O compositor e multi-instrumentista IVor apresentou ao público, no último dia 5 de setembro, o single “Talking Dead”, lançado pela Marã Música em todas as plataformas digitais. A faixa trouxe um lado mais pesado e visceral do artista, inspirado por sonoridades do rock, punk, metal e grunge.
Com guitarras intensas e arranjo sem espaço para violões, a música traduz em som e letra um peso existencial: conta a história de alguém “morto e enterrado”, sem esperanças, mas que ainda expressa um pedido de socorro — um último fio de esperança para ser trazido de volta à vida.
A canção foi inteiramente produzida por IVor, que compôs, tocou todos os instrumentos, gravou e mixou a faixa. O artista revelou que revisitou a composição, feita há sete anos, para dar a ela uma nova roupagem. “Talking Dead” foi lançada também em Dolby Atmos, potencializando a imersão sonora para os ouvintes.
Com uma carreira marcada pela versatilidade, IVor já se apresentou em palcos no Brasil e no exterior e acumula influências que vão do country rock ao metal, sempre com referências a ícones como Johnny Cash, Lynyrd Skynyrd, Queen, Black Sabbath e Nirvana. Com esse lançamento, reafirma seu compromisso com a experimentação e a busca por novas sonoridades, sem abrir mão de sua essência artística.
“Talking Dead” nasceu há sete anos e passou por diferentes versões até chegar a este lançamento. O que mudou em você como artista nesse período que fez com que essa fosse a hora certa de lançá-la?
Mudou tudo. Depois da minha volta 100% ao audio e à musica. Fui aprendendo (Ainda aprendo todo dia) a ser artista, e afinar cada vez mais minha arte através da proximidade entre as ideias e a execução. Fazendo disso um metodo.
Você optou por tocar todos os instrumentos e assinar a mixagem. Como é essa experiência de ter controle total do som — é mais libertadora ou mais desafiadora?
É libertador porque é algo eu amo fazer. Criar, ser intuitivo e ter a liberdade artística de dar a palavra final. É desafiador no sentido de sempre buscar o equilibrio entre execução e a intuição sem ser muito duro e engessar a obra.
Essa faixa mergulha no seu lado mais pesado, com influências de rock, punk, metal e grunge. Existe algum momento ou artista que te inspirou a revisitar essa sonoridade mais visceral?
Eu acho que senti falta desse peso no album The Grapes are Dead. A musica que me inspirou foi Black Betty do Ram Jam. Eu queria algo Rock n’ Roll.
Você costuma transitar entre country rock e outros gêneros. O que o público pode esperar para os próximos lançamentos: um caminho mais voltado para o rock ou essa diversidade vai continuar sendo sua marca?
-Já que estou processo do de gravação do proximo album e vai ser diferente de tudo que ja gravei mas sem fugir muito da essencia.
A letra fala de alguém “morto e enterrado” que ainda pede ajuda. Para você, essa metáfora é mais um desabafo pessoal ou uma reflexão sobre o mundo à nossa volta?
É um desabafo pessoal de um período da minha vida em que eu estava nessa situação.
Há uma intensidade emocional muito grande na música. Existe algum sentimento específico que você quer provocar no ouvinte ao escutar “Talking Dead”?
Acho que uma mistura de tristeza, raiva e esperança.
Você já tocou em palcos no Brasil e no exterior. De que forma essas experiências moldaram sua visão de mundo e de música?
Tocar na estrada, diferentes estilos e com pessoas diferentes fez com que eu amadurecesse. Mas como sempre estive nesse mundo da música, isso praticamente moldou minha visão desde o começo.
“Talking Dead” pode ser um ponto de virada para o seu som. Que tipo de reação do público você espera com essa mudança de energia?
Eu acho que Talking Dead mostra muito mais quem eu sou como artista, música e mixer. É uma outra energia, é genuína. Eu espero que a reação seja essa.
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