Delivery se tornou experiência gastronômica para consumidores durante a quarentena

Luca Moreira
10 Min Read

Depois que o coronavírus tomou para si as manchetes do noticiário, os índices do setor de delivery de comida dispararam. Para se ter ideia do tamanho desse mercado, basta dizer que, entre brasileiros e brasileiras que fizeram ao menos uma compra online nos últimos 12 meses, 3 em cada 4 afirmam ter pedido delivery de comida (78%). E que, deste universo, 9 em cada 10 planejam continuar a fazê-lo no pós-Covid (90,5%). É o que aponta a pesquisa Consumo Online no Brasil*, realizada pela Edelman, agência global de comunicação, a pedido do PayPal.

Entre as principais motivações para a grande adesão ao serviço de delivery estão a economia de tempo (84%); a preservação da saúde e a redução do risco de contágio (63,6%), além da vontade de se sentir em um restaurante (50,8%). Os períodos de lazer, durante os finais de semana, são os momentos preferidos por 76,9% dos respondentes para esse tipo de compra.

“Os dados mostram como o setor de delivery de comida foi essencial para o consumidor criar momentos de descontração durante os períodos mais desafiadores da pandemia. Mais do que uma pizza ou um hambúrguer, os restaurantes levaram à casa das pessoas sensações e sentimentos positivos em um momento no qual os níveis de estresse e ansiedade estavam elevados”, analisa Haroldo Vieira, Head de Novos Negócios do PayPal Brasil.

O estudo delineou o cenário da rotina de gastos diários online de brasileiros e brasileiras em verticais como entrega de comida, mercado e farmácia, serviços de mobilidade e combustível, streamings e games. Foram ouvidas 1.000 pessoas, compradoras online, com idades entre 18 e 55 anos, moradoras de todas as regiões do País, abrangendo as diferentes classes sociais.

“A elevada intenção de manter os hábitos de uso de delivery, mesmo com a reabertura de bares e restaurantes, comprova como a experiência de compra foi positiva para o consumidor. Inovação se tornou palavra-chave para o sucesso do setor e o PayPal faz parte dessa trajetória, sendo provedor de pagamentos para três dos quatro principais aplicativos de delivery do Brasil”, explica Vieira.

E, por falar em inovação, a redução do impacto ambiental do serviço de delivery é um tema que deve estar no radar das empresas do setor: 78% dos respondentes da pesquisa se preocupam com os resíduos gerados pelas embalagens descartáveis usadas na entrega de refeições.

A seguir, os destaque da pesquisa “Consumo Online no Brasil” com foco no setor de delivery de comida.

Apetite pelo online.

  • De acordo com a pesquisa, 86,1% afirmam que suas compras e pagamentos online ou via aplicativos de refeições, restaurantes e comida pronta aumentaram durante a pandemia.
  • Antes de a crise sanitária começar, em março de 2020, cerca de 40% dos brasileiros pediam comida online diariamente ou semanalmente; já durante os 20 meses de pandemia, esse índice bateu em 66%. E os entrevistados pelo estudo do PayPal acreditam que esse cenário não deve sofrer alterações no pós-pandemia.
  • Os aplicativos de entrega de comida são o principal canal de pagamento para a categoria (93,7%), seja entre homens e mulheres seja por faixa etária. Em seguida vêm as compras realizadas diretamente nas redes sociais dos restaurantes, sites ou WhatsApp (52%).
  • 93,7% dos entrevistados disseram fazer pedidos por meio dos aplicativos de delivery, como Rappi, iFood, Uber Eats e outros; 52% usam as redes sociais dos restaurantes, seus websites ou WhatsApps; e 41,1% compram e pagam por meio do aplicativo do próprio restaurante.
  • 87,2% dos respondentes acompanha as despesas online e em apps de alimentação, restaurante e comida pronta.

Meios de pagamento.

  • 76,5% utilizam o cartão de crédito como meio de pagamento mais frequente para alimentação e pedidos em restaurantes; cartões de débito são citados por 64,1%, seguidos por PIX (49,5%). As carteiras digitais ocupam o 4º lugar, com 31,9%.
  • Segundo o estudo, quem usa carteiras digitais para pagar por delivery de comida tende a fazer pedidos com mais frequência, como veremos mais adiante. Nesta vertical, mulheres e pessoas entre 25 e 44 anos lideram o ranking.

