Gabriel Vivan: Do Rio Grande do Sul ao estrelato em ‘Reis’ da Record TV

Gabriel Vivan
Gabriel Vivan

Nascido em Erechim, no norte do Rio Grande do Sul, Gabriel Vivan sempre teve um espírito artístico e aventureiro que o levou a explorar diferentes partes do Brasil. Morando em cidades como Rio de Janeiro, Florianópolis e São Paulo, Gabriel buscou desenvolver-se pessoal e artisticamente antes de se estabelecer no vibrante Rio de Janeiro. Atualmente, ele brilha como protagonista da série “Reis” na Record TV, destacando-se como uma figura promissora na televisão brasileira.

Desde pequeno, Gabriel demonstrou uma paixão intensa pelo mundo das artes. Aos cinco anos, ao pisar no palco pela primeira vez, ele sentiu o despertar de um sonho: queria ser ator. Durante a adolescência, enfrentou desafios e quase desistiu de seu sonho, mas a descoberta da música, através de um personagem que interpretava, manteve viva a chama da atuação. Conciliando a faculdade de Direito e as carreiras de músico e ator, Gabriel decidiu focar totalmente nas artes, deixando o Direito em espera.

Mesmo sem uma formação acadêmica formal completa, Gabriel é autodidata e aprendeu a tocar violão assistindo vídeos na internet. Hoje, ele é compositor de diversas músicas, algumas das quais repercutiram em rádios brasileiras e estrangeiras. Além disso, sua versatilidade se estende à moda, onde transita entre estilos esportivo, fino e street casual. Gabriel é um ativista ambiental dedicado, comprometido com a sustentabilidade e a proteção do meio ambiente, inspirando muitos com sua história de perseverança e amor pelas artes.

Como foi o processo de se mudar tantas vezes pelo Brasil em busca de desenvolvimento pessoal e artístico?

Eu sempre fui um cara muito criativo e inquieto (mal de aquariano eu acho), por ter nascido em uma cidade pequena eu sempre senti que precisava conhecer o mundo e explorar, respirar cenários mais artísticos e me inspirar com pessoas e lugares. Quando fui aprovado no teste para protagonizar a série Reis da Record senti que era o movimento que eu precisava para me lançar para o “mundo” e é o que estou fazendo desde então. Em 2023 me mudei 7 vezes, vivi um período sendo relativamente um nômade, passando por Erechim, Florianópolis, Rio de Janeiro, Paraná, até me fixar em São Paulo e agora retornar ao Rio de Janeiro novamente. Eu gosto de conexões, criei vínculos para a vida inteira em todos os lugares que passei, na minha vida me inspiro com tudo, para viver a arte e para viver a vida. E uma vez que vamos para o mundo, nunca mais voltamos os mesmos.

Você se lembra do momento em que decidiu que queria ser ator aos cinco anos? Como foi essa experiência inicial no palco?

Lembro como se fosse hoje. Foi minha primeira apresentação na escola. Era final de ano de 2001, os pais de todos os alunos estavam sentados nas cadeiras de plástico marrom no ginásio da escola, lotado, muita gente… eu subi no palco e logo identifiquei minha família, me assistindo entusiasmada. Pais, avós, tios, dindas, amigos e pessoas queridas que hoje não estão mais conosco… eu não tinha nem uma fala, mas era o protagonista, um mágico, que organizava a turma toda no palco e entregava faixas com alguns dizeres que eram mostradas uma a uma pelos colegas. Quando chegou minha vez, ergui a faixa com o maior orgulho e notei que a plateia inteira começou a rir muito, olhei para a faixa e vi que ela estava de cabeça para baixo. Girei ela. Segurei ela sério. E sorri. Pronto, ali eu tinha intendido o poder de estar no palco e a troca com uma plateia, que generosa, me aplaudiu como se fosse um gol da seleção brasileira. Naquele dia mágico, sendo um mágico, eu percebi a magia que a arte tem e decidi: eu queria ser um artista.

Gabriel Vivan (Leo Rosário)
Gabriel Vivan (Leo Rosário)

Durante sua adolescência, você enfrentou desafios que quase o fizeram desistir de seu sonho artístico. Como a música ajudou a manter viva a chama da atuação?

Na nossa profissão percebi que o “não” é algo normal, mas até entender isso custou um tempo. Os primeiros ‘nãos’ foram mais fortes e realmente o pensamento de desistir da profissão era frequente. Até que desisti de fato, e levei de forma amadora, em alguns grupos de teatro e apresentações escolares. Quando fiz um esquete em que o personagem tocava violão, aprendi uma música vendo vídeos na internet e tomei gosto, comecei a compor meus sons e comecei a investir na música, com bandas e carreira solo. A partir daí, decidi resgatar minha arte e voltei a atuar, montar peças e apresentações. Acredito que arte é um bichinho que quando te morde, não tem mais volta, você pode pensar em desistir, mas não tem como fugir… é um fardo, karma, destino, não sei…, mas a arte nos escolhe, não é nós que a escolhemos.

Você conseguiu equilibrar os estudos na faculdade de Direito com suas carreiras de ator e músico. Como foi essa experiência e quais foram os maiores desafios que enfrentou?

