A trajetória de Rafaela Cocal, a jovem atriz de 19 anos, teve início em um curso de teatro, onde visava aprimorar sua performance nas passarelas. Agora, encontrou destaque ao interpretar Yandara Guató em ‘Terra e Paixão’, uma produção da Rede Globo. Suas raízes indígenas são uma parte essencial de sua jornada, evidenciada pelo sobrenome “Cocal”, uma homenagem ao povo Wassu Cocal de sua terra natal em Maceió. A conexão com sua ancestralidade, proveniente de sua mãe, também é uma influência marcante em sua vida e carreira.
Com apenas 18 anos, Rafaela Cocal embarcou sozinha para São Paulo, determinada a solidificar sua carreira artística. Essa mudança a expôs a uma realidade totalmente diferente de sua vida em Alagoas. A transição para a intensa movimentação da cidade grande foi desafiadora, mas ao mesmo tempo enriquecedora. Suas experiências em São Paulo têm sido uma mistura de aprendizado e crescimento, ajudando-a a alcançar os degraus de sua ascensão na carreira artística.
Rafaela Cocal compartilha suas inspirações na indústria, destacando figuras como Bruna Marquezine e Dira Paes, artistas que a fascinaram desde sua infância e que hoje são colegas. Seus sonhos abrangem uma série de projetos, desde séries até filmes de Hollywood, utilizando sua arte para transmitir mensagens significativas. Para Rafaela, a ascensão dos povos indígenas em vários campos, incluindo a arte, representa uma mudança vital e necessária, desafiando estereótipos e mostrando a diversidade e a riqueza da cultura indígena.
Como a sua experiência em cursos de teatro para melhorar a performance nas passarelas contribuiu para sua trajetória na atuação?
Quando me mudei para São Paulo comecei estudar no Teatro Escola Macunaíma, no intuito de conhecer mais a arte cênica, além de melhorar meu desempenho como modelo, mas logo de início vi que era algo que realmente poderia ter mais da minha dedicação e estudo. Logo depois fiz cursos de técnicas de atuação e cada vez mais fui me descobrindo, e me apaixonando pela arte de atuar.
A mudança de sobrenome para Cocal foi uma forma de homenagear suas raízes indígenas. Pode nos contar mais sobre essa decisão e a importância dessa conexão com a sua ancestralidade?
A mudança de sobrenome para Cocal foi uma forma simbólica de celebração à cultura. Eu pude abraçar minha herança indígena e me reconectar com as tradições que foram passadas de geração em geração em minha família.
Viver em São Paulo foi uma transição desafiadora. Como essa mudança influenciou sua abordagem artística e sua visão sobre a vida?
O ritmo acelerado da cidade me ensinou a viver e ver a vida de outra forma. Aqui eu pude vivenciar novas experiências que me fizeram crescer muito profissionalmente. Foi necessário sair do lugar calmo e tranquilo em que eu vivia para poder abraçar oportunidades e conquistar um espaço no mercado de trabalho.
Na novela “Terra e Paixão”, você interpreta a personagem Yandara Guató. Como se preparou para esse papel e quais elementos da personagem você mais se identifica?
Eu sempre gosto de falar que por mais que minha história e a da Yandara se encontrem em alguns pontos, não são iguais. Somos pessoas diferentes, mas acredito que a relação da Yandara e da família é o mais parecido comigo. Escuto muito meus pais, e a escuta não é algo tão simples quanto parece, eu e Yandara sabemos escutar.
Você mencionou que deseja seguir os passos de grandes artistas, como Bruna Marquezine e Dira Paes. Quais são os aspectos específicos de suas carreiras que mais a inspiram?
A coragem e perseverança. São duas mulheres fortes que abraçaram grandes oportunidades ao longo de suas vidas.
Como a representatividade indígena está evoluindo na indústria do entretenimento brasileira, e qual papel você acredita que desempenha nesse avanço?
O acesso à informação tem um papel muito importante para a propagação da história da cultura indígena. A representatividade indígena na indústria do entretenimento ajuda a aumentar a visibilidade das questões indígenas e a conscientizar o público sobre a cultura, tradições e desafios enfrentados pelas comunidades.
Pode compartilhar conosco alguns dos seus sonhos profissionais e pessoais para o futuro na arte e no entretenimento?
Eu sou muito de viver e sentir os processos que passo. Hoje estou vivendo o da teledramaturgia e estou vivendo com toda vontade, dedicação e admiração. Então hoje, a atuação me chama muito mais atenção, porque estou imersa nisso, ano que vem pode permanecer o mesmo ou não. Somos seres humanos e estamos em constante mudança e evolução.
Qual é a importância da arte em sua vida? Como a arte influencia sua forma de enxergar o mundo e se expressar?
Para mim, a arte é uma das mais lindas formas de se comunicar. É uma forma de fazer com que as pessoas usem a imaginação e reflitam sobre o que está sendo comunicado. A arte provoca e convida as pessoas a terem um senso crítico sobre a vida.
Você mencionou que “a arte é sua vida”. Como equilibra essa dedicação à arte com sua vida pessoal e que conselhos daria a jovens que aspiram uma carreira artística?
Eu vivo e respiro isso, então dedico todo o meu tempo ao meu trabalho. É um trabalho como qualquer outro, que exige dedicação e muita responsabilidade. Para os jovens que sonham em seguir a carreira, vivam isso intensamente e nunca desistam daquilo que você almeja. Pode demorar, mas uma hora a oportunidade te encontra.
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