Tiago Marques fala sobre temporada de “[Im]penetrável” e relembra televisão” e relembra televisão

Luca Moreira
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Tiago Marques (Foto: Marco Brozzo)

O ator Tiago Marques, nascido em Vitória-ES, estudou Dr. Carlos de Campos em SP e integra a 8ª Oficina de Atores do Centro Cultural Cesgranrio, selecionada entre mais de mil participantes. Entre os destaques do teatro estão: “[Im]penetrável”, de Adilson Dias, que segue em temporada nacional e foi selecionado para o festival FETEG, em Minas Gerais; O espetáculo “A Ver Estrelas”, de João Falcão, com direção de Mário Pérsico, em São Paulo; Os shows “Brainstorming Anônimos” e “Romeu e Julieta” dirigidos por Bia Oliveira no Rio de Janeiro; Além da performance, hoje faz parte de uma das maiores produções da Paixão de Cristo do Brasil, que aconteceu em Vassouras-RJ.

Atuou na televisão em 2017 na novela “O Rico e Lázaro” dirigida por Edgar Miranda. Em 2018, integrou o elenco da novela “Jesus”, também dirigida por Edgar Miranda. No cinema, fez parte do elenco dos curtas: “Aqui Não Lugar Não”, dirigido por Yago Azevedo e Renan Rocha; e “Marina”, projeto idealizado e escrito por ele e Valentina Bulc, com direção de Vitor Cassini, que foi selecionado para diversos festivais nacionais e em 2019 ganhou o prêmio de melhor curta-metragem no festival “Fest & Arte”. Confira a entrevista!

Natural de Vitória, no Espírito Santo, você é formado pelo Conservatório Dramático e musical Dr. Carlos de Campos, em São Paulo, e logo foi selecionado entre mais mil participantes para a Oitava Oficina de Atores do Centro Cultural Cesgrnario. Gostaria de começar perguntando sobre o que o atraiu inicialmente para a arte e como foi a seleção no Cesgranrio?

Sempre achei interessante esse universo de cinema e televisão. Eu nasci em vitória Es e morei lá até os 18 anos. Depois me mudei pra Sorocaba, interior de São Paulo. Minha mãe me inscreveu na fundec que é uma oficina de artes cênicas. Eu comecei a ter crises de pânico e ela achou uma boa ideia na época. Daí em diante não parei mais(risos). Fazer parte da oficina foi incrível. A primeira seleção acontece pela internet, os aprovados fazer um segundo teste presencial. Eu apresentei um texto da peça que eu estava em cartaz. No final do texto o rapaz perguntou se eu topava fazer um improviso em cima daquela história, eu fiquei bastante nervoso, era um texto que eu já havia ensaiado bastante, ele propôs que eu fizesse um improviso, eu aceitei o desafio e foi uma experiência incrível, fiquei apenas 2 semanas no curso (risos) e foi incrível.

Ainda em temporada, um de seus maiores sucessos no teatro é o espetáculo “[Im]penetrável”, que encontra-se em cartaz pelo país e foi selecionado para o Festival FETEG de Minas Gerais. Como tem sido a experiência de estar no projeto e de trabalhar com Adilson Dias na direção?

Sim, esse espetáculo foi de fato um novo ciclo no meu amadurecimento quanto ator, produtor e artista no geral. Foram mais de um ano de processo. Não tínhamos um lugar fixo, e por isso ensaiávamos onde conseguíamos. Ensaiamos na praia, na rua, em casa, no apartamento de algumas pessoas (risos), a Bia Oliveira, minha professora, diretora, e grande amiga nos cedeu o espaço onde ela dava aulas pra que pudéssemos ensaiar, foi um processo bem desafiador e nos ajudou no crescimento de todos os envolvidos. Foi uma experiência muito boa. O Adilson faz parte de um grupo de teatro bem importante de Brasília chamado teatro do concreto. Ele também da aula de teatro em uma ong em Brasília, tive a oportunidade de ir lá e conhecer o espaço e a turma de jovens alunos. Sem dúvidas foi uma experiência incrível.

