Mandi Castro encerra saga “Irmãos Lafayette” transportando leitores para o Brasil na época das Diretas Já

Luca Moreira
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Mandi Castro
Mandi Castro

No terceiro e último volume da saga criada por Mandi Castro, Irmãos Lafayette transporta o leitor ao Brasil vibrante das Diretas Já, entre ruas lotadas, vozes em ebulição e um país em busca de democracia. Combinando aventura, fantasia e eventos históricos, a obra marca o desfecho épico da trilogia ao acompanhar Martim e Nina em sua jornada mais desafiadora: enfrentar inimigos que desejam manipular o tempo enquanto lidam com descobertas que transformam não apenas o passado, mas também seu próprio destino.

Mandi, ao longo da trilogia Lafayette você transforma o tempo quase em um personagem. No encerramento da saga, o que o tempo representa para você — um vilão, um aliado ou um espelho das nossas próprias escolhas?

Eu vejo o tempo como uma importante coadjuvante de nossas vidas. Um aliado para andarmos juntos, mas de não dependermos dele.

Os gêmeos Martim e Nina vivem entre eras e dilemas, mas nesse último livro parece que quem mais viaja é o leitor — entre memórias, sentimentos e história do Brasil. O que você aprendeu sobre o país enquanto escrevia essa travessia entre fantasia e realidade?

Em minhas pesquisas para o terceiro livro , a história do brasil me mostrou um ponto importantíssimo, a luta pela democracia.

A ambientação nas Diretas Já traz um Brasil pulsante, de vozes e esperança. Por que escolheu esse momento histórico para o desfecho da trilogia — e como ele dialoga com o presente?

A luta pela democracia vai ser sempre um tema atual e ao mesmo tempo necessário para ser revisitado.

Nina assume um protagonismo maior nesta parte da história. Você diria que o amadurecimento dela reflete também uma mudança no olhar feminino sobre o tempo, o poder e o destino?

O amadurecimento de Nina tem um forte fator do tempo, poder e destino, porem mais forte que isso, tem o amadurecimento de uma jovem mulher querendo se entender.

Mandi Castro
Mandi Castro

O “anel temporal” de Martim é um símbolo forte — ele representa controle, poder, mas também perda. Existe algo desse objeto em você, como autora, ao lidar com o desafio de escrever sobre o tempo e o fim de uma saga?

Eu sempre quis ter um anel do tempo! A possibilidade de viajar no tempo, ver a história passada ao vivo, viver momentos históricos, é algo que eu amaria presenciar.

Sua obra combina ficção histórica e fantasia com uma escrita sensível, mas também crítica. Como foi equilibrar o rigor histórico das Diretas Já com a liberdade criativa de uma narrativa de aventura e magia?

Algo que eu gosto muito na escrita de ficção, é a liberdade poética que posso ter principalmente com fatos históricos. Eu não me prendo nas datas exatas, mas sim nos acontecimentos e nas pessoas.

“Irmãos Lafayette” é o encerramento de um ciclo. Qual foi o momento mais emocionante — ou doloroso — de dizer adeus aos personagens que te acompanharam por tanto tempo?

O romance impossível entre Martim e Estefania é uma frente narrativa que me deixou triste em finalizar, são personagens tão queridos.

Você é uma das vozes femininas mais ativas da literatura fantástica brasileira. Olhando para o futuro, que legado gostaria que sua obra deixasse — para as mulheres que escrevem e para os leitores que acreditam na força da imaginação?

Que minhas obras tragam força para mulheres sonhares e escreverem.

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