O rapper Israel Paixão, uma das figuras destacadas da cena hip hop de Brasília, anuncia o lançamento de seu novo single, “Meu Laiá”. Este lançamento, com uma pegada mais romântica, representa uma nova faceta do artista. A música, que mistura influências da MPB, Funk, R&B e Trap, é um verdadeiro hino ao amor e já está disponível em todas as principais plataformas digitais.
Após um ano de pausa nos lançamentos, Israel Paixão volta com força total em 2023. A nova fase começou em abril com o single “Shock”, uma colaboração com o DJ e produtor musical kLap. Além disso, o rapper lançou faixas como “À Vista”, “Essa Cidade é Um Saco” (em parceria com a banda Lupa) e “Choro dos Racistas” ainda este ano.
“Meu Laiá” também marca um momento especial na carreira do rapper, já que ele fará sua estreia em um dos principais festivais de Brasília, o CoMA. O show de Israel Paixão está programado para o próximo sábado (7/10) e contará com “Meu Laiá” no repertório, juntamente com seus sucessos anteriores.
Além de suas conquistas na música, Israel Paixão é um artista completo, atuando como compositor, DJ e dançarino. Ele se destacou ao vencer a 10ª edição do Brasília Independente, concurso de música autoral da TV Globo, em 2019, com a faixa “Rolé”. Atualmente, ele continua se apresentando em festas no Distrito Federal, tanto como artista solo quanto como parte do duo The Beat’s On, ao lado de Rafael Nino. Suas redes sociais também são um terreno fértil para seu sucesso, com o quadro “Meu Feat no Hit” em colaboração com o produtor musical Lusi.wav.
“Meu Laiá” teve uma origem interessante, nascendo enquanto você dirigia e ouvia música. Pode compartilhar mais sobre o momento exato em que a inspiração surgiu e como isso moldou a música?
Então, velho, é porque eu sou eu e tenho muita saudade de… eu ouço muito Los Hermanos, tá ligado? Eu sou muito cromo, eu sou muito bandas que tipo, eles conseguem falar de algo sem exatamente falar o nome de algo, tá ligado? Sem falar, tipo, tão explicitamente na cara de algo, e eu acho isso muito massa, porque faz com que as pessoas fiquem pesquisando, fiquem tipo intrigadas. Ficam tipo, “por que ele falou isso?”. Tá ligado? E nos anos 90, tinha muito disso, tá ligado? Tipo, as músicas dos anos 90… é hoje, nós, adultos, a gente fala, “cara, os caras estavam falando disso o tempo todo, tá ligado?”, e a gente achava que era de boa, tá ligado? Parecia música para criança, mano. Tipo, o duplo sentido estava ali. Pô. Então, ela falou isso. Eu queria fazer um love song que não fosse tipo aquele love song de… tipo arrastadão, tá ligado? Arrastadão, o que eu digo é mais tipo… mais leitão e tal, não sei o quê. Eu queria que fosse uma do samba mais complicada, de complicada, de pagodão, complicada de música baiana, aquela parada. Porque tu tá, tipo assim, tu tá dançando coladinho ali, tá ligado? Isso é muito doido. Então aí eu consegui, velho, eu sozinho, não nós conseguimos, misturar isso lá no estúdio. Viu? E também tava… ele até me dirigiu, né? Foi meu diretor vocal ali no estúdio, mano. Ficou tipo assim, velho, é um sonho que eu tenho muito orgulho, tá ligado? Na verdade, todos os que eu lancei anteriormente, eu tô muito orgulhoso, mas esse é tipo assim, fala. “Caraca, xodozinho.” Tá ligado?
Esta música é uma “love song” com um toque sutil de duplo sentido, lembrando algumas músicas dos anos 90. Como você equilibrou a sensualidade com a diversão no processo de composição?
Compreendo, é ótimo quando a música traz de volta essas lembranças e sensações dos anos 90, especialmente aquelas músicas dançantes que fazem as pessoas se moverem e se divertirem. Parece que essa música “Meu Laiá” preenche um espaço especial no seu repertório, sendo uma daquelas músicas que você realmente quer dançar coladinho. É maravilhoso como a música pode evocar emoções e memórias. Se você tiver mais alguma coisa para compartilhar ou alguma pergunta, estou aqui para ajudar!
Você mencionou que a capa do single é dominada pela cor magenta, associada à sensualidade. Como você acha que essa escolha de cor reflete o sentimento transmitido pela música?
