João Pedro Delfino, 16 anos, artista plástico, atualmente interpreta o personagem Pinóquio na novela Poliana Moça do SBT. Também atuou no teatro musical como Freddy, na Escola do Rock e Charlie em Charlie e a Fantástica Fábrica de Chocolate. Amante da arte, canta, atua, dança, dubla e toca alguns instrumentos como bateria, piano e cavaquinho.
Paralelamente à novela, João Pedro embarca num novo projeto para as redes sociais, “Exploradores de Mistérios”, uma série repleta de episódios curiosos, onde a personagem de JP Pedrinho, juntamente com a sua irmã, desvenda vários mistérios que assombram a vizinhança. O trabalho voltado para crianças e jovens resgata a magia nas crianças, que participam da descoberta de pistas em um cenário investigativo, onde o desfecho de cada episódio ajuda os pequenos a perderem o medo de mitos e lendas. Confira a entrevista!
João, você está na novela “Poliana Moça”, que além de estar fazendo muito sucesso, você ainda interpreta um personagem muito marcante, o Pinóquio. Como tem sido viver essa experiência de participar de um título que tem atraído tanto o público jovem?
Participar de Poliana Moça foi a melhor experiência da minha vida! E fazer o Pinóquio o maior presente! Foi um período que aprendi muito, trabalhei com pessoas incríveis numa emissora que me acolheu super bem!
O perfil do Pinóquio não estava muito bem definido, então haviam perfis bem diversificados no dia do teste. Foi a primeira vez que contracenei com a Sophia Valverde, que eu já era fã de outros trabalhos, então foi bem legal e emocionante!
Falando na novela, teve uma postagem que você fez e que me deu muita agonia só de ver, que foi o processo de se fazer o molde do seu rosto para interpretar o Pinóquio na novela. Como funciona esse processo de produção para conseguir dar vida ao personagem?
O processo do molde durou cerca de 3 horas. Eu não podia mexer nada e fiquei só com as narinas descobertas para conseguir respirar. Mas eu estava tão feliz que nem me incomodei! A partir desse molde, a equipe de caracterização desenvolveu um “capuz” que eu vestia e uma prótese que era colada todos os dias que eu gravava processo que durava cerca de 2 horas.
Você hoje tem 16 anos e coleciona vários trabalhos na televisão e no teatro, porém, antes de nos aprofundarmos neles, gostaria de perguntar um pouco mais sobre sua história – como a atuação chegou até você e como avalia o significado da arte na sua vida hoje?
Eu sempre fui apaixonado com as artes, embora não tenha nenhum artista na família. Amava fazer peças de teatro e filmes em casa, dançar, cantar e tocar instrumentos. Comecei a estudar música aos quatro anos e teatro aos oito anos e nunca parei.

Em cima dos palcos, você chegou a fazer vários projetos, como a “Escola do Rock”, onde viveu o Freddy, e uma releitura do clássico de Roald Dahl – “Charlie e a Fantástica Fabrica de Chocolate” – como ficou a responsabilidade de fazer um personagem que já é tão reconhecido pelo público, como foi o Charlie?
Eu sempre procuro assistir todas as versões de filmes e musicais para me inspirar e construir os meus personagens.
Além de atuar, você também canta, dança, dubla e toca alguns instrumentos como bateria, piano e ukulele. Como foi que todos esses talentos foram se juntando em você e principalmente, como eles o ajudam nas produções?
Comecei a tocar bateria aos quatro anos de idade e depois fui aprendendo os outros instrumentos. Aos 10 anos comecei a fazer dança e aos 11 veio o canto. Eu amo tudo: atuar, cantar, dançar e tocar! E ter essas habilidades me proporcionou fazer montagens da Broadway que exigiam todas elas! Inclusive o Freddy tocava bateria ao vivo no musical Escola do Rock! Um ator hoje deve ser o mais completo possível para se sobressair.
Algo que está em evidência agora é seu novo projeto de webserie, “Exploradores de Mistérios”, que está sendo exibida nas redes sociais. Já não é de hoje que as produtoras têm investido cada vez mais no streaming, incluindo algumas emissoras. Como tem sido produzir profissionalmente para esse formato e o que tem achado do retorno?
Tem sido uma experiência bem legal fazer essa websérie e temos outro projeto bem legal que queremos muito produzir para o streaming. Eu participei ativamente do processo onde tive muita liberdade para construir o personagem Pedrinho.

