Névula inaugura nova fase do rock brasileiro com o single “Recomeço”

Luca Moreira
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Névula (Eduardo Firmo)
Névula (Eduardo Firmo)

A banda paulistana Névula, uma das apostas mais promissoras da nova geração do rock nacional, deu início a um novo capítulo em sua trajetória com o lançamento do single “Recomeço”, disponível desde 19 de setembro em todas as plataformas digitais pela Marã Música. A faixa marca o pontapé inicial do próximo álbum de estúdio do grupo — um projeto ambicioso com dez músicas inéditas — e reforça a identidade sonora que une força, melodia e autenticidade.

Explorando o tema dos ciclos da vida, “Recomeço” reflete sobre desapego, coragem e transformação pessoal, traduzindo em som a busca por reconstrução e autoconhecimento. Gravada de forma colaborativa, a canção ganhou arranjos potentes e um videoclipe dirigido por Du Firmo, que reúne cenas captadas em diversas apresentações da banda e transmite a energia visceral de seus shows.

Formada por Bruno Santos (voz), Fabiano Tenente (guitarra), João Bustamante (baixo) e Fernando Marreta (bateria), a Névula rapidamente se consolidou na cena paulista por unir influências do pop e do rock com letras sobre relações humanas e autoestima. O grupo já se apresentou em palcos como o Centro Cultural São Paulo e o Teatro Arthur Azevedo, conquistando crítica e público — e agora, com “Recomeço”, sinaliza um futuro ainda mais promissor.

O que significa “Recomeço” para vocês pessoalmente? Há algo que cada um tenha precisado recomeçar em sua própria vida recentemente e que se conecta com o single?

Recomeçar é algo que está sempre acontecendo com todos. A música busca trazer à consciência a importância de entender as mensagens que nos são mostradas quando um ciclo se encerra e outro recomeça. A banda passou por um processo de mudança em sua formação, trazendo Bruno Santos como novo vocalista, vivendo as emoções de recomeço.

A música nasceu de sessões ao vivo no estúdio. Como esse processo coletivo influenciou o resultado final? Houve algum momento de divergência criativa que acabou fortalecendo a canção?

As divergências criativas são, no fundo, a soma de esforços em direção a um único objetivo. Com o tempo juntos, aprendemos a compreender a dinâmica de cada um, e a seguir, recomeçando, sempre que preciso.

Névula (Eduardo Firmo)
Névula (Eduardo Firmo)

A mensagem de desapego e coragem para seguir em frente é algo que o público precisa ouvir hoje? O que vocês esperam despertar nas pessoas quando escutarem a faixa?

Sim, sem dúvida. Especialmente diante dos crescentes desafios relacionados à saúde mental. Em um mundo marcado por perdas, mudanças rápidas e pressões constantes, muitas pessoas enfrentam ansiedade, depressão, esgotamento emocional e dificuldades em lidar com o passado. É nesse contexto que colocamos a mensagem de recomeço.

O clipe foi captado ao longo de dois meses em shows e ensaios. O que mais marcou vocês durante essas gravações? Algum momento dos bastidores ficou inesquecível?

Fizemos o primeiro show com nosso novo vocalista Bruno Santos na Virada Cultural, um dos shows captados para o clipe. O sentimento de recomeçar foi muito especial, ainda mais tocando recomeço pela primeira vez dentro do próprio contexto dessa mudança na banda.

Névula (Eduardo Firmo)
Névula (Eduardo Firmo)

Vocês são uma banda que une força, melodia e acessibilidade. Como equilibram a energia do rock com a proposta de serem radiofônicos e dialogarem com diferentes públicos?

A música é o nosso centro gravitacional. Tudo mais orbita em função da música. Essa proposta de ser radiofônico e ter energia do rock é natural para nós pois a Névula tem verdade na música e na atitude. E o público percebe isso.

O próximo álbum terá dez faixas inéditas. Podem dar um “spoiler” do que os fãs podem esperar dessa nova fase? Há temas ou sonoridades que vocês ainda não tinham explorado e que estarão nesse trabalho?

Os fãs podem esperar uma Névula radiofônica, com muita energia e falando de questões que impactam a vida das pessoas.

Névula (Eduardo Firmo)
Névula (Eduardo Firmo)

A Névula já se apresentou em palcos importantes de São Paulo. Como é sentir o retorno do público ao vivo e ver as letras de vocês sendo cantadas em coro?

É muito gratificante olhar o público cantando as músicas. Temos muitas mensagens de pessoas relatando que foram tocadas pela letra ou pela sonoridade e isso as fez refletir sobre suas vidas. É isso que enxergamos do palco quando as vimos cantar! Vidas se transformando pela música!

Regis Tadeu elogiou a performance da banda e tocou vocês no “Rock Brazuca”. Como foi receber esse reconhecimento de um crítico tão respeitado e ver a música de vocês chegando a novos ouvintes?

O Régis é uma das pessoas que mais conhece música no Brasil. É extremamente profissional, muito inteligente e verdadeiro em suas críticas. Confiamos muito na verdade que transmitimos em nossas músicas e ficamos muito felizes com essa chancela do Régis.

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