuvenil na televisão?
A importância é enorme. É um público carente de obras voltadas especificamente para eles em TV aberta, então, fazer essa novela é até hoje um dos meus maiores presentes. Ontem mesmo fui parada por uma mãe e filha que estavam assistindo a novela, uma vez que ela está no streaming, e esse amor das pessoas pela personagem é algo que não tem preço.
Durante a pandemia, você continuou a produzir conteúdo e lançou seu canal no YouTube. Como tem sido a experiência de criar conteúdo digital e se conectar com seu público de maneira diferente?
Hoje em dia eu parei um pouco com o canal por falta de tempo, mas acho que se conectar com o seu público, seja pela internet ou pelo teatro, por exemplo, é sempre enriquecedor.
Recentemente, você participou do longa-metragem “Intervenção”, que aborda questões de segurança pública. Qual foi o aspecto mais desafiador desse projeto e o que você espera que o público tire dele?
O mais desafiador neste projeto foi mostrar a realidade dos jornalistas que cobrem esse assunto da forma que eu acho justa. Repórteres vão para lugares que, muitas vezes, não sabem exatamente o que vão encontrar. Imagina saber que você terá que colocar um colete à prova de balas para trabalhar? Só me faz admirar mais o trabalho, pois é uma profissão que requer uma dose de coragem extra.
Espero que quem assista reflita como é importante o incentivo de políticas públicas que resolvam alguns problemas crônicos da sociedade, que seja relembrada a necessidade de debate sobre melhor possibilidade de capacitação e preparação para os policiais, além de claro, melhor remuneração. É lastimável ver que no nosso país professores, médicos, policiais (pessoas essenciais para nossos direitos básicos, educação, saúde e segurança) não recebam nem perto do que seria o correto, enquanto temos alguns políticos acumulando cargos e benefícios com salários altíssimos, maior do que em muitos países do mundo.

Sua narração em audiobooks, como “ABC dos Bichos” e “As Princesas Encaracoladas”, é uma adição interessante à sua carreira. O que a atraiu para esse tipo de projeto?
A oportunidade de falar, fazer e participar da literatura infantil de uma maneira diferente, e podendo agregar num projeto tão bacana.
Fomos informados de que você estará na segunda temporada de “Tudo Igual… SQN” no Disney+. O que os fãs podem esperar dessa série e qual é o papel que você interpretará?
Interpreto a Ariane, que vai instigar uma das personagens a desenvolver suas habilidades artísticas e até resolver alguns de seus problemas através da arte. Acho que a série cativa muito o público adolescente, tem um enredo muito incrível, as pessoas podem esperar muitas surpresas, a série é realmente muito legal.
Como mãe, atriz e criadora de conteúdo, como você equilibra as demandas da carreira com a vida pessoal e o que a maternidade trouxe de novo para sua abordagem à atuação?
Olha, não é fácil (rs), mas a gente faz o melhor que dá, e nem sempre é o melhor, mas me dedico ao máximo em tudo o que eu faço. Tento equilibrar do jeito que consigo mesmo, focando, me esforçando, me dedicando, mas entendo meus limites e tento não me cobrar em excesso. A maternidade só me fez bem, eu acho, me trouxe outro olhar, mais atento, mais disposto, além de me mostrar outros caminhos e me apresentar o maior amor do mundo.
Quais são seus planos futuros na indústria do entretenimento? Há algum tipo de projeto dos seus sonhos que você gostaria de realizar?
Eu tenho muitos sonhos e projetos e estou trabalhando já neles para realizá-los. Ainda são projetos, então, não posso adiantar. Mas o que planejo é começar a produzir meus próprios trabalhos, assim faço coisas que tenho muita vontade e não fico dependente do que a indústria quer produzir naquele momento.
Produzir é algo que gosto muito também, afinal, sou formada na faculdade de Rádio e TV, acho que essa função só vem a somar.
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