Em 2015, seis amigos resolveram se juntar e fazer o que mais amam — música. Jackson, Bruno, Gustavo, Jhonatan, Felipe e Miguel, ambos se conheceram através dos eventos de pagode da zona norte da cidade do Rio de Janeiro.
O Grupo Batucaê surgiu através de uma resenha informal em um bar na Pavuna, era para ser apenas diversão. Continuou tocando mais vezes juntos e foi aparecendo oportunidades de tocar em outros bairros e a coisa foi ficando mais séria. Nessa estrada louca de fazer ‘shows’ para lá e pra cá os meninos adquiriram experiência e maturidade para criarem o seu próprio projeto “Batucaê”.
Com pouco tempo de grupo conquistaram espaços e conseguiram tocar em casas de ‘show’ conceituada no Rio de Janeiro e também acompanhar vários artistas do meio musical ganhando prestígio e carinho do povo.
No dia 17 de novembro de 2021, gravaram seu áudio visual “Amor eu tô com os Crias” no Mello Tênis Clube, na Penha, desde então os números no YouTube não pararam de crescer e foram abrindo portas para outros públicos e outros estados do Brasil. Confira a entrevista!
Formada em meados de 2015, você e seus amigos acabaram se unindo através da paixão em comum que tinham pela música. Como se deu essa decisão de vocês e como nasceu o Batucaê?
O Batucaê nasceu de uma resenha informal. Nós nos reunimos para fazer um pagodinho em um bar, e a partir dali, vimos que talvez a gente se juntando pudesse montar um grupo. Então, a partir dessa resenha em 2015, decidimos montar um grupo de verdade. Na época não tinha nenhum nome, nós só queríamos montar o grupo mesmo.
Sobre as reuniões e eventos de pagode que ambos frequentavam na região da Pavuna, gostaria de saber quando foi o momento em que vocês passaram a perceber e a olhar de uma forma profissional para a música de vocês?
Como disse anteriormente, nós estávamos tocando juntos lá e simplesmente rolou a química. Aquele momento foi bastante bacana e serviu para me dar certeza que tínhamos que montar um grupo. Conversamos e decidimos montar e a partir daí veio as tentativas de oportunidades, e ainda por cima, decidir um nome para o grupo. Acabou que em um evento que conseguimos nos apresentar, tivemos que encontrar um nome em apenas três horas para conseguir informar ao contratante que iria nos colocar na arte de divulgação do evento.
A respeito do estilo pagodeiro do grupo, qual é o verdadeiro significado desse gênero pra vocês?
Sobre o nosso estilo musical, o grupo é bastante eclético geralmente, porque o nosso ‘show’ engloba pagode, samba, funk, axé… Então, depende muito do lugar que vamos tocar e do público. Nós desenrolamos na hora mesmo e é claro que a nossa vertente é o samba e o pagode mais romântico, mas não é em todo lugar que ele funciona, então a gente costuma diversificar bastante o nosso musical.
Um dos principais estopins que deu início ao sucesso do grupo foi o single “Amor eu tô com os Crias”, que logo se tornou viral no YouTube. Como foi a história dessa música?
Sobre o “Amor Eu Tô com os Crias”, foi uma história bastante engraçada. Estávamos em uma resenha pós-futebol em uma segunda-feira. Saímos de casa nessa segunda e as namoradas e as esposas nossas também não estavam levando muita fé que estávamos no pagode, e até mesmo os meninos do futebol comentaram isso. O Miguel, vocalista do grupo havia gravado um vídeo uma vez em uma dessas resenhas do jogo e postou na ‘internet’, como resultado — viralizou! A partir dali tivemos a ideia de gravar algo mais formal, digamos assim, até para podermos ter um material de trabalho para colocar no YouTube. No final, graças a Deus esse trabalho conseguiu abrir e continua abrindo bastantes portas para gente e traz bastantes frutos.
Recentemente, principalmente nessa nova geração, o pagode vem se tornando cada vez mais popular entre os jovens e adultos. Na opinião de vocês, qual é o principal segredo para se fazer esse tipo de música no Brasil?
Em minha opinião principal sobre esse segredo é a renovação dos grupos novos que estão chegando, as músicas com uma linguagem mais atual. Os pagodes mais antigos conquistaram o público na década de 1990 e anos 2000, meus pais e os meus avós mesmo, e nesse atual momento os grupos atuais vem conquistando essa nova galera com linguagens e papos atuais.
Uma curiosidade bastante interessante que chama atenção é o nome do grupo – Batucaê. O que deu origem a esse nome?
Como comentei anteriormente, nós precisávamos de um nome para colocar no grupo e se apresentar em uma casa de ‘shows’ importante. O grupo não tinha nome, então fomos lá pesquisar e acabou surgindo o “Batukaê”, e consequentemente, a banda também possui como sua principal característica marcante a batucada e assim acabou criando ligação com o nome, além de sermos um grupo bastante percussivo. Então, acabou que por um acaso o nosso estilo de tocar fez essa ligação e conseguimos nos encaixar nessa parte aí.
Como o grupo se ver daqui a curto, longo e médio prazo? Existem planos para um novo álbum?
Nós estamos pensando no momento em nosso trabalho autoral que já está saindo do forno daqui a pouco, e ele irá conter quatro músicas inéditas. Temos bastante vontade de gravar um projeto audiovisual também com músicas inéditas e alguns outros sucessos já existentes.
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*Com Andrezza Barros