Climatização inteligente cresce no Brasil com sensores que reduzem consumo de energia

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Equipamentos automatizados ganham espaço em meio às ondas de calor e ajudam a economizar até 30% em ambientes residenciais e corporativos

Empresas e residências brasileiras passaram a investir, nos últimos meses, em tecnologias de controle térmico, como sensores de presença, termostatos programáveis e sistemas automatizados. A busca é por conforto diante das sucessivas ondas de calor e economia frente ao alto custo da energia elétrica. Segundo estudo publicado na revista científica Millenium, sistemas conectados à Internet das Coisas (IoT) podem reduzir em até 30% o consumo energético.

De acordo com Patrick Galletti, engenheiro de climatização e CEO do Grupo RETEC,  referência há mais de 40 anos no setor de AVAC-R ,aquecimento, ventilação, ar-condicionado e refrigeração, essas soluções permitem desligar automaticamente o ar-condicionado em ambientes vazios e ajustar a temperatura conforme a ocupação, evitando desperdícios e otimizando o desempenho dos equipamentos.

A tecnologia também possibilita o monitoramento remoto por aplicativos e comandos de voz, com integração a assistentes virtuais como Alexa e Google Assistant. Com a automatização, o controle térmico se adapta ao comportamento dos usuários e aos horários de maior demanda, proporcionando uma climatização sob demanda. Galletti afirma que é possível identificar os períodos de pico de consumo e programar o sistema para operar em modo econômico nesses horários.

Dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) indicam que sistemas de climatização representam cerca de 47% do consumo energético em edifícios comerciais e públicos no Brasil. Diante desse cenário, soluções como o Volume de Refrigerante Variável (VRV), centrais de água gelada e automação com sensores surgem como alternativas estratégicas para reduzir o impacto ambiental e os custos operacionais.

Além da economia, os sistemas inteligentes promovem maior qualidade do ar e conforto térmico, com sensores que monitoram níveis de CO₂, umidade e partículas suspensas. Em ambientes corporativos, isso se reflete em mais produtividade e menor índice de absenteísmo. O especialista destaca que a climatização adequada reduz quadros de fadiga, desconforto e doenças respiratórias, especialmente em locais com grande circulação de pessoas.

A manutenção também se beneficia da tecnologia. Equipamentos com sensores embarcados são capazes de detectar falhas antes que se tornem problemas maiores, acionando alertas para limpeza de filtros ou verificação de componentes. Galletti observa que a manutenção preditiva evita emergências e contribui para o aumento da vida útil dos sistemas, além de manter a eficiência energética ao longo do tempo.

Com o avanço das ondas de calor e a pressão sobre a infraestrutura de energia, a climatização inteligente deixou de ser tendência e passou a ser fator decisivo de bem-estar e gestão sustentável. Para Galletti, não se trata apenas de conforto, mas de uma escolha estratégica para quem deseja equilibrar economia, desempenho e responsabilidade ambiental.

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