Larissa Venturini estrela espetáculo infantil “Meio Ambiente é com a Gente”

Luca Moreira
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Larissa Venturini
Larissa Venturini

A atriz, cantora e dançarina Larissa Venturini retorna aos palcos com a reestreia da peça infantil “Meio Ambiente é com a Gente”, que será dirigida por Joana Motta e terá texto de Pedro Motta Gueiros. O espetáculo, que visa conscientizar as crianças sobre a importância de cuidar do meio ambiente, ficará em cartaz de 7 de junho a 27 de julho no Teatro das Artes, no Shopping da Gávea. Com uma carreira sólida no teatro musical, Larissa traz sua experiência como cantora e bailarina para esse projeto, que ressalta a necessidade urgente de ações sustentáveis, especialmente entre as novas gerações.

Você integra o elenco da peça “Meio ambiente é com a gente”, que reestreia com uma mensagem urgente e necessária. Como tem sido participar de um espetáculo que une arte e consciência ambiental, especialmente para um público infantil?

Tem sido incrível. Estamos passando uma mensagem muito importante para aqueles que serão o futuro do nosso planeta. A arte consegue atingir as pessoas de forma lúdica, divertida e muitas vezes efetiva. Então é de grande responsabilidade e honra poder mostrar às crianças o que devemos fazer para salvar nosso mundo. E é lindo  ver como elas absorvem essa mensagem! Elas repetem o lema da peça, interagem contando suas próprias experiências durante a cena, falam como não poluir o planeta junto à personagem… nos dá a sensação de dever cumprido.

Você comentou que “o mundo depende da gente” e que é importante passar essa mensagem para as crianças. De que forma esse projeto te fez refletir pessoalmente sobre suas próprias atitudes em relação ao meio ambiente?

Tem sido um aprendizado diário. Não tem como estar em um espetáculo que fala enfaticamente sobre os cuidados com o planeta e não acabar percebendo as suas próprias atitudes. Desde que começamos a ensaiar, essas questões se dão de forma mais latente em mim e me atento a cada passo que posso dar com relação à sustentabilidade. Começamos a separar o lixo para reciclagem lá em casa o que, apesar de muito necessário, não é algo que as pessoas têm o costume de fazer.

Sua trajetória é marcada por musicais de grande porte, como “Beetlejuice”, “Legalmente Loira” e “O Frenético Dancin’ Days”. Como cada experiência musical contribuiu para a artista que você é hoje — e o que ainda te encanta nesse formato?

O Frenético Dancin Days foi meu primeiro musical de grande porte. Devo muito à Joana  (Motta) por ter acreditado em mim e ter me dado a oportunidade de viver e crescer com essa experiência.

Acredito que cada trabalho me ensinou algo que eu levo para a vida! É notória a diferença entre a Larissa que começou em lá 2018 e a Larissa de hoje em dia, muito mais confiante nas suas criações, mais profissional e madura artisticamente. Cada um desses espetáculos me deu a oportunidade de crescer, de experimentar infinitas possibilidades de expressão, pular de cabeça nos personagens e me divertir em cena.

E, sim, ainda acho o formato musical encantador. Sou da geração que cresceu com os filmes musicais da Disney e sempre sonhei em poder juntar as três artes que eu amo: canto, dança e interpretação. O musical me dá essa oportunidade. Posso me expressar no canto quando as palavras já não são mais suficientes, ou até mesmo dançar para demonstrar um sentimento. Acho lindo poder ter tantas possibilidades dentro de uma só obra.

Meio Ambiente é Com a Gente (Veronica Peixoto)
Meio Ambiente é Com a Gente (Veronica Peixoto)

Além de atuar, você também canta e dança em espetáculos como “Aquele Abraço”, do Roxy Dinner Show. Como você equilibra essas três linguagens artísticas no seu dia a dia e o que cada uma delas desperta em você?

