Não poderíamos esperar menos que uma obra prima vinda do mestre do Terror; estou falando de Misery, um thriller do aclamado Stephen King.
Em suas 328 páginas, o autor nos apresenta a história de Paul Sheldon, um famoso escritor que sofreu um acidente de carro e acaba sob os cuidados de Annie Wilkes, uma enfermeira aposentada – que se auto intitula sua fã número um.
Misery é a personagem principal de sua série de livros mais famosa, e da qual Annie é fã. Durante a “estadia” de Paul Sheldon em sua casa, ela descobre que tal personagem fictícia morreu. Inconformada, decide manter Paul prisioneiro para que ele dê continuidade à história de Misery, apenas para ela.
Justo quando ele acha que está livre de sua personagem de maior sucesso, se vê obrigado a escrever sobre ela se quiser continuar vivo.
A história mostra momentos de angústia e apreensão enquanto Sheldon descobre que não conseguirá se livrar tão fácil de Annie; ele protagoniza cenas de tortura, que não só nos prende do início ao fim do livro, como também nos faz devorar facilmente todas as páginas afim de descobrir o que acontecerá a seguir, e qual será seu destino final.
E é claro que o autor não nos decepciona com sua escrita, que nos agrada com personagens marcantes, de muita personalidade e cenas bem ambientadas e ricas em descrições. Aliás, para os fãs dos detalhes, Stephen King é ideal para sua leitura, uma vez que seus livros trazem cenas muito detalhadas, que ajudam a ambientar todo o cenário da história, tornando a obra uma experiência completa.
Para quem não curte tanto essas cenas, em alguns pontos específicos a leitura pode se tornar um pouco monótona, o que acaba por fazer a experiência se arrastar um pouco. Nesse ponto, devo dizer que me coloco nesse grupo, ainda assim o livro se tornou um favorito, pois o enredo cativou mais do que o dissabor desse detalhe.
Se você já leu um de seus terrores e ainda não conhece esse título, vale muito a pena conferir. Para os que ainda não leram nenhuma de suas obras, acredito que esta seja uma boa para iniciar, por não ser um calhamaço.
Boa leitura e até a próxima!