O ator, roteirista e cineasta canadense Peter Bundic assume o papel principal em A Spartan Dream, filme de aventura e viagem que estreia nos cinemas dos Estados Unidos em 15 de agosto e chega ao Canadá via VOD. A produção, que venceu o prêmio de Melhor Filme no Festival de Cinema de Praga e conquistou diversas honrarias no Cyprus International Film Fest, conta com elenco e equipe inteiramente gregos, refletindo a herança grega-canadense do artista. Conhecido por papéis em séries como O Mundo Sombrio de Sabrina (Netflix) e no suspense Trap House (Tubi), Bundic amplia sua trajetória no cinema internacional com o novo projeto.
Peter, em A Spartan Dream, você interpreta Brad em uma produção profundamente enraizada na cultura grega. Como foi para você, como artista greco-canadense, viver essa história e trabalhar com um elenco e equipe totalmente gregos?
Fiquei animado ao ler o roteiro assim que soube que tinha relação com a cultura grega. Quando cheguei à Grécia, comecei a trabalhar com Michael, nosso diretor, e conheci todos os envolvidos no projeto, percebi que seria um trabalho muito especial, que falaria diretamente às minhas raízes. O senso de comunidade de todos me conectou profundamente com minha origem e me permitiu interpretar Brad com amor e cuidado.
Você já fez parte de grandes franquias como Chilling Adventures of Sabrina e Rise of the Planet of the Apes. O que há de diferente em estrelar um filme independente premiado como A Spartan Dream?
Sinto-me grato por estar tão profundamente envolvido na construção da vida do Brad. Há algo no cinema independente que é cru, autêntico. Todos os envolvidos colocam o coração no trabalho, especialmente a equipe e o elenco incrivelmente talentosos com quem pude colaborar. Foi um período de gratidão e muita apreciação.
Sua trajetória passa pela atuação, produção, roteiro, direção e até funções técnicas como câmera e som. Como você consegue administrar tantas frentes criativas ao mesmo tempo? Existe alguma que fale mais alto ao seu coração?
Direção e Produção são duas áreas que também me trazem enorme realização. Tenho um amor pelo cinema, então poder ajudar a juntar todas as peças me empolga tanto quanto estar na frente das câmeras.
De Carl Tapper em Sabrina ao sarcástico Fibs em Trap House, seus personagens são bastante diversos. Qual foi o papel mais desafiador até agora, e por quê?
Gosto de pensar nas diferenças de cada papel como uma forma bonita de me conectar com aspectos de pessoas que já vi ou vivi, já que cultivo cada personagem a partir de elementos de pessoas reais e de memórias (inventadas) que o personagem teria vivido. Esse trabalho profundo de análise e construção de uma história passada sempre me ajuda a me colocar por completo na vida do personagem que interpreto na tela.
Você também tem um forte histórico esportivo, tendo representado o Canadá no futebol. Como esse espírito atlético influencia sua abordagem como ator e cineasta?
Estar em sintonia com meu corpo e movimento sempre ajudou a dar vida à fisicalidade de um personagem. Além dos esportes, tenho experiência em artes marciais, o que foi muito útil para uma cena de luta adicionada de última hora em Trap House. Consegui trabalhar com o coordenador de dublês, receber alguns golpes e também devolver uns socos, e me diverti muito com isso! Já pilotei motocicletas em projetos também. Eu realmente gosto de poder fazer minhas próprias cenas de ação.
Com uma rotina tão multifacetada — entre sets de filmagem, campos esportivos e cerimônias de premiação — o que faz você se sentir mais “você mesmo”? Existe um espaço ou atividade que te reconecte à sua essência?
Passar tempo com minha família, pessoas queridas e meu cachorro sempre recarrega minhas energias. Claro que ir à academia, estar ao ar livre e manter uma alimentação saudável contribuem para que eu me sinta bem física e mentalmente, mas é a paz espiritual que une tudo. Estar cercado de boas pessoas cria esse ambiente para mim.
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