O renomado diretor e produtor Michael Day apresenta seu mais recente projeto, Clawfoot, que entrou para o streaming em 19 de julho de 2024. O thriller de comédia sombria é estrelado por Francesca Eastwood, Olivia Culpo, Nestor Carbonell e Milo Gibson e gira em torno de uma esposa troféu rica e suburbana que enfrenta um empreiteiro maligno reformando seu banheiro. O filme explora a disparidade entre as aparências externas e os desafios financeiros ocultos, oferecendo uma perspectiva única sobre sobrevivência e status social na era contemporânea.
Michael Day, conhecido por seu trabalho em grandes produções como Top Gun: Maverick e Homem de Ferro 3, traz uma abordagem distinta para Clawfoot, inspirado por clássicos de Hitchcock como Rope, Dial M for Murder e Rear Window. O visual da protagonista Janet, interpretada por Eastwood, remete a ícones como Marilyn Monroe e Audrey Hepburn, enquanto o personagem de Leo, vivido por Gibson, traz uma profundidade reminiscentemente brando-esque. Esta obra reflete o amadurecimento e a versatilidade de Day como diretor.
Além de Clawfoot, Michael Day tem outros projetos em desenvolvimento, incluindo o thriller sexual Pretty Thing e a comédia de ação Stranglehold. Seu próximo longa-metragem, Fog Of War, com John Cusack e Brianna Hildebrand, está previsto ainda para esse ano. A carreira de Day continua a expandir-se, consolidando sua posição na indústria cinematográfica com uma gama diversificada de projetos em diferentes estágios de produção.
“Clawfoot” é seu mais novo projeto como diretor. Quais foram os maiores desafios que você enfrentou durante a produção e direção deste filme?
O maior desafio foi gerenciar o cronograma apertado e o orçamento limitado. Cada dia parecia uma maratona, com pouco tempo para respirar. Apesar da pressão, o elenco e a equipe foram fantásticos. Desde o primeiro dia, todos entenderam o ritmo exigente e trabalharam de forma harmoniosa. Todos mantivemos o foco, acompanhamos o ritmo e entregamos um ótimo resultado apesar das restrições.
O filme explora a disparidade entre aparências exteriores e os desafios financeiros ocultos. O que o inspirou a abordar esses temas em um thriller de comédia sombria?
Sempre gostei de comédias sombrias e thrillers porque eles podem abordar questões sérias com uma abordagem única. Com Clawfoot, eu queria destacar a diferença entre como as pessoas apresentam suas vidas e as dificuldades financeiras que enfrentam nos bastidores. No mundo de hoje, todos estão tentando projetar uma imagem ideal, mesmo quando a realidade deles é bem diferente. Ao usar a comédia negra, meu objetivo foi tornar esse tópico envolvente e instigante, em vez de apenas adicionar ao estresse que as pessoas já sentem. Foi crucial mostrar que mesmo personagens que parecem ter tudo, como Janet, podem estar lidando com seus próprios desafios, assim como muitos de nós.

Você se inspirou em clássicos de Hitchcock como “Rope”, “Dial M for Murder” e “Rear Window”. Como essas influências moldaram a narrativa e o estilo visual de “Clawfoot”?
Os filmes de Hitchcock foram uma grande influência para Clawfoot. De Rope, peguei a ideia de construir tensão em um único ambiente, o que ajudou a criar uma sensação claustrofóbica no filme. Dial M for Murder inspirou a dinâmica de gato e rato entre Janet e Leo, focando em interações suspense e reviravoltas inesperadas. Rear Window influenciou o estilo visual, particularmente como usamos a casa de Janet como um elemento chave na história, revelando segredos escondidos e aumentando a tensão. Essas técnicas clássicas ajudaram a criar um filme envolvente e suspense.
O visual de Janet, interpretada por Francesca Eastwood, lembra ícones como Marilyn Monroe e Audrey Hepburn. Como você trabalhou com o departamento de figurino e maquiagem para alcançar essa estética?
Heather, nossa estilista de cabelo e maquiagem, e Brooke, nossa figurinista, foram essenciais para alcançar o visual clássico e icônico de Janet. Ambas entenderam imediatamente a estética vintage que buscávamos, inspirando-se em lendas como Marilyn Monroe e Audrey Hepburn. A atenção de Heather aos detalhes na criação de penteados e maquiagens atemporais estava perfeita, enquanto os figurinos de Brooke capturaram exatamente a elegância e sofisticação que queríamos. Trabalhar com Francesca Eastwood também foi um prazer. Sua beleza natural e clássica tornou fácil imaginá-la em looks icônicos, e ela até contribuiu com algumas de suas próprias peças de vestuário, adicionando autenticidade ao personagem. A colaboração entre Francesca, Heather, Brooke e eu foi impecável. Todos compartilhamos uma visão clara para o visual de Janet e trabalhamos juntos para trazê-lo à vida, garantindo que cada detalhe refletisse a elegância atemporal que procurávamos.

Além de dirigir, você também produziu “Clawfoot”. Como essa experiência de produzir e dirigir simultaneamente influenciou o resultado final do filme?
Equilibrar os papéis de diretor e produtor impactou significativamente o resultado final do filme. Como diretor, meu foco estava em contar a história da forma mais envolvente possível. No entanto, como produtor, tive que gerenciar as restrições orçamentárias e o cronograma apertado de filmagens, o que limitou o tempo e a cobertura que pudemos dedicar a cada cena. Esse desafio nos forçou a ser criativos com nosso trabalho de câmera e técnicas de narrativa. Apesar das limitações, trabalhamos duro para garantir que o filme permanecesse envolvente e visualmente interessante, aproveitando cada oportunidade para fazer o melhor uso dos nossos recursos.
Com uma carreira que inclui trabalhos em grandes produções como “Top Gun: Maverick” e “Homem de Ferro 3”, como essas experiências anteriores influenciaram seu estilo de direção em “Clawfoot”?
Trabalhar em produções de grande porte como Top Gun: Maverick e Iron Man 3 influenciou profundamente meu estilo de direção. Observar os diretores e membros da equipe de alto nível nesses projetos me ensinou a importância da paciência e adaptabilidade diante dos desafios. Independentemente do tamanho do orçamento, toda produção enfrenta seu próprio conjunto de problemas, e essas experiências mostraram-me como abordá-los de forma criativa e colaborativa. O foco na narrativa e na resolução de problemas, apesar da escala do projeto, ajudou a moldar minha abordagem em Clawfoot, garantindo que a história permanecesse central e as soluções fossem inventivas.

Você mencionou que “Rogue Warfare”, a trilogia de ação que você produziu, alcançou a posição #1 na Netflix. Como foi a transição de produzir filmes de ação para dirigir um thriller de comédia sombria?
A transição de filmes de ação para um thriller de comédia sombria foi uma mudança revigorante. Filmes de ação muitas vezes exigem uma atenção meticulosa aos detalhes, medidas de segurança extensas e um foco na coreografia precisa, o que pode ser bastante exigente. Em contraste, dirigir uma comédia negra me deu mais liberdade para explorar e experimentar com personagens e cenas em um ambiente mais relaxado. Foi revigorante passar da estrutura rigorosa das sequências de ação para a diversão criativa da comédia negra, onde pude me concentrar mais na dinâmica dos personagens e na narrativa.