Filho do aclamado cineasta Steven Spielberg, Sawyer Spielberg mostra seu talento como protagonista do drama Martyr of Gowanus, exibido no Julien Dubuque International Film Festival 2025. No longa dirigido por Brian Meere, o ator interpreta um pintor de casas no Brooklyn pós-11 de setembro, enfrentando traumas pessoais e dilemas morais enquanto navega por um bairro em transformação. Com uma performance densa e sensível, Sawyer se firma como um nome promissor no cinema independente contemporâneo.
Seu personagem em Martyr Of Gowanus é intenso, profundo e lidando com questões difíceis. Como foi o seu mergulho nesse universo tão carregado emocionalmente?
Não foi fácil me aprofundar nesse universo, mas confiei no Brian e no elenco. Atuar sempre foi uma forma de aprender mais sobre a história e sobre mim mesmo. E, quando terminamos as filmagens, me senti mais leve e mais empático.
O Brooklyn pós-11 de setembro é mais do que um cenário — é quase um personagem. Como esse ambiente influenciou a sua atuação?
O 11 de setembro mudou a história para sempre e, até hoje, as pessoas ainda são afetadas pelo que aconteceu. Após os ataques, houve uma união profunda entre as pessoas, então, quando gravamos as cenas que se passam depois dos atentados, havia uma urgência maior de me conectar com os personagens. Uma necessidade de não passar por isso sozinho e uma percepção maior da própria mortalidade. O ambiente uniu o elenco e a equipe de uma forma que outros filmes talvez não uniriam.

A responsabilidade de representar traumas coletivos e individuais é grande. Como você se preparou emocionalmente para isso?
É uma grande oportunidade para um ator assumir um papel como esse. Eu realmente aproveitei o processo. Criei uma playlist no meu celular com músicas da época, e antes de cenas mais pesadas, me escondia num canto e escutava. Também jantava com o elenco todas as noites depois das filmagens, para fortalecer nossos laços.

Participar do Julien Dubuque IFF é também um momento de celebração. O que essa estreia significa para você pessoalmente e profissionalmente?
O Julien Dubuque International Film Festival é um ótimo festival, e me sinto realmente honrado por eles terem escolhido o nosso filme. Sou muito grato por Martyr of Gowanus estar tendo esse tipo de visibilidade.
Que tipo de conexão você espera criar com o público através do seu personagem?
Gavin é um cara comum que foi profundamente ferido pelas circunstâncias. Espero que as pessoas aprendam, ao assistir ao filme, que ninguém deve passar por um trauma sozinho. E, se você estiver enfrentando dificuldades, não guarde isso para si — conecte-se com a sua comunidade.
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