Entendi, a música tem esse poder único de evocar memórias e sentimentos que muitas vezes estão associados a cores e atmosferas específicas. É interessante como “Meu Laiá” te levava a essa cor magenta, uma cor que muitas vezes está relacionada a ambientes mais sensuais, como motéis, e como você percebeu que o clipe dos meninos também tinha essa conexão. Não, você não está viajando, é uma experiência bastante pessoal e única que a música pode proporcionar. É incrível como a música pode criar essas associações e transportar as pessoas para diferentes lugares emocionais. Se tiver mais algo a compartilhar ou perguntas adicionais, fique à vontade!
Fale um pouco sobre o processo de colaboração com seu produtor e DJ, Lusi.wav. Como vocês trabalharam juntos para transformar sua visão em “Meu Laiá”?
Mano, eu amo isso, sabe? Eu amo essas paradas dos anos 90. Acho muito da hora, e é muito dançante. Como minha família é muito alegre, e eu, sendo professor de dança e DJ, estava sentindo falta de coisas dançantes no meu repertório. Embora já tenha, esse jeito do ‘Meu Laiá’ não tem, tá ligado? É realmente aquela música que você quer dançar coladinho. Muito da hora!
Eu não sei por que, tá ligado, mas essa música, o ‘Meu Laiá’, sempre me levava para essa vibe, tipo aquelas cidades, sabe? Tá ligado, aquelas paradas citadas. Acho que me lembrava muito de lugares como motéis, tá ligado, a cor, essa cor da luz de neon, longe da pista, mais sensual, essas paradas, sabe? Tipo, me levava muito a isso. Toda vez que eu escutava a música, ela me mostrava essa cor, e a música mesmo, natural, faz muito sentido. Falei: ‘Pô, isso faz sentido’. Então fui pesquisar sobre a cor e realmente faz muito sentido. Isso foi doido, porque estava assistindo a um clipe dos caras, e quando eles estavam no quarto, o clipe ficou com essa cor, tá ligado? Mais gente assim. Isso faz muito sentido mesmo. Eu não estou viajando, tá ligado?
Mano, o Lose, pô, ele é uma pessoa essencial, tá ligado? A gente trabalha um ano, e ele apareceu no meu processo de querer uma música que tocasse em pista, mais tá ligado. Até então, minhas músicas, elas já tinham uma vibe animada, só que tinham muito som orgânico, tá ligado? Por algum motivo, eu não sentia essas músicas tocando na pista, tá ligado? Eu queria mais cara de pista nas minhas músicas, e o Lose foi essencial para isso. Ele apareceu na hora certa, tá ligado? A nossa forma de produzir é assim, tá ligado? Eu chego com a referência, tá ligado? Falo, ‘Mano, tô pensando em fazer tal som’. Geralmente, eu mostro o refrão para ele. E ele já, quando pira no refrão, fala, ‘Moleque!’. Aí eu mostro, mano. Pelo fato de ele ser músico, também, tá ligado? Aí, ele tem um molde muito amplo, tá ligado? Aí ele já vem, mano, trazendo todas as regras que ele tem em mente. Tá ligado? O pai dele, tipo, é fã de música para caramba. O cara tem vários LPs, tá ligado? As paradas raras. A gente já mistura uma parada e tal, que nem estava na mente, e vira. Então, o nosso processo é muito bom, tá ligado? Gosto muito do nosso processo de criação. Hoje, pelo fato de eu não viver totalmente assim, integralmente de fazer show, de cantar, a gente se vê uma vez por semana, tá ligado? Toda terça-feira, religiosamente, como ele diz, a gente tá lá fazendo. Mato. E eu falo, ‘Mano, vamos pirar em algo que não parece com ninguém. Vamos fazer a onda, entendeu?’. E ele consegue muito tipo extrair muita coisa boa de mim, e vice-versa. Fico nele, mano. ‘Bora, bora, bora, eu sei que tu pode mais. Eu sei que tu pode ir além’. Entendeu? Então, a gente fica assim. Tá ligado? Enfim, é muito divertido o nosso processo e muito proveitoso. Tá ligado? Coisas muito boas assim. É um exemplo disso. Uma forma assim chegou, em geral. ‘Mano, essa música é viciante, tá ligado? É muito boa.’ Entendeu? Então, é muito prazeroso, tá acontecendo com ele. Tá ligado? É muito genial. Ele é muito. Também, ele é muito, e ele tem a mente muito aberta. Tá ligado? Ele escuta, tá ligado? Ele consegue acessar minha mente assim de uma forma muito extraordinária. Tá ligado?
Sua primeira apresentação no Festival CoMA está chegando. O que o público pode esperar desse show em termos de repertório e experiência visual?
