Com bom humor, romantismo casual e clima de liberdade emocional, a cantora Laura Fantini lança o clipe de “Improviso”, última faixa do EP Desafogo, que chegou às plataformas no dia 9 de julho. A canção inédia, que brinca com a ideia de um amor que só precisa de um dia para acontecer, também já está disponível em vídeo no canal da Valetes Records. Inspirada em nomes como Miley Cyrus e Lady Gaga, a artista aposta em uma sonoridade mais leve e descontraída, encerrando o ciclo de um projeto que já soma mais de 90 mil streams no Spotify.
Você menciona que “Improviso” é a faixa mais leve do EP, com um toque divertido e despretensioso. Como foi para você explorar esse lado mais leve e desapegado no amor depois de canções tão intensas e pessoais?
Foi bem divertido e diferente das composições mais sérias. Eu tive uma certa liberdade de poder imaginar e criar uma história a partir da minha imaginação.
O nome Desafogo nasceu de uma conversa informal entre amigas, mas acabou resumindo perfeitamente o espírito do EP. Você se lembra do momento exato em que sentiu: “é isso, esse nome traduz o que estou vivendo”?
Eu lembro de mencionar para minhas amigas que esse EP tinha sido como um desabafo pra mim e gostaria que o nome refletisse isso, mas “desabafo” não era um nome tão forte. Também lembro que não queria um nome que indicasse algum sentimento além daquele de alívio quando você tira algo do peito, não queria que tivesse um tom de raiva ou vingança. Depois de algumas sugestões das minhas amigas, chegamos no nome. Lembro que me marcou muito e depois de alguns dias, eu decidi.

A parceria com Helena Novais aparece como um ponto-chave no processo criativo. Como é para você compor com alguém que, além de talentosa, consegue ouvir com tanta sensibilidade o que você sente?
Desde que comecei a compor com a Helena, tenho aprendido muito sobre composição e acho que ela foi fundamental pro processo desse EP, além de criar um ambiente super confortável ela também entende muito bem o que eu quero passar nas minhas músicas. Acho que nos demos muito bem nesse ponto. Sinto que com a ajuda dela eu também superei muitos medos nas composições e consigo ousar um pouco mais.
No clipe de Improviso, os encontros românticos são engraçados e passageiros — mas você termina feliz, sozinha e em paz. O quanto essa mensagem representa sua visão atual sobre relacionamentos e autonomia emocional?
Eu acho que isso me representa 100% no momento, não me vejo estando em um relacionamento agora, e estou tranquila com isso. Acredito que eu ainda tenho muito a descobrir sobre mim mesma e tenho muito a fazer também, e isso são coisas que temos que fazer sozinhos, temos que cuidar de nós mesmos por nós e mais ninguém. Sinto que eu estou trilhando esse caminho ainda e que essa é a minha prioridade.

Miley Cyrus e Lady Gaga são referências citadas para essa música. O que dessas artistas mais te inspira na hora de compor ou performar — é a ousadia, a sinceridade, o estilo?
Gosto muito da originalidade delas, da ousadia e da coragem de tentar, independente de números, elas mostram que você pode passar por várias fases e momentos, desde que você esteja falando a sua verdade e manifestando isso de forma sincera em sua arte, tudo vai dar certo.
Você gravou o clipe na sua cidade natal, em locações bem inusitadas como uma pizzaria e até a casa da diretora. Como foi voltar para esse lugar com esse novo projeto na bagagem? Te trouxe alguma memória ou sensação especial?
É sempre muito legal gravar em Bauru, principalmente no parque Vitória Régia, que existe desde sempre. Eu lembro de passar de carro lá na frente com os meus pais, lá era caminho para muitos lugares do meu convívio aqui na cidade e hoje, sempre que passo lá, lembro da gravação e de como foi divertido. É sempre muito especial estar em um lugar onde sua família está e onde você nasceu.
Com mais de 90 mil plays no Spotify, o EP já começa a ganhar seu próprio espaço entre o público. Como tem sido lidar com esse retorno tão positivo e afetivo das pessoas nas redes e nas plataformas?
Eu adoro ver que as pessoas estão ouvindo e gostando. Até amigos. É sempre muito legal ouvi-los cantando as minhas músicas. Da um gás também, você sente que está trilhando um caminho legal.
Você descreve Desafogo como um processo musical, mas também espiritual. O que você sente que se curou ou libertou em você mesma durante esse percurso?
Sinto que perdi principalmente a vergonha de ser sincera com o que sinto e que isso aproxima as pessoas, me tornei mais confiante na minha música e hoje consigo “bancar” mais a pose de cantora. Isso vem com tempo, mas esse EP com certeza me trouxe muito orgulho e uma paz de que eu fechei certos ciclos da minha vida. Isso também tem ajudado nas composições que estão vindo. Tenho mais confiança nas minhas ideias e nas minhas vontades e criar tem sido bem divertido e mais leve.
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