Com a série literária “Deusas de Londres”, a autora e psicóloga Paula Toyneti Benalia transporta os leitores para a atmosfera dos anos 1800, onde mulheres como Helena, Nataly e Marshala desafiam as convenções da sociedade machista em busca de vingança e autonomia. Publicada pela The GiltBox Editora, essa trilogia mergulha nos desejos humanos, revelando como o amor e o ódio podem coexistir e motivar ações surpreendentes. Inspiradas em divindades como Hemera, Afrodite e Héstia, as protagonistas desafiam o patriarcado e escrevem suas próprias histórias, marcadas por escândalos, tragédias e uma determinação inabalável. Com uma narrativa envolvente e reflexiva, Benalia conduz os leitores por um universo onde os “nãos” impostos às mulheres são transformados em combustível para uma força interior imparável.
Como surgiu a inspiração para criar a trilogia “Deusas de Londres” e explorar temas como vingança e luta contra o patriarcado?
Surgiu da paixão por romances históricos juntamente com o desejo de pesquisar como era a vida das mulheres nessa época. Então surgiu a ideia de criar três mulheres fortes que não aceitavam o que lhes era imposto.
Cada uma das protagonistas da trilogia tem sua própria jornada e desafios. Como você desenvolveu suas personagens para que fossem tão complexas e cativantes?
Pensei em juntar todas as características que eram odiadas nas mulheres naquela época, como o fato de serem escandalosas, fortes, questionadoras, empreendedoras, donas do seu corpo e de si, e ai criei as três deusas.
Ao ambientar a história no século XIX em Londres, quais foram os principais desafios que encontrou para retratar a sociedade da época de forma autêntica?
O maior desafio foi a parte do estudo mesmo, já que precisei levantar a fundo todas as questões da época, como falas, ambientações, costumes e vestimentas. Absolutamente tudo que foi escrito, foi estudado.
As personagens principais são inspiradas em divindades gregas, certo? Como essa influência mitológica se reflete nas trajetórias das personagens?
Quando pensamos em deusas gregas, pensamos em beleza e poder em sua magnitude, e foi justamente isso que influenciou na trajetória das personagens.
Em seus livros, há uma mistura de elementos como amor, ódio, afeto e vingança. Como você equilibra esses sentimentos para criar uma narrativa envolvente?
Sempre tento misturar os sentimentos para que a leitura seja emocionante e leve ao mesmo tempo. Então em cenas muito tristes tento sempre colocar algum humor na sequência, ou na cena mesmo, para que fique uma leitura bem dinâmica.
Como a sua formação em Psicologia influenciou a construção das relações interpessoais e o desenvolvimento psicológico das personagens na trilogia?
Minha formação influencia totalmente na criação dos meus personagens. Eles sempre são cheios de histórias do passado que marcam suas vidas adultas, assim como vejo na minha abordagem de estudo e nas minhas vivencias clinicas.
A narrativa é conduzida através de diferentes pontos de vista dos personagens. Qual foi a sua abordagem ao escolher esse estilo de narração e como isso enriquece a história?
Eu gosto de intercalar pois acho que consigo explorar bem o que cada personagem está sentindo. Quando colocamos somente a narrativa de um, o outro fica à mercê do pensamento e do sentimento do que está sendo narrando. Quando os dois narram, você tem uma visão muito mais ampla da história.
O título da trilogia, “Deusas de Londres”, sugere uma conexão entre as protagonistas e divindades femininas. Como essa conexão se desenvolve ao longo dos livros?
Surgiu desse papel de mulher poderosa, que comanda, que constrói e que rege o mundo.
Além de entreter os leitores, quais mensagens ou reflexões você espera transmitir por meio da sua obra, especialmente para o público feminino?
A mensagem do poder que a mulher tem nas mãos e que muitas vezes está escondido por uma sociedade machista que incute na cabeça das mulheres que ela não pode muitas coisas. A mensagem é essa, de que podemos sim!
Com dez livros publicados, como você vê a evolução da sua escrita ao longo do tempo e quais são seus planos para futuros projetos literários?
Sim, a escrita sempre evolui pois sempre estou em processo de estudo e aprendizagem, além da experiência que vamos adquirindo com o passar dos anos. Este ano tem um livro voltado para o lado psicológico que está sendo lançado, falando sobre as relações humanas e tem mais dois romances que devem sair até no final ano.
Acompanhe Paula Toyneti Benalia no Instagram