Além de “[Im]penetrável”, você também estrelou projetos como “A Ver Estrelas”, “Brainstorming Anônimos” e “Romeu e Julieta”. Avaliando sua carreira, qual acredita ter sido o personagens que mais te deu trabalho nos palcos?

Todos(risos)! Cada personagem é um novo desafio. Por mais óbvio que seja, quando você começa estudar você vai descobrindo camadas, e cada camada você vai descobrindo coisas novas. Você descobre coisas novas até o último dias de apresentação. Acredito que o que foi mais desafiador foi Romeu, porque é uma peça muito montada, e tem um texto muito rebuscado. Palavras que eu nem sabia o que significava. Tivemos pouco mais de 3 meses de ensaio(risos). Foi bem desafiador.

Tiago Marques (Foto: Reprodução/Instagram)

Além do teatro, hoje você é membro de uma das maiores encenações da paixão de Cristo realizada no Brasil, mais especificamente em Vassouras, no Rio de Janeiro. Como veio a oportunidade de integrar esse projeto?

Eu trabalhei com a Bia Oliveira no espetáculo, Romeu e Julieta. Ela foi a diretora de algumas edições da paixão de Cristo. Através dela surgiu o convite pra fazer parte dessa projeto lindo. Todos os anos são bem emocionantes!

Ainda sobre a temática bíblica, em 2017, o público pode ter ver na novela “O Rico e o Lázaro”, e posteriormente, no ano seguinte, a novela “Jesus” da mesma emissora. Reencarnar momentos tão consagrados da histórias bíblicas traz uma responsabilidade maior com os cuidados em tela?

Sem dúvidas. Quando você tem uma obra que é aberta, você pode acrescentar, tirar, mudar a ordem (dependendo do roteirista é claro) pra que fique mais natural. Nós casos de peças muito famosas e textos Bíblicos, precisamos ter um cuidado. São textos que todo mundo conhece, e se não conhece, já ouviu pelo menos alguma vez. Nesses momentos é importante seguir o texto fielmente, pra que o público não pense que estamos mudando a história.

Já no cinema, você integrou o elenco do curta-metragem “Aqui Não é Lugar Nenhum” dos diretores Yago Azevedo e Renan Rocha. Como foi trabalhar com essa dupla?

Foi uma experiência muito boa, gravamos no estúdio da faculdade. O curta conta a história de um jovem que está passando por crises existenciais, com um pé na depressão. Ele vive em um mundo preto e branco, algo bem triste mesmo.

Tiago Marques (Foto: Marco Brozzo)

Em parceria com Valentina Bulc, você escreveu e idealizou a obra “Marina” que chegou a ser selecionado para vários festivais e recebeu o prêmio de Melhor Curta do Festival do Festival “Fest & Arte” em 2019. Como foi a processo de concepção dessa obra?

Sim, a gente sentiu a necessidade de se auto produzir. Começamos a escrever e o texto e a história mudou bastante no decorrer do processo. Mostramos pra um amigo que era diretor e ele ficou empolgadíssima com a ideia. Produzimos e gravamos junto com nosso amigo e diretor Vitor Cassini que faleceu  ano passado em um acidente de carro. Gravamos e produzimos o curta chamado Alcateia, durante a pandemia. O Vitor foi uma das pessoas fundamentais pra que tanto Marina quanto Alcateia, saísse do papel. Sou muito grato de ter cruzado com ele nessa jornada.

Já no universo musical, participou do clipe “Você se Enganou”, da cantora Tais Alvarenga e em 2019, participou de “Mais Amor” da banda Ponto de Equilíbrio. Como avalia essa sua experiência na indústria musical?

O clipe da Tais foi um dos trabalhos mais lindos que já participei. Ele é poético, forte, agressivo, sensível ao mesmo tempo. Gravamos em 1 dia se não me engano. O Phill Mendonça foi quem dirigiu. Ele nos deixou bem livres, a vezes estávamos fazendo algo no set e quando ele via já começava a gravar.(risos)

O Phill Mendonça foi quem me convidou para o clipe do ponto de equilíbrio com a Tati Portella. Ficamos 24h gravando, pegamos um barco às 5h da manhã em Paraty, e chegamos as 5h do outro dia (risos). Trabalhar assim é diversão.

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