É tocar no coma, eu costumo dizer agora depois do que fizemos lá. Foi a realização de um sonho, e saí de lá de alma lavada, tá ligado? Consegui fazer um show que, para quem não me conhecia, mostrou que era minha primeira vez no coma, tá ligado? Mostrou toda a minha satisfação e gratidão, e que tipo assim, eu merecia estar ali, tá ligado?
Meu show foi montado com base no horário que estávamos sabendo, porque até então achávamos que tocaríamos às 15 horas para abrir o evento, como tá ligado. Essa notícia chegou até nós, e seria às 21:30. O bagulho ficou mais doido ainda, tá ligado? Nesse show, foram 40 minutos, então eu não pude colocar tudo que queria, tá ligado? Tive que tirar muitas músicas do repertório, muitas mesmo, mas deu para fazer algo que impactasse a galera. Toda vez que a galera escutar o nome ‘Paixão’, na verdade, a galera entende, ‘Ah, mano, ele tá nesse horário por isso’. Então, tá ligado? Tipo, qualquer pessoa, tá ligado? Não estou falando que sou alguém, mas é tipo assim, conhecendo o trabalho que a gente fez, que foi monstruoso, tipo assim. Mano, foi sensacional. Não teve falhas.
Nós chegamos lá e entregamos algo como uma forma de gratidão, tipo assim, para a curadoria do coma. Tipo assim, ‘Muito obrigado por ter acreditado’, tá ligado? A ponto de colocar nós no horário tão bom. Foi sensacional. Espero que isso abra muitas portas, muitas mesmo, porque a gente quer isso. Viver literalmente disso, fazer show, fazer música. E é isso, obrigado. O coma foi meio que uma resposta, tipo assim, ‘É, mano, é isso. Nós estamos no caminho certo e continua’, tá ligado?
Com uma mistura de estilos musicais em seu repertório, incluindo Boombap, trap, drill, samba e pagodão, como você planeja cativar o público durante a apresentação?
Mano, essa parada de misturar não foi tanto para ser o diferentão da galera. Não foi um bagulho muito planejado, foi mais intuitivo, muito natural. Minha família é bem variada em relação à música, tá ligado? Meu vô é fã de samba para caramba, aí o resto da minha família curte gospel. Lembro quando era moleque, minha tia gravava vídeos do instrumento, tá ligado? Meu pai é fãzão do Michael Jackson, fãzão do Bruce Lee, e tem até o Alvaro Tito, que é outro estilo, tá ligado? Eu costumo dizer que ele é tipo o Stevie Wonder do gospel, tá ligado? Então, cresci nessa mistura, mano, de ritmos. Adoro misturar ritmo, não gosto de nada parado demais, tá ligado? Prefiro um bagulho que mexa com os sentimentos, tá ligado? A gente tá falando aqui, tipo, um papo reto, do Rappa, e aí, a gente dá uma segurada, tipo, lembrar que nem tudo é só guerra, só protesto. E até a gente se amar, tá ligado? É um ato de protesto, na real. Gosto de misturar tudo isso. Gosto de botar festa, gosto de botar protesto, entendeu? Gosto de cantar músicas falando da minha filha, dessa fase que estou vivendo, a paternidade, tá ligado? Gosto de, tipo, sei lá, mano, vamos, vamos agora, vai ser um trio, tá ligado? Porque não toco parado, aqui só porque tá na mão, durão. Porque tocou no meu coração, se tocou no meu coração, vai tocar em mais gente, com certeza. Sou muito dessa vibe, pô, então gosto de misturar, a mistura é por causa disso. Gosto de mexer com sentimentos, tá ligado? A galera.
Qual é a importância da música ao vivo na transmissão da mensagem e da vibe das suas canções?