Sempre me perguntam qual dessas três linguagens eu prefiro e nunca sei responder rs. Justamente porque acredito que cada uma delas pode expressar de forma diferente um mesmo sentimento ou sensação, e é incrível ter um leque tão grande de possibilidades a se explorar.

Minha vida nas artes se iniciou com a atuação, que é meu xodó e me acompanha há 18 anos, e com a dança por influência da minha mãe que é dançarina. O canto veio um pouco mais tarde e foi um susto para mim entender que eu podia cantar. Demorei para acreditar na minha capacidade, mas hoje é um dos meus pontos fortes que eu tanto amo e prezo. Sigo fazendo aulas das três artes, sigo me aprimorando no dia a dia e buscando melhorar sempre.

No audiovisual, você tem experiência como apresentadora e atriz em novelas, séries e campanhas publicitárias. O que mais te atrai na linguagem da câmera e como ela dialoga com a sua formação nos palcos?

Começar no audiovisual foi uma surpresa deliciosa, mas bastante desafiadora. A interpretação, gesticulação e forma de se expressar perante a câmera é totalmente diferente daquela quando estamos em cima do palco. Isso me despertou uma curiosidade e vontade de me desafiar a me aprimorar em mais uma forma de atuação, totalmente diferente de como eu estava acostumada.

O que mais me encanta no audiovisual é a forma como aquela cena se transforma nas lentes. Os detalhes, as micro -expressões, o olhar, tudo se intensifica na câmera. É uma arte muito minuciosa. E acredito também que essa forma de interpretação me trouxe uma percepção mais clara sobre a expressão no palco e as notórias diferenças entre elas. Me deu mais consciência, além da noção de que, às vezes, o menos pode falar muito mais.

Seu currículo passa por formações respeitadas como o CEFTEM, CAL, Moeller e Botelho, entre outras. O que mais te motiva a continuar se formando e se desafiando, mesmo com tantos trabalhos já realizados?

O artista está sempre em transformação. Nosso estudo não para. Sei que ainda tenho muito a aprender, apesar de já ter uma longa caminhada. Mas são muitas técnicas, muitas expressões a serem experimentadas. Cada experiência nos agrega com algo novo. É um leque infinito de possibilidades. Portanto, o aprendizado não para.

 “Meio ambiente é com a gente” fala diretamente com as crianças — um público exigente e sincero. Como é a sua troca com esse público tão especial e o que você sente ao perceber o impacto que a arte pode ter sobre eles?

Eu amo a troca com as crianças! Comecei no teatro aos 7 anos e fiquei até os 17 trabalhando com o teatro infantil e sempre foi a troca com os pequenos que me encantou. Eles são vivos, são interessados, curiosos, eles falam mesmo! Isso dá vida ao teatro. Além do que é sempre aconchegante receber o carinho das crianças depois do espetáculo.

Para além disso, sabemos que a arte transforma! Então, é de extrema importância que essa transformação seja feita naqueles que ainda estão aprendendo seu papel na sociedade. Por isso, é de grande responsabilidade passar a mensagem correta. E nada vale a felicidade de perceber que eles estão aprendendo, embarcando na história e absorvendo tudo aquilo que estamos falando. É gratificante. Como eu disse: sensação de dever cumprido.

Você está em constante movimento artístico, agora cursando Bacharelado em Atuação Cênica na UNIRIO. Quais são os sonhos que ainda te movem e os desafios que você deseja viver na próxima fase da sua carreira?

Sonhos eu tenho muitos! Quero explorar ainda mais minha capacidade artística, ampliar meus horizontes, me desafiar enquanto atriz. Quero ser a melhor versão que eu puder, cheia de bagagem para deixar meus personagens ainda mais ricos e profundos. E, falando sobre personagens, ainda tem muitos que eu quero viver: de uma vilã de novela à mocinha no teatro; uma criatura indefinida ou uma princesa. As possibilidades são infinitas! E enquanto eu não experienciar várias delas eu não irei parar.

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