Um grave problema de saúde pública está ligado à dificuldade da sociedade em aceitar os mais diversos tipos de cabelos existentes. Após sofrerem discriminação e bullying, pessoas de todas as idades – especialmente meninas e mulheres – passam por tratamentos químicos severos, muitas vezes em suas próprias casas, que podem levar a queimaduras no couro cabeludo, face, olhos e tronco; dermatites; alergias de pele e respiratórias, perda dos cabelos e outras complicações de saúde.
A câmara dos deputados dos Estados Unidos aprovou, neste final de semana, legislação que visa findar a discriminação contra o cabelo natural, especialmente nos ambientes escolares e de trabalho. Enviado ao Senado, o texto foi considerado de urgência pelo presidente estadunidense, Joe Biden, já que a população negra daquele país relata que muitas vezes é tratada injustamente no trabalho e nas escolas por causa de seus cabelos naturais, pelo uso de tranças ou pela adoção de outros estilos.
Aqui no Brasil, não há lei que vise ao chamamento da atenção pública sobre essa questão. Mas, todos os dias, em consultório, médicos recebem pacientes doentes pelo excesso de procedimentos químicos realizados nos cabelos – e isso inclui muitas crianças. Eu mesmo atendo de duas a três crianças por dia com esse problema – o número é grande e assustador!
A história que ouço é muito parecida: pais procuram o consultório de um médico e tricologista porque um alisamento causou dano ao couro cabeludo de seu filho. A criança, que tem entre seis e dez anos de idade, sofria bullying na escola e os familiares acreditaram que o melhor a se fazer seria um procedimento que amenizasse os comentários.
Muitas famílias relatam que tentaram de tudo: penteados diferentes, conversas com a direção da escola e com outros pais, conscientização da própria criança, mas o problema só crescia. Então, veio a ideia do alisamento – que causou danos importantes na saúde da criança. Já vi casos de queimaduras irreversíveis no couro cabeludo. Então, é criado um outro problema, porque não se tem mais o cabelo natural e apenas o trauma inicial – mas, um novo trauma, em cima daquele.
Em 2018, um caso de suicídio ocorrido no Mato Grosso do Sul chocou a cidade de Nova Andradina. Uma adolescente de apenas 15 anos tirou a própria vida após sofrer bullying por anos consecutivos, por ter cabelos crespos e os alisar. Em setembro de 2021, uma menina de nove anos foi internada para a realização de duas microcirurgias, necessárias para correção de dados causados por uma escova progressiva. E assim, sequencialmente, vemos casos graves relacionados ao fato de pessoas não serem aceitas por seus cabelos naturais.
Não são apenas as crianças que sofrem. As mulheres que não têm cabelos lisos passam a vida inteira atrás desse modelo. E, com o passar dos anos, danificam o couro cabeludo, muitas vezes criando falhas nele, sem se darem conta.
E o que dizer dos homens? Ou se livram do problema mantendo os fios muito curtos ou raspam a cabeça por toda a vida, para se livrarem de comentários preconceituosos.
É hora de alertarmos a população brasileira sobre a importância da aceitação dos cabelos. Para começar, é preciso que sejam eliminados termos como ‘cabelo ruim’ e ‘cabelo bom’. Todos os tipos de cabelos devem ser admirados e mantidos o mais próximo ao seu estado natural, para que a saúde física do indivíduo seja preservada.
Depois, é fundamental que existam campanhas de valorização de todos os tipos de cabelos existentes, ensinando nossa população que é justamente na miscigenação que mora a nossa história – e ela deve ser motivo de orgulho.
É preciso que se faça um trabalho de base, nas escolas, porque as crianças se encarregarão de disseminar o bem, se ele for plantado. E, enquanto houver o preconceito estrutural, mais crianças chegarão doentes aos nossos consultórios.
*Dr. Luciano Barsanti é médico e tricologista, presidente da Sociedade Brasileira de Tricologia e Diretor Médico do Instituto do Cabelo.
Sobre o Instituto do Cabelo
O Instituto do Cabelo é uma clínica médica, registrada no CRM sob o número 38045, especializada no tratamento capilar de homens, mulheres e crianças.
À frente dos trabalhos estão o Dr. Luciano Barsanti e a Dra. Marcia Cecilio.
O currículo do Dr. Luciano Barsanti dispensa quaisquer outras apresentações. Médico e Tricologista, ele é Presidente da Sociedade Brasileira de Tricologia “SBTri”, membro titular do American Hair Loss Council – USA e da Sociedade Italiana de Tricologia, além de membro da Sociedade Brasileira de Laser em Medicina e Cirurgia. É Diretor Médico do Instituto do Cabelo.
Junto a ele está a Dra. Marcia Cecilio, Diretora Científica do Instituto do Cabelo. Médica e Tricologista, ela é membro titular do American Hair Loss Council – USA, membro da Sociedade Brasileira de Laser em Medicina e Cirurgia, e membro da Sociedade Brasileira de Tricologia “SBTri”.
O protocolo médico do Instituto do Cabelo utiliza métodos não-invasivos para diagnóstico do problema capilar e seu melhor tratamento. Isso significa que a recuperação da saúde dos cabelos se faz sem injeções no couro cabeludo (mesoterapia), cirurgias, técnicas artificiais de entrelaçamento ou próteses.
No tratamento não-invasivo, são utilizados equipamentos para eletroestimulação do bulbo do cabelo e desobstrução do óstio (orifício) capilar.
Métodos avançados de diagnóstico: Para a detecção dos problemas capilares envolvidos, o paciente é submetido à consulta médica e ao exame tricológico, por meio de scanner do couro cabeludo, e à microscopia da raiz capilar (bulbo). A partir desse diagnóstico, o paciente é encaminhado ao tratamento.
Tratamento: No tratamento não-invasivo, são utilizados equipamentos pra eletroestimulação do bulbo do cabelo e desobstrução do óstio (orifício) capilar. O Instituto do cabelo utiliza tecnologia de laser de baixo comprimento de onda para a recuperação capilar.
O FDA Americano avaliza o laser de baixa penetração como uma das tecnologias para o tratamento de recuperação capilar. A técnica chama-se LLLT (Low Level Laser Therapy), também conhecida como laser frio. Estudos científicos internacionais demonstraram o aumento da multiplicação celular da raiz do cabelo, aumentando a velocidade de crescimento dos fios e melhorando a densidade capilar, a partir desse tratamento.
Outras terapias auxiliares são adotadas para que o tratamento se potencialize, já que os pacientes podem necessitar de atendimento multidisciplinar que, apenas a partir de uma consulta médica, serão indicados.
O Instituto do cabelo oferece atendimento específico para a recuperação capilar após a gravidez, bem como para os mais variados casos de alopecia.
Todo o tratamento é acompanhado e supervisionado por um médico e tricologista.