Com mais de 20 anos de atuação como guia espiritual, Sensitiva Jéssica tornou-se uma das vozes mais influentes do esoterismo contemporâneo. Reconhecida por unir mediunidade, astrologia e numerologia em suas consultas, ela construiu uma trajetória baseada em equilíbrio e propósito, ajudando milhares de pessoas a encontrarem clareza e reconexão interior.
Em entrevista, Jéssica relembra o início de sua jornada — marcada por dons despertos ainda na infância — e fala sobre os desafios de lidar com energias, emoções e expectativas em um mundo cada vez mais acelerado.
Jéssica, você atua há mais de 20 anos como guia espiritual. Como começou essa jornada? Houve um momento específico em que percebeu que esse seria o seu propósito de vida?
Minha jornada começou ainda na infância. Desde muito cedo, eu percebia coisas que as outras pessoas não percebiam, sensações, presenças, mensagens em sonhos. No começo, confesso que isso me assustava, mas com o tempo entendi que se tratava de um dom. Aos poucos, fui estudando, buscando orientação e me aprofundando em várias vertentes da espiritualidade. Quando percebi que através desse dom eu poderia ajudar outras pessoas a encontrarem clareza e equilíbrio, entendi que esse era o meu propósito de vida.
Ser sensitiva envolve lidar com energias, emoções e expectativas das pessoas. Como você equilibra o seu dom espiritual com o peso da responsabilidade de orientar tantas vidas?
O segredo é o equilíbrio interno. Ser sensitiva exige não só mediunidade, mas também preparo emocional e espiritual. Eu me cuido muito, faço banhos, limpezas energéticas, rezo, medito e respeito meus momentos de recolhimento. Só consigo orientar o outro com verdade se eu estiver em paz. A responsabilidade é enorme, mas quando entendo que sou apenas um canal entre o plano espiritual e o plano terreno, tudo flui com mais leveza.

Você combina várias técnicas — astrologia, numerologia e mediunidade. Como essas ferramentas se conectam nas suas consultas? Existe uma que fala mais forte no seu trabalho?
Cada uma dessas ferramentas tem uma função diferente dentro do meu trabalho, mas todas se unem com o mesmo propósito: trazer clareza espiritual e direcionamento. A mediunidade é o meu canal direto com o plano espiritual, é através dela que recebo as mensagens e percebo as energias do consulente. O tarô traduz essas mensagens em símbolos e arquétipos, permitindo uma leitura mais profunda sobre emoções, caminhos e decisões do momento. Já o jogo de búzios traz a sabedoria ancestral dos orixás, revelando orientações mais espirituais e cármicas, ligadas à missão de vida e à força de cada pessoa. Quando combino essas três práticas, consigo unir a visão espiritual, emocional e energética do ser humano. Mas se eu tivesse que dizer qual fala mais forte, seria a mediunidade, porque é nela que está a essência do meu dom, é o canal que me conecta ao divino e me guia em todas as leituras.
Suas previsões para celebridades ganharam grande repercussão na mídia. Como é o processo de fazer essas leituras — e qual delas mais te surpreendeu até agora?
Cada previsão nasce de uma conexão energética. Eu não “escolho” quem ler, é como se o universo me mostrasse aquilo que precisa ser dito. Gosto sempre de fazer as leituras com muito respeito, sem buscar polêmica. A que mais me surpreendeu foi uma que se confirmou de forma muito rápida, envolvendo uma mudança profissional importante de uma artista. Às vezes, o espiritual é tão preciso que até eu me emociono.

O universo espiritual desperta muita curiosidade, mas também ceticismo. Como você lida com as críticas e mantém sua fé e credibilidade diante da exposição pública?
Com serenidade. A espiritualidade não é uma obrigação, é um chamado. Nem todos estão prontos para enxergar o invisível, e tudo bem. Meu papel não é convencer, é servir. A fé é uma escolha individual, e eu sigo firme na minha, porque os resultados e as transformações que vejo nas pessoas todos os dias são a maior prova da verdade do meu trabalho.
Com o avanço das redes sociais, a espiritualidade se tornou mais acessível, mas também mais midiática. Você acredita que essa visibilidade ajuda ou atrapalha quem realmente busca autoconhecimento?
Depende da intenção. A visibilidade pode ser um portal lindo de expansão e despertar, quando usada com respeito e verdade. Mas também pode distorcer o sagrado, se virar apenas espetáculo. Por isso, acredito que quem trabalha com espiritualidade precisa ter muita consciência. A internet aproxima, mas é a energia que sustenta a mensagem que faz a diferença.

Seu Instagram é seguido por centenas de milhares de pessoas. O que mais te toca nas mensagens que recebe — e o que o público talvez não saiba sobre você?
O que mais me toca é saber que, de alguma forma, consegui aliviar a dor de alguém. Recebo mensagens de pessoas dizendo que voltaram a acreditar, que conseguiram mudar de vida, e isso não tem preço. O que talvez muita gente não saiba é que, por trás da sensitiva, existe uma mulher sensível, mãe, que também sente, chora e precisa se recolher às vezes. A espiritualidade me ensina todos os dias que ser luz também é aprender a cuidar da própria sombra.
Quais são seus próximos passos? Podemos esperar um livro, curso, evento ou algum novo projeto que leve seu trabalho espiritual a ainda mais pessoas?
Tenho muitos projetos que estão nascendo com muito amor. Um deles é o meu livro, onde reúno ensinamentos e vivências espirituais de forma acessível. Também estou desenvolvendo um protocolo online, voltado para o despertar e a conexão com o próprio propósito. Quero continuar levando a espiritualidade para cada vez mais pessoas, com verdade, leveza e fé.
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