Kai To: o talento asiático-americano que vem conquistando Hollywood

Luca Moreira
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Kai To
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Com apenas alguns anos de carreira, o ator Kai To já se tornou um dos jovens talentos mais promissores de Hollywood. Conhecido por seu papel fixo na série original “On the Verge”, da Netflix e Canal+, ao lado de Julie Delpy, Elisabeth Shue e Giovanni Ribisi, o artista vem chamando atenção da indústria pelo carisma e naturalidade em cena.

No currículo, Kai reúne participações em produções de peso como a antologia da Apple TV+ “Little America”, o longa “Take the Night” — no qual interpreta o jovem Robert Cheng — e o filme “The Inheritance”, além de já ter dividido set com nomes como Taika Waititi, Idris Elba, Jonah Hill e Keanu Reeves.

Entre o cinema e a publicidade, o ator também se destacou em campanhas para Nike, Hampton Inn & Suites, Liberty Mutual e Walmart, consolidando uma trajetória marcada pela versatilidade. Fascinado pela atuação desde as visitas à Disneyland na infância, Kai estreou nos palcos aos cinco anos e, desde então, vem trilhando um caminho consistente, provando que é um nome para se acompanhar de perto na nova geração de artistas internacionais.

Você começou a atuar muito jovem e já contracenou com alguns dos maiores nomes do cinema. Como você equilibra o aprendizado com tanta experiência acumulada em tão pouco tempo?

Tive muita sorte de trabalhar com atores incríveis. Quando eu era mais novo, nem percebia o quão grandes alguns deles eram! Aprendi muito apenas observando e vendo como eles trabalhavam. No set, fazemos várias tomadas, então gosto de tentar coisas diferentes e dar opções ao diretor. Também tenho um professor no set, e minha mãe me ajuda a manter o foco nos estudos. Mesmo já tendo feito vários projetos, ainda estou aprendendo o tempo todo e tentando absorver tudo. Cada projeto é diferente, e estou sempre tentando melhorar — e também me divertir com isso!

Sua paixão pela atuação começou na Disneyland, cercado de fantasia e personagens. Como essa memória de infância ainda influencia o artista que você é hoje?

A Disneyland foi onde tudo meio que começou pra mim. Minha mãe costumava me levar lá várias vezes por semana, e eu adorava assistir às peças e apresentações. Lembro de ser bem pequeno e ficar totalmente encantado com os personagens e com o quão real tudo parecia. Aquilo me fez querer fazer parte dessa magia. Acho que essa lembrança ainda vive em mim, porque sempre tento levar o mesmo entusiasmo e imaginação para cada papel que interpreto. Quando estou trabalhando em testes ou ensaios, minha mãe às vezes faz referência à Disneyland e a como eu me sentia em certos brinquedos ou situações. Isso me lembra de me divertir e continuar sonhando grande, não importa qual seja o projeto.

Kai To
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Em On the Verge, você interpreta um personagem que chamou a atenção da indústria. O que mais te marcou nesse projeto e como ele mudou sua visão sobre trabalhar em uma série internacional?

Eu amei estar no set de On the Verge — não queria que acabasse! Quando terminou, fiquei realmente triste. O personagem que interpretei era super arteiro, e isso foi muito divertido porque eu podia dizer e fazer coisas que minha mãe nunca deixaria em casa! Pude ser esse garoto selvagem que respondia e até dizia palavrões. Foi libertador e muito divertido viver esse papel. Também foi incrível fazer parte de uma série internacional em que se falava francês e inglês no set. Foi uma experiência muito legal. Eu até acabei viajando de férias para Paris, e a Sra. Julie Delpy me deu dicas de lugares para visitar! Antes da viagem, usei o Duolingo para aprender um pouco de francês básico, o que ajudou bastante.

Em Little America, da Apple TV+, você participou de uma história que explora identidade, imigração e sonhos. O que mais te emocionou nessa experiência e como foi dar vida a uma história tão sensível?

Fazer parte de Little America foi realmente especial. A história era emocionante, e mesmo sendo jovem, eu senti profundamente a importância dela. Meu pai é imigrante, e a família dele precisou superar muitos obstáculos para vir para os Estados Unidos. Do lado da minha mãe, os pais, avós e bisavós também tiveram que fazer grandes sacrifícios para chegar aqui. Imagine vir para um país onde você não fala a língua e não entende a cultura — é assustador e louco. Mas agora, os dois lados da minha família trabalham duro e continuam contribuindo para este país. Foi realmente uma honra fazer parte de uma história que mostra o quanto as famílias podem ser fortes e corajosas.

Kai To
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Você já trabalhou com nomes renomados como Taika Waititi e Keanu Reeves. Existe algum conselho, momento ou lembrança dos bastidores dessas experiências que ficou com você?

Ser você mesmo! Quando conheci o Taika Waititi, eu nem fazia ideia de que ele era uma parte tão importante do universo Marvel — e eu já tinha assistido a todos os filmes da Marvel! Na verdade, o reconheci por causa de Free Guy, que é outro filme que adoro. Fiquei perguntando várias vezes se ele era mesmo o cara de Free Guy, porque não conseguia acreditar que ele estava bem ali na minha frente. Ele foi super divertido e muito legal! Até me viu brincando com meu novo boneco do Mandaloriano e me contou que tinha trabalhado nisso também! Ele é muito talentoso. E o Keanu Reeves — ele é, de verdade, uma das pessoas mais gentis que já conheci. Sou muito fã de Matrix, então claro que perguntei a ele como fez aquela cena famosa em que se inclina para trás. Ele é incrível, e poder conversar com ele foi algo que nunca vou esquecer.

Além da atuação, você também já estrelou grandes campanhas publicitárias. Como você transita entre o mundo do cinema e o universo da publicidade, que exigem expressões e energias tão diferentes?

Comerciais e filmes têm sentimentos bem diferentes, mas aprendi a me divertir com os dois! Em filmes ou séries, posso mergulhar no personagem, explorar o papel e realmente me tornar outra pessoa. Já nos comerciais, é tudo sobre energia — e é rápido, porque geralmente filmamos em um ou poucos dias. É um desafio divertido, e alternar entre os dois deixa tudo mais empolgante! São bem diferentes, mas gosto muito de ambos.

Entre o parkour, as viagens e a leitura, você parece viver com curiosidade e entusiasmo. Como essas experiências fora do set alimentam sua criatividade e te ajudam a construir seus personagens?

Acho que fazer coisas como parkour, viajar e ler me ajuda muito como ator. Com o parkour, aprendi a usar meu corpo de maneiras diferentes, o que é super útil quando faço cenas de ação. Também ando de skate e de hoverboard. Viajar abriu meus olhos para novas pessoas, lugares e culturas — isso me ajuda a entender diferentes tipos de personagens. Meu lugar favorito até agora é o Japão — foi muito divertido e a comida era incrível! A leitura também é uma das minhas coisas favoritas, porque me permite imaginar diferentes mundos na minha cabeça. Quando leio, penso em como eu interpretaria os personagens. Meus livros preferidos são os da série Harry Potter. São ótimos, e já os li várias vezes! Todas essas coisas me ajudam a ser mais criativo.

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