Aos 11 anos, o ator mirim Miguel Venerabile já se destaca como um dos grandes talentos de sua geração. Conhecido pelo papel de Joca na novela Mar do Sertão (Globo), Miguel recebeu aclamação da crítica, conquistando notas máximas nas colunas de Patrícia Kogut (O Globo) e Jean Bravo (Extra). Além de brilhar na televisão, o jovem ator possui um currículo impressionante, com participações em novelas, séries, filmes, dublagens para grandes estúdios e peças de teatro. Sua versatilidade e carisma têm feito dele um nome promissor no entretenimento brasileiro.
Aos 11 anos, você já tem uma carreira tão impressionante e diversificada. Como foi para você interpretar o personagem Joca em “Mar do Sertão” e o que mais te marcou nesse papel?
O personagem Joca foi um presente! Um personagem engraçado, divertido, esperto, e eu amava fazer o sotaque nordestino também! Adoro fazer humor, adoro brincar e fazer palhaçadas para meus amigos, rir, gargalhar, e naturalmente trago isso para os personagens de comédia. Gosto muito de interpretar esse tipo de personagem porque posso me soltar à vontade, do jeito que gosto, me sinto em casa.
Sua atuação foi muito elogiada por críticos e pelo público. Como você lida com esse reconhecimento tão jovem? O que isso significa para você?
Eu amo quando as pessoas veem meu trabalho e me elogiam, dizem que gostaram… Isso é muito especial para mim! Eu AMO ser reconhecido na rua, no shopping, adoro! Fico superfeliz! Meu sonho é ser famoso, com todo mundo me pedindo autógrafos quando eu saio.
Além da televisão, você também tem experiência no teatro, dublagem e até mesmo música. Como você consegue conciliar todas essas atividades? Qual dessas áreas você mais gosta?
Não é fácil conciliar tudo, mas eu consigo porque estudo de manhã, e nem todo dia tem gravação, ensaio ou dublagem. São fases: às vezes, em um mês acontece tudo ao mesmo tempo, mas em outros meses não tem gravação nem peça, e fico só com a dublagem, o que é mais tranquilo. No final de semana, fico o dia inteiro no playground do prédio brincando de bola, de pique, ou na piscina. Às vezes vou a aniversários ou faço passeios e viagens. Minha mãe fica sempre atenta ao meu lazer.
Em “Inexplicável”, você interpreta um papel muito desafiador e emocionante. Como foi a preparação para viver esse personagem em uma história tão delicada e real?
Fazer o filme Inexplicável e interpretar o personagem Gabriel foi outro presente. Um longa-metragem no cinema com um personagem tão intenso e real! Nem nos meus sonhos mais lindos eu imaginei algo assim. Amei fazer, amei gravar. Aprendi muito como ator, principalmente ao observar Letícia Spiller, Eriberto Leão e André Ramiro durante as gravações. Também aprendi muito com o diretor Fabrício. Ver esses gigantes em cena foi um privilégio. Eu tinha acabado de finalizar as gravações de Mar do Sertão, interpretando o Joca, um personagem de humor, e em três meses já estava me preparando para viver essa história delicada, real e forte – um drama totalmente diferente. Mas ser ator é isso! Ainda não vi o resultado das gravações, mas estou confiante de que ficou lindo!
Eu me preparei assistindo muitos filmes sobre o tema, lendo e aprendendo sobre a doença. Também li o livro que inspirou o filme e conheci a família real. Conversamos, conheci o Gabriel, e foi tudo muito especial.
Você também está envolvido no podcast “Podcenas Kids”. O que te motivou a iniciar esse projeto e como é dividir essa experiência com seu amigo Felipe Melquiades?
Eu e o Felipe somos muito amigos! A gente brinca muito junto! Quando nos juntamos, ninguém nos segura! É muito bom! Ele é superlegal. Fazer o podcast com ele é incrível, primeiro porque somos amigos e, segundo, porque nos complementamos. Ele é mais certinho para fazer as perguntas, mais responsável. Eu gosto de improvisar, perguntar e falar o que me vem à cabeça, aí já viu, né? Mas sempre dá certo, porque a gente se equilibra, um ajuda o outro!
Como foi a experiência de dublar personagens icônicos da Disney como o Ursinho Pooh e outros em “Me e Winnie The Pooh”? Você prefere atuar na frente das câmeras ou dublar?
Quando passei no teste e conheci a Carla Pompilio, a diretora, foi maravilhoso! Ela é muito legal e doce! Esse foi um dos meus primeiros trabalhos de dublagem, então foi um presentão! Meus priminhos, Vitória e Luca, assistem à série o tempo todo, repetem os mesmos episódios mil vezes e dizem: “É o Miguel!” É muito fofo! Eu canto as musiquinhas para eles, e eles adoram! Desde então, fui chamado para muitos outros projetos de dublagem! Eu amo dublar, mas também amo atuar em frente às câmeras. Sinto falta quando fico muito tempo sem gravar.
Com tantos projetos em andamento, como você vê o futuro da sua carreira? Há algum papel específico ou gênero que você sonha em interpretar?
Quero continuar fazendo cinema, novela e séries. Nunca fiz um musical, mas gostaria de ter essa experiência. Já interpretei um vilão no teatro, na peça “Brinquedos Consertados”, mas nunca fiz vilão na TV ou no cinema, e acho que seria uma experiência interessante. Gosto de desafios, de personagens diferentes, e de poder entregar boas atuações.
Para outros jovens que também querem seguir a carreira de ator, qual conselho você daria? O que você acredita ser mais importante para começar tão jovem nessa profissão?
Para quem quer começar recomendo fazer um curso de teatro ou TV. Depois do curso, se inscreva em uma agência séria. Grave um vídeo de apresentação e um monólogo, em um ambiente com boa iluminação e com a câmera do celular na horizontal. Faça fotos de boa qualidade e envie para sua agência. Se participar de um teste e não passar, tudo bem. Às vezes, não era o seu perfil, ou você precisa melhorar algum ponto. Faz parte. Não pode desanimar. Passar em testes demora. Eu mesmo já fiz vários e não passei.
Outra coisa importante é estudar. Estudar português para se comunicar melhor, com uma linguagem mais elaborada, e aprender palavras que não são comuns. Nos textos, você vai encontrar muitas palavras diferentes. Eu leio muito e isso me ajuda, mesmo assim, tem muitas palavras que não conheço.
Não basta ter um sonho, é preciso se dedicar. A realidade é diferente do sonho. Você pode ter o maior talento do mundo, mas se for preguiçoso e não estiver disposto a largar o videogame depois da escola, nem tente. Porque você vai precisar conciliar a escola com as gravações. Também terá que separar um tempo para decorar os textos.
Tem gente que só quer ser famosa e rica, mas eu acho que o mais importante é estar feliz fazendo o que ama. Às vezes, a pessoa que não nasce com muito talento, mas tem um sonho, faz cursos, se dedica e tem muito mais chance de ter sucesso. É preciso amar o que faz! Eu amo muito!
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