Qualidade e rastreabilidade como padrão

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* Por Cristian Costa

A precisão do concreto armado está diretamente ligada à conformidade das armaduras com o projeto estrutural. Nesse contexto, o processamento industrial de aço surge como solução capaz de oferecer um controle de qualidade que dificilmente seria alcançado dentro do canteiro de obras. Por meio de máquinas de comando numérico, cortes e dobras passam a obedecer rigorosamente aos raios e ângulos especificados, reduzindo ao mínimo erros dimensionais que poderiam comprometer tanto a geometria quanto a segurança das estruturas.

Outro aspecto decisivo é a rastreabilidade. Cada pacote de aço industrializado chega à obra com etiquetas que indicam o código da peça e o diâmetro, o que permite consultar certificados de lote, organizar a montagem na sequência correta e facilitar a inspeção. Esse sistema de identificação confere maior confiabilidade ao processo e reduz falhas que, no método tradicional, costumam gerar retrabalho e atrasos.

Além dos ganhos técnicos, a adoção do modelo industrial responde a exigências cada vez mais rigorosas de segurança do trabalho e sustentabilidade. Ao retirar das obras as operações de corte e dobra, elimina-se o risco de acidentes com guilhotinas e dobradeiras, comuns em canteiros improvisados. Na indústria, os equipamentos contam com proteções coletivas, carenagens e protocolos como o LOTO (Lockout/Tagout), o que diminui significativamente a exposição dos trabalhadores a situações de risco. Do ponto de vista ambiental, o impacto também é relevante: enquanto o processo convencional resulta em sobras de vergalhões e entulho, o sistema industrial maximiza o aproveitamento da matéria-prima e reduz quase a zero o desperdício, contribuindo para um modelo de construção mais sustentável.

A armadura é, sem dúvida, um dos elementos mais críticos de qualquer projeto estrutural. Quando produzida por meio do corte e dobra industrial, alia planejamento, tecnologia e eficiência, transformando-se em fator de lucratividade e competitividade. Mais do que uma tendência, o aço pronto para montar representa um caminho sem volta para construtoras que buscam eliminar ineficiências e estabelecer um novo padrão de excelência operacional em seus canteiros.

*Cristian Roberto Correia Costa é administrador de empresas formado pelo Instituto Superior do Litoral do Paraná (ISULPAR) e sócio-diretor da Aço Total Comércio de Aço LTDA desde 1998 e da Total Corte e Dobra de Aço LTDA desde 2012. Com mais de 25 anos de experiência no setor de estruturas metálicas para a construção civil, acumula resultados expressivos, como a redução de 22% nos custos de produção com a adoção do sistema de bobinas e o aumento de 33% na capacidade produtiva. Ao longo da carreira, consolidou parcerias estratégicas com os principais fornecedores de aço do país e atua diretamente no planejamento, gestão de equipes e desenvolvimento de soluções para eficiência produtiva no setor.

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