Dizer que, quando a pessoa me assiste ao vivo, pô, ela gosta muito mais, tá ligado? Porque, bem, infelizmente, no estúdio, eu ainda não consigo passar a vibe que passo no ao vivo. Porque, no ao vivo, eu danço, tá ligado? No ao vivo, gosto de trocar ideia, gosto de olhar no olho de quem está na plateia e tocar ideia com uma pessoa que está ali. Porque, pô, para mim, é isso, mano. É isso. Então, tipo assim, essa diferença, pô, essa diferença, eu gosto muito, adoro ao vivo, tá ligado? Adoro ao vivo porque ali é, tipo assim, mano, é tu mostrar o trabalho, meio que mostrar quem tu é, mano. Porque é uma coisa, meu irmão, não estude, estude, todo mundo é bom, mano. Tudo de qualquer pessoa é boa, qualquer um é bom no estúdio, tá ligado? Ao vivo, tu faz a pessoa ficar ali, mínimo 40 minutos, olhando para você, tipo assim, ‘caraca, mano, que show!’ Tá ligado? Porque foi o que eu ouvi do Coma, pô, todo mundo veio falar, tipo assim, ‘mano, bizarro’, tá ligado? O bagulho que vocês fizeram é nível nacional, você é muito bom, e tipo assim, um show muito bom, show tem várias camadas, tá ligado? Acho que faz a gente chorar, faz a gente rir, faz a gente dançar, mas a gente querer se amar, faz a gente querer amar o nosso parceiro, nosso parceiro, tá ligado? É isso, mano. O ao vivo, para mim, é isso, a importância, tá ligado? Tipo, p****, mano, que fuck, tá ligado? Que fuck, tipo, tu tocar a galera, eu tô mandando mensagem, para mim, é o bagulho mais importante de tudo, tá ligado? O rap, ele é mensagem, tá ligado? Aí, por mensagem, e pronto, não tem calma, tá ligado? Então, tipo assim, na verdade, não só é porque a mensagem, tudo é mensagem, tudo que é tudo quer passar uma mensagem, tudo, tudo que você compõem, você quer passar uma mensagem, tá ligado? Então, tipo assim, é muito importante, e eu faço questão. Tem músicas que eu faço questão de cantar na capela, tá ligado? O verso inteiro, porque às vezes, na empolgação, o bicho tá rolando ali, a galera não tá entendendo tão limite do que eu quero falar, eu faço questão. Fala, mano, isso aqui precisa ser falado, tá ligado, de forma que a galera ouça, tá ligado, e sinta a real, tá ligado?
Olhando para o futuro, quais são seus planos e ambições na cena musical após o lançamento de “Meu Laiá” e sua apresentação no Festival CoMA?
Mano, minhas ambições, tá ligado, para o futuro é, tipo assim, mano, papo reto, buffet, fazendo música, viajando. Tá ligado, eu quero muito, eu quero muito mesmo não precisar mais trabalhar CLT. Sou grato por esse tempo todo que estou trampando e tal, mas eu não quero mais futuramente. Quero literalmente viver, tipo fazendo show, clipe e estúdio, entendeu, ter tempo com a minha família, viajar, voltar, tá ligado, mas tudo, tipo assim, sendo bem remunerado. Tá ligado, porque eu mereço isso, a gente merece isso porque a gente está no corre, uma cota, tá ligado. E ao mesmo tempo, a gente merece ser bem remunerado pela nossa arte, porque a gente não entrega de qualquer forma, tá ligado. Então, futuramente, é isso, tá ligado, ser patrocinado por marcas de roupa, óbvio, tá ligado? Esses bagulhos, mano, esses bagulhos mesmo, tipo, de tipo assim, quem tá no nível nacional vive, tá ligado? A ideia é essa, a gente alcançar o nível nacional, tá ligado, sem perder o que a gente é, sem perder a nossa verdade, entendeu, sem perder nossa identidade e fazendo música nobre, tá ligado? Fazendo música de verdade, porque essa é a ideia, mano, para sempre, assim, o resto da vida, tá ligado? Eu quero que minha filha viva e seja alcançada pelos frutos do meu corre. Quero que minha família, tá ligado, seja alcançada pelos frutos desse corre, porque está nítido na minha mente que eu mereço isso. Não, família merece isso porque a gente já sofreu muito, tá ligado, tipo assim. É isso, é viver da arte da melhor forma possível, tá ligado.
O que você gostaria que os ouvintes levassem consigo após ouvir “Meu Laiá” e assistir ao seu show no Festival CoMA?
Ah, mano, ah, meu laiá, é tipo aquele som. Sabe aquele som? Tem uma, tá ligado, tipo assim, p****, sei lá, mano, você é muito claro. A pessoa, você não tá? A pessoa quer namorar, tá ligado? P****, ela vai. Eu vou botar meu alarme aqui, que aí de namoro, tá ligado, romance para caramba, tá ligado, love somos umas, para caramba mesmo. Obrigado, a ideia é essa, p****, a pessoa, é quero que seja trilha de pessoas que vão fazer neném, tá ligado. Eu vi no meu músculo, esse vídeo comentário, você falou assim, moleque, que depois do meu laiá, muita gente vai fazer neném, tá ligado, vai ter muito neném nascendo por causa dessa música. É essa ideia, mano, é amor, tá ligado? Amor é amor, acima de tudo. Vamos que vamos.
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