Desenvolvida pensando no público infanto-juvenil, a série acaba resgatando a magia nas crianças envolvidas em descobrir pistas em um cenário investigativo, onde o desfecho de cada episódio ajuda os pequenos a perderem seus medos. Poderia falar um pouco mais da concepção dessa série e principalmente da decisão de seguir pelo caminho desse mistério “estilo Sherlock”?
Tivemos a ideia de fazer uma web serie voltada pra toda a família, com um conteúdo legal e próprio de todas as crianças que é enfrentar o medo. Eu amava brincar de detetive e busquei muito disso pro Pedrinho.
Apesar de a série ter iniciado a produção antes da novela, você foi muito participativo atrás das câmeras, sendo que até ajudou dando dicas para a criação dos personagens. Muitas pessoas quando assistem e acabam não fazendo ideia do estudo que tem por trás desse processo de criação. Qual é a sua visão sobre esse mundo que existe nos bastidores e teria alguma história de curiosidade para nos contar?
Eu sempre fui muito curioso pra saber o que acontecia por trás das câmeras. Quando eu assistia a um filme, já ia logo procurar vídeos de como ele foi produzido. Então foi muito legal fazer o Pedrinho e poder ter essa participação nos bastidores nas gravações.
Ainda a respeito dessa parte de produção, você comentou que essa foi a primeira vez que se envolveu realmente com essa parte. Além de estar na frente das câmeras, pensa em tentar investir nessas outras áreas da produção? Em sua opinião, o que torna um personagem ideal e como o ator saber que conseguiu chegar até ele?
Eu pretendo fazer cinema porque tenho vontade também de produzir, além de atuar. Sobre a outra pergunta, um personagem ideal é aquele que comove o público de alguma forma. O ator sabe se chegou até o personagem quando o público sente as emoções junto com ele, seja alegria, tristeza e até mesmo raiva.

Incluindo o Pinóquio e o Pedrinho, seu personagem na web serie, a gente sabe que o ator acaba tendo que separar a sua personalidade do personagem que está vivendo, porém, ainda assim, você consegue enxergar alguma semelhança com seus personagens?
O Pedrinho é muito parecido comigo quando era criança. Já em relação ao Pinóquio, eu sou sonhador como ele.
Apesar de a série tratar de medos e tudo mais, ela acaba sendo livre para todas as idade, sendo super recomendado para a família poder assistir. No momento, um dos assuntos que vem sido comentado em discussões na internet é justamente a responsabilidade com o conteúdo que é voltado para o público infantil, inclusive com muitos pais responsabilizando apenas os criadores pelo material. Como fica essa responsabilidade na hora criar histórias para as crianças e qual a sua opinião em sobre essa relação com a família?
Eu acho que nós temos que ter muita responsabilidade naquilo que fazemos, pois, num mundo cada vez mais digital, acabamos influenciando as pessoas nas redes sociais e nos trabalhos na TV, teatro ou streaming.
Muito lúdica e criativa, a série incentiva bastante através do Pedrinho, o uso da tecnologia a favor da reciclagem, sucatas em que ele acaba transformando em coisas incríveis e que o ajudam a resolver os mistérios. Em relação a influência dessas boas atitudes, qual acredita ser o real poder desse tipo de entretenimento em influenciar as crianças?
Não há como fugir do mundo tecnológico atualmente. Então temos que usá-lo a favor do bem, e um exemplo é esse: através da história, ensinar que a brincadeira também pode ser divertida criando seus próprios brinquedos com sucata.
Logo que a gente anunciou essa entrevista, vários fãs da novela vieram repercutir a gente, então aproveitando o gancho, gostaria de perguntar sobre sua relação com as redes sociais e como é a sua interação com o público?
A novela mudou muito a minha vida em relação às redes sociais. Os fãs da novela gostam de conhecer também a rotina do ator que está por trás do personagem. E eu procuro compartilhar com os fãs um pouco do trabalho e da minha vida pessoal também.
Para finalizarmos João, você começou a atuar ainda bem jovem e hoje está conquistando seu espaço na televisão, no teatro, e em outras áreas da arte. Quais dicas você teria para dar aqueles que sonham em estar aonde você chegou? Com o investimento do SBT nas novelas infantis, acredita que o sonho dos jovens em seguir a profissão possa ter aumentado?
Acho que não pode desistir nunca dos sonhos, mas precisa estudar muito e aperfeiçoar cada dia mais para que você esteja preparado para os testes, quando aparecerem.
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