Jessica Treska solidifica seu nome como uma das promessas de Hollywood ao estrelar a série HYSTERIA!, ao lado de Julie Bowen (Modern Family) e Garret Dillahunt (High Potential, da ABC). Já disponível no Peacock, a produção ambientada nos anos 1980 explora o caos do “Pânico Satânico” em uma pequena cidade americana. Jessica interpreta Judith, uma personagem central que mistura intensidade e vulnerabilidade, reafirmando sua versatilidade como atriz em uma carreira marcada por papéis de destaque em Sharp Objects (HBO), Good Girls (NBC) e Roswell, New Mexico (CW).
HYSTERIA! já está conquistando o público com sua mistura de mistério, horror e drama. Como foi para você mergulhar no universo do “Pânico Satânico” dos anos 1980 e dar vida à complexa Judith? Há algo sobre a época ou o tema da série que te surpreendeu enquanto você se preparava para o papel?
Foi incrivelmente empolgante. O pânico satânico dos anos 80 já é um cenário fascinante para um projeto, sem mencionar os personagens dinâmicos que ele apresenta. Foi um desafio dar vida à Judith, uma personagem que intriga o público do início ao fim, mas foi um desafio muito gratificante. Embora o show conte histórias de personagens fictícios, fiquei surpresa com a precisão de como a era foi retratada. A histeria em massa realmente aconteceu na época, e foi divertido mergulhar na história que inspirou essas narrativas ficcionais.
Judith parece ser uma personagem cheia de camadas, sendo tanto o interesse amoroso do protagonista quanto uma peça central na trama. Como você enxerga a evolução dela ao longo da temporada e o impacto dessa jornada na sua perspectiva como atriz?
Judith é, sem dúvida, uma personagem central e tem uma enorme influência sobre a nossa protagonista, Dylan. Ela evolui dramaticamente ao longo da temporada, de maneiras que certamente me desafiaram como atriz. Embora muitas de suas decisões se tornem completamente erráticas e inexplicáveis, eu precisava dar sentido a elas, como atriz que a interpretava. Este papel fortaleceu minha habilidade de analisar objetivos, desenvolver diálogos internos e criar motivações. Foi o desafio perfeito, porque se consigo entender Judith e dar sentido ao comportamento dela, posso ter mais confiança como atriz.
Durante as gravações de HYSTERIA!, você passou por um momento difícil com a saúde da sua mãe. Como essa experiência moldou sua visão de vida e inspirou sua dedicação a campanhas de conscientização sobre derrames?
Mudou completamente minha perspectiva sobre a vida para melhor. Tudo o que era importante para mim foi reorganizado com prioridades diferentes, e não posso enfatizar o suficiente a importância de passar tempo com quem você ama. Somos todos tão frágeis. Eu poderia escrever um ensaio, mas tentei encorajar todos na minha vida a não perderem tempo, a não tomarem a saúde de ninguém como garantida e a reconhecerem que sempre há muito pelo que ser grata. Minha mãe ainda está aqui conosco, e por isso somos muito sortudas.
Sua paixão por apoiar abrigos de animais é algo que também cativa muitas pessoas. Como surgiu essa conexão com a causa? Você tem alguma história marcante com pets adotados que gostaria de compartilhar?
Como muitas pessoas, eu absolutamente adoro animais, especialmente cães. Honestamente, isso aconteceu porque eu tinha algum tempo livre nos fins de semana e queria ajudar. Comecei a fazer trabalho voluntário na minha cidade natal. Sempre me sentirei conectada a alguns desses cães, especialmente os mais velhos, pelos quais poucas pessoas demonstravam interesse. Todos os animais de estimação merecem lares maravilhosos, é claro.
Com tantos papéis marcantes no currículo, como você escolhe projetos que refletem suas paixões ou que apresentam novos desafios? Existe algum momento específico na sua carreira que você considera um divisor de águas?
Sempre escolherei papéis que me desafiem, especificamente personagens que sejam dimensionais e projetos que sejam artisticamente feitos para evocar emoção. Acho que o ponto de virada foi me tornar adulta e fazer a transição de papéis mais jovens para papéis adultos. Comecei a explorar personagens mais maduros e estabelecidos, em oposição a um estereótipo mais unidimensional de “garota má”, por exemplo. Essa mudança tem sido incrivelmente gratificante como atriz.
Manter o equilíbrio na vida pessoal e profissional é um desafio para muitos, especialmente em Hollywood. Quão importante são momentos como suas sessões de Pilates ou os encontros com amigos para recarregar sua energia criativa?
A vida pessoal e os amigos são fundamentais. Faço Pilates uma vez por semana com minhas amigas do ensino médio, e sempre faço um esforço para me atualizar com as pessoas de quem gosto. É muito fácil se perder em Hollywood, e eu quero sempre permanecer com os pés no chão.
Ao interpretar personagens tão diferentes, como em Sharp Objects, Good Girls e agora HYSTERIA!, que lições você leva para sua vida pessoal? Existe algum papel que deixou uma marca especial em você, como pessoa?
Algo que acredito que uma atriz pode entender melhor do que a maioria, é que todas as pessoas têm uma razão para tomar as decisões que tomam. Entender isso me ajuda a manter os relacionamentos na minha vida pessoal. Sempre há estressores externos e situações que não podemos compreender, então precisamos ter empatia e oferecer compreensão às pessoas em nossas vidas. Nem sempre é pessoal, e nem sempre tem a ver conosco. Especialmente desde que interpretei Judith, tenho ficado muito boa em perguntar: “Por que estão fazendo isso?” e “Do que realmente se trata?”. Fazer essas perguntas na nossa vida pessoal pode realmente ajudar a fortalecer os relacionamentos que valorizamos.
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