Medicamentos para emagrecer podem causar queda de cabelo?

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O uso de medicamentos para emagrecimento tem se tornado cada vez mais comum entre os brasileiros que estão com sobrepeso ou obesidade. No entanto, uma preocupação crescente entre essas pessoas é a possibilidade desses remédios causarem queda de cabelo.

Há alguns relatos de usuários que afirmam ter experimentado queda de cabelo após o uso de medicamentos conhecidos como “canetas emagrecedoras”, como Ozempic (semaglutida) e Mounjaro (tirzepatida). Esses relatos têm sido compartilhados principalmente nas redes sociais, como TikTok e Instagram, onde usuários mencionam a perda de tufos de cabelo e o aumento da queda capilar após o início do tratamento com esses medicamentos

“A queda de cabelo associada ao uso desses medicamentos pode ser um efeito colateral, mas depende de diversos fatores, como a predisposição genética do paciente, a velocidade da perda de peso e a presença de deficiências nutricionais”, explica a médica tricologista Rebecca Atman, membro da Sociedade Brasileira do Cabelo (SBC).

Especialistas sugerem que a perda de cabelo pode estar associada à rápida perda de peso promovida por esses medicamentos, o que pode desencadear uma condição chamada eflúvio telógeno, caracterizada pela queda temporária de cabelo devido ao estresse físico no organismo

“Além disso, a falta de nutrientes essenciais para a saúde capilar, resultante de dietas restritivas ou de efeitos colaterais dos medicamentos, também pode contribuir para a queda de cabelo”, complementa Rebecca Atman.

Outro ponto importante, de acordo com a tricologista, é que dietas restritivas podem levar a deficiências de nutrientes essenciais para a saúde capilar, como ferro, zinco e vitaminas do complexo B.
Para minimizar os riscos de queda de cabelo durante o uso de medicamentos para emagrecer, a especialista recomenda:

* Manter uma alimentação equilibrada, rica em nutrientes essenciais para a saúde dos cabelos;

* Evitar a perda de peso muito rápida, optando por métodos de emagrecimento gradual e supervisionados por profissionais de saúde;

* Realizar acompanhamento médico regular para monitorar possíveis efeitos colaterais e ajustar o tratamento conforme necessário.

A médica Rebecca Atman enfatiza que, embora a queda de cabelo possa ser um efeito colateral indesejado, ela é geralmente temporária e pode ser revertida com a adoção de medidas adequadas. “É fundamental que os pacientes estejam cientes dos possíveis efeitos colaterais e busquem orientação profissional antes de iniciar qualquer tratamento para emagrecimento”, conclui a tricologista.

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