Israel Novaes, o paraense que conquistou o Brasil com hits como “Vem Ni Mim Dodge Ram”, mergulha em detalhes sobre sua jornada desde as raízes musicais na igreja até a explosão nacional no cenário sertanejo. Revelando como a transição para Goiânia e o curso de Direito inesperadamente pavimentaram seu caminho para a fama, Novaes destaca a influência das experiências de infância e a mistura única de ritmos que define seu som. Em uma entrevista sincera, o cantor compartilha os bastidores de seus projetos e a constante busca por inovação, mostrando que, para ele, a música vai além de qualquer gênero. Conheça as inspirações, desafios e o olhar futuro de um artista que promete sempre entregar música com alma.
Israel, você nasceu no Pará, mas se mudou para Goiânia para cursar Direito na PUC-GO. Como essa transição influenciou sua carreira na música sertaneja?
Com certeza se não fosse Goiânia a cidade em que eu cursasse direito minha teria tomado outra direção ou possivelmente estaria no direito; a música sempre foi forte na minha família, mas Goiânia deu direção e estrutura a essa mistura.
Você teve seu primeiro contato com a música na igreja evangélica e fez sua primeira composição aos 16 anos. Como essas experiências moldaram sua identidade musical?
Me deram a base essencial, o amor e admiração a música. Foi na igreja que tive o contato com a experiência de lidar com público, e um público exigente, praticamente todos sabiam o que esperar de quem cantava.
“Vem Ni Mim Dodge Ram” foi um grande sucesso que te projetou nacionalmente. Como surgiu a inspiração para essa música e como você se sentiu ao ver o reconhecimento que ela recebeu?
Foi uma brincadeira no centro acadêmico da faculdade; levava uma vida praticamente igual a estrofe da música, no pré-refrão começa o que eu queria que fosse diferente: “agora eu tô mudado “(…) foi realmente o que aconteceu graças a música. Ouvir essa música na rádio foi a primeira grande virada de chave na minha mente revelando para mim o “agora eu existo na música “!
Além do sucesso com “Vem Ni Mim Dodge Ram”, você também emplacou hits como “Vô, Tô Estourado” e “Sinal Disfarçado”. Como é o processo de criação das suas músicas e de que forma você busca inovar dentro do gênero sertanejo?
É puramente compor o que você vive ou vê em volta acontecendo, se não isso; ouvir alguma composição de outra pessoa e sentir “ela poderia ser minha “! Quer dizer que música boa é a chave.
Em 2013, você gravou seu primeiro DVD com participações especiais de grandes artistas. Como foi esse processo de produção e quais foram os principais desafios que enfrentou ao criar esse projeto?
É algo que dar um frio na barriga desde a produção, separar as músicas até a hora de começar a gravação, se torna um sonho que você vive com receio de acordar um dia e não ser verdade, imagina; “tão pouco tempo gravando com artistas que foram inspiração e agora dividindo palco.
Seu segundo DVD, “Forró do Israel”, lançado em 2015, apresentou uma mistura de ritmos, com destaque para o forró. O que te inspirou a explorar essa diversidade musical e como foi a receptividade do público a essa mudança?
É inevitável perceber que nasci musicalmente misturando o que carrego comigo no sangue; família nordestina e nortista e eu morando na capital na música sertaneja, eu cantando já recebia comentários que misturava tudo ao mesmo tempo, então eu do nada já me via fazendo o que eu vi para fazer; quebrar regras e fazer mistura. O público já via na “alô vó “e “carro pancadão “ o forró .
Você já se apresentou em diversos locais do Brasil e participou de programas de TV renomados. Qual é a importância dessas oportunidades para a sua carreira e como você lida com a pressão e as expectativas do público?
Cada novo desafio foi me puxando para dentro de si e eu só fui obedecendo. Antes de grandes apresentações sempre dá o velho e bom frio na barriga, só no final desses compromissos eu descubro que estava pronto para eles. Cada novo desafio vai me preparando para o próximo e guardar grandes referências foi me tirando o medo da pressão; é ser você e dar o máximo de si, pessoas que se identificam com sua verdade viram e o resto não podemos controlar.
Além da sua carreira como cantor e compositor, você também é reconhecido por sua presença carismática nos palcos. Como você descreveria a energia e a conexão que busca estabelecer com o público durante suas apresentações ao vivo?
Se entregar e ir de coração aberto para receber conexões reais do público, cada show tem que ser diferente, olhar profundamente nos olhos daqueles que queres serem vistos e se apresentar, a música e o olhar é o idioma para estabelecer esse relacionamento.
Quais são seus planos e projetos para o futuro da sua carreira na música sertaneja? Existem novos desafios ou objetivos que você gostaria de alcançar nos próximos anos?
Nunca me sinto confortável onde estou, acredito que na vida há uma movimentação natural para seu propósito; então dei só os primeiros passos em direção ao caminho que tenho que trilhar, sou grato a música sertaneja, mas; minha ligação maior é com a música em si; e a comunicação que ela pode estabelecer, uma coisa posso prometer: “ sempre haverá música em mim “ Deus me deu esse idioma para comunicar e levar mensagens maiores do que um estilo musical, isso eu preciso honrar.
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