Quando eu olho para trás me pergunto como eu conseguia. Eu conciliava a minha banda, a atuação a faculdade e o estágio num escritório de advocacia ao mesmo tempo. Confesso que sempre tratei o direito como um plano B, mas o curso tomava muito tempo e dedicação, o que me fez deixar a arte em segundo plano. A faculdade em si me trouxe diversos amigos e aprendizado, o Direito é uma faculdade que serve para o dia a dia, com regras que regem nossa sociedade e é sempre importante entendê-las. Então não é como se eu tivesse jogado fora todo esse conhecimento. Os maiores desafios foram não poder destinar o tempo que eu gostaria na arte, ficava sempre com o coração dividido porque não gosto de fazer nada pela metade ou malfeito, assim, me esforçava para fazer tudo da melhor forma possível, mas meu dia infelizmente tinha somente 24 horas.

Gabriel Vivan (Leo Rosário)
Gabriel Vivan (Leo Rosário)

Sua habilidade autodidata é notável, especialmente na música. Como você aprendeu a tocar violão e quais são algumas das suas realizações musicais mais orgulhosas?

A música sempre me atraiu, um dos meus primeiros brinquedos foi uma gaita e eu passava horas com ela nos braços, cantava (ou melhor, gritava) no chuveiro a ponto de os vizinhos escutarem e lembro que queria muito começar as aulas de violão, mas como meus irmãos já tinham começado e desistido, minha mãe me fez escolher entre a escolinha de futebol ou as aulas de violão. Como não queria deixar o futebol, na teimosia, comecei a assistir vídeos na internet e comecei a aprender a teoria, quando surgiu um personagem que tocava violão me motivei mais para aprender e comecei a tomar ainda mais gosto pela música. Hoje já tenho diversas músicas autorais, diversos singles nas rádios e mais de meio milhão de plays nas redes sociais e já me apresentei num show para mais de 30 mil pessoas. Estou cada vez mais otimista com minha carreira musical e prevendo diversos lançamentos para o período 2024-2025.

Seu estilo pessoal é descrito como eclético e multifacetado. Como você definiria seu estilo de moda e quais são suas influências principais?

Comecei a tomar gosto pela moda recentemente. Antes a roupa que eu visse na frente era a primeira que eu vestia… hoje já me preocupo mais com o que visto, entendo que é uma questão de identidade e personalidade, mais do que qualquer outra coisa. É uma manifestação de quem somos. Gosto de perfumes, acessórios e busco influência em diversos perfis e artistas que admiro.

Gabriel Vivan (Leo Rosário)
Gabriel Vivan (Leo Rosário)

Como você mantém um estilo de vida ativo e equilibrado, conciliando a academia, futebol e suas outras paixões com sua carreira artística?

Procuro manter uma rotina movimentada, gosto de estar em movimento. O futebol e a academia acabam sendo um momento do dia em que fico com a cabeça focada somente no presente, sem pensar nos compromissos ou trabalho. Recentemente comecei Muay Thai e estou gostando muito, acredito que o esporte e todo o nosso entorno servem de inspiração para a arte, ela é um reflexo da vida, e por isso, aos olhos atentos, tudo pode ser utilizado.

Além da atuação e da música, você é um ativista ambiental dedicado. O que te motiva a promover a sustentabilidade e como você incorpora isso em sua vida diária?

Acredito que se conscientizarmos a sociedade ainda temos tempo de salvar o lugar em que vivemos, mas o tempo é curto. Acredito que começando com o mínimo, você já fará muito: economizando água, separando os lixos e classificando eles para a reciclagem, não consumindo produtos de marcas que agridam o meio ambiente e priorizando os orgânicos… tenho minha ONG chamada “Nós por Nós e por Todos” que leva o nome de uma das minhas músicas, que ainda quero torná-la agente de mudança, estou no começo, unindo forças para tirá-la do papel.

A série “Reis” na Record TV tem sido um grande sucesso. Como tem sido a experiência de ser protagonista dessa produção e o que você mais aprendeu com esse papel?

A experiência foi e vem sendo um presente na minha vida. Tive a honra de viver o Rei Davi, um personagem icônico conhecido mundialmente por ter derrotado o gigante Golias. Foi meu primeiro papel na televisão aberta, me esforcei muito para entregar o máximo que podia e graças a Deus fui muito bem recebido pelo público, pessoas do mundo todo chegam a me mandar mensagens e comentar sobre o trabalho. Agora tenho o privilégio de voltar a trama para interpretar o Rei Abias, descendente de Davi. Só que agora numa outra perspectiva completamente diferente. Fiquei muito honrado pela casa ter me escolhido para este personagem que vem sendo um desafio enorme na minha carreira. É uma pessoa complexa e cheia de camadas das quais eu (Gabriel) nunca cheguei a acessar na minha vida, mas que graças a arte, estou conseguindo atingir. Minha expectativa é saber qual vai ser a opinião do público sobre este personagem, que promete revelar-se uma pessoa bem diferente da que eles viram até agora na décima primeira temporada.

Quais são seus próximos projetos e sonhos profissionais e pessoais que você ainda deseja realizar?

Deus me fez um cara ambicioso. Tenho muitos sonhos e projetos. Quero lançar minhas novas músicas, apresentá-las em festivais como Lollapalooza e Rock in Rio, fazer shows para grandes multidões… quero protagonizar longas e séries para o streaming, e atingir grandes públicos com minha arte e conectar-me verdadeiramente com elas, acredito na arte como ferramenta de transformação e conexão. Não miro o sucesso, não é algo que me atrai, mas se ele vier como forma de reconhecimento pelo meu trabalho, será muito bem-vindo.

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