Principais motivos para comprar online.

  • 87,2% dos pesquisados dizem ter mais controle sobre suas despesas online e em apps de alimentação, restaurante e comida pronta em geral.
  • 84% compram comida pronta para economizar tempo.
  • 78,2% dizem que as compras online/via aplicativo e pagamentos de refeições, restaurantes e comida pronta em geral fazem parte do dia a dia.
  • 76,9% preferem comprar refeições online ou via aplicativos nos finais de semana, em vez de durante a semana. E 73,1% preferem comprar e pagar por refeições online/via aplicativos em vez de comprar e pagar em lojas físicas.

Preocupação com saúde, segurança e meio ambiente.

  • 68,6% estão preocupados(as) com a segurança dos pagamentos online/via aplicativo ao comprar refeições e comida pronta em geral – índice que cai para menos de 41% quando a compra é realizada via carteira digital.
  • 63,6% compram comida pronta por razões de saúde/para evitar o contágio.
  • 78% estão preocupados(as) com os resíduos gerados pelas embalagens descartáveis utilizadas na entrega de refeições e alimentos prontos para consumo.

Boa experiência e futuro.

  • 93,5% dizem gostar da experiência de comprar e pagar online ou via aplicativos de restaurantes e comida. Em sua maioria, brasileiros e brasileiras preferem o ambiente digital ao ambiente físico (73,1%) – o que sugere que o futuro das compras passará pelo omnichannel e terá, cada vez mais, a participação de todos os meios digitais, com ênfase nas redes sociais.
  • 50,8% compram refeições online ou via aplicativos para terem a sensação de estar em um restaurante.
  • 90,5% pretendem continuar a comprar e pagar online/via aplicativos por comida e em restaurantes quando a pandemia acabar. Diferentemente do que se pode imaginar, a maioria dos pesquisados afirma que a compra online de comida via app ou em restaurantes facilita o controle das despesas – além disso, eles e elas fazem questão de ressaltar que esse tipo de compra é planejada, não acontece por impulso.
  • A pesquisa destaca também que brasileiros e brasileiras têm a intenção de incluir, nos próximos cinco anos, ainda mais produtos e serviços em seu cotidiano de compras online ou via app – como água e luz, entretenimento e educação. Entre as tecnologias mais citadas neste futuro próximo estão as carteiras digitais e os QR Codes.  

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Alguns dados globais da pesquisa “Consumo Online no Brasil”
(que compreendem os dados de todas as verticais pesquisadas)

Antes de a crise sanitária começar, em março de 2020, cerca de 35% dos brasileiros faziam compras online diariamente ou semanalmente; já durante os 20 meses de pandemia, esse índice bateu em 57%; e os entrevistados pelo estudo acreditam que esse cenário não deve sofrer alterações no pós-pandemia. Cerca de 55% dos brasileiros dizem que continuarão comprando online quando a vida voltar ao normal – isso significa que passaremos a viver um “normal” diferente do “normal” que conhecíamos.

Os achados revelam ainda que a maioria dos brasileiros e das brasileiras compra e paga online sempre que pode (84,5%), considera essa forma de pagamento fácil (98,3%), gosta da experiência (98,8%), acha que ela permite um maior controle de despesas (89,9%), se considera especialista na arte de comprar via internet (68,2%) e costuma planejar suas compras online (87,6%).

A pesquisa foi dividida em verticais, para melhor entender o cotidiano de compras online dos brasileiros. Em primeiro lugar na lista ficou “Alimentos e restaurantes”, com 87,9% dos entrevistados afirmando fazer compras online desse tipo; “Supermercados e farmácias” aparecem em segundo, com 72% de aderência; seguidos por “Entretenimento” (64,6%); “Transporte e mobilidade urbana”, com 56,2%; “Combustível” (34,3%); e “Games online”, com 31,4%.

O dados iniciais da pesquisa “Consumo Online no Brasil” foram divulgados em novembro e estão disponíveis aqui.

(*) a pesquisa “Consumo Online no Brasil ouviu 1.000 pessoas (todas compradoras online) entre 18 e 55 anos em todas as regiões do País e de todas as classes sociais

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