Em um convite provocativo para a introspecção, a psicóloga e escritora Paula Toyneti Benalia desafia os leitores a refletirem sobre as fontes de infelicidade em suas vidas com o lançamento de A Lógica da Infelicidade. O livro aborda os dilemas emocionais e comportamentais que afetam a sociedade contemporânea, incentivando uma exploração íntima sobre o que pode minar o bem-estar pessoal.
Com dez capítulos curtos e metafóricos, a obra leva os leitores a confrontarem a questão fundamental: “Se hoje fosse o último dia da sua vida, o que você faria de diferente?” Paula utiliza analogias de planejamento de viagens para explorar temas como ansiedade, pessimismo, estresse e depressão, oferecendo um roteiro prático para a busca da felicidade. Ao incentivar a externalização de sentimentos e a definição de metas, a autora orienta os leitores a se prepararem para a “jornada” da vida, apreciando o presente enquanto vislumbram um futuro mais gratificante.
Formada em Psicologia e autora de dez livros, Paula Toyneti Benalia combina sua paixão por entender a essência humana com sua experiência literária para apresentar uma abordagem inovadora ao autoconhecimento e ao desenvolvimento pessoal. A Lógica da Infelicidade não só oferece ferramentas para lidar com desafios emocionais, mas também celebra a importância de desfrutar o caminho rumo à realização pessoal.
O que inspirou você a escrever sobre a infelicidade e como essa abordagem pode ajudar os leitores a encontrarem a felicidade?
A infelicidade é algo que vem permeando a humanidade, e mesmo caminhando cada vez mais para um mundo que traz facilidades e promete felicidade, a mente humana está cada vez mais infeliz. O livro conduz o leitor a refletir sobre isso e a questionar o que o faz infeliz nesta jornada e consequentemente encontrar seu caminho para ser feliz.
Como a analogia entre a vida e o planejamento de uma viagem ajuda a compreender os desafios emocionais e comportamentais abordados em seu livro?
A vida é uma viagem, onde caminhamos para nossa única certeza que é a morte. Quando compreendemos isso, passamos a dar mais valor para a vida e os momentos bons. Quando faço analogia com o planejamento de uma viagem, ajudo a compreender de forma mais lúdica esse caminho e os desafios emocionais de cada um.
Quais são os principais obstáculos que você acredita que as pessoas enfrentam em sua jornada para a felicidade, conforme descrito em “A lógica da infelicidade”?
O principal obstáculo é o próprio ser humano, que muitas vezes se coloca em último lugar na sua caminhada, considerando situações e outras pessoas em primeiro lugar. Isso se torna um empecilho, pois o indivíduo acaba fazendo muito mais pelos outros do que por si mesmo, colocando sua felicidade como algo distante de ser alcançada.
Como você sugere que os leitores usem as ferramentas e exercícios propostos no livro para enfrentar e superar sentimentos de infelicidade?
É um trabalho mental que requer primeiramente que a pessoa esteja aberta as mudanças e as reflexões propostas, que parte do princípio de você aceitar que hoje pode ser seu último dia de vida, e traçar caminhos com base nesse pensamento.
Pode compartilhar algum exemplo pessoal ou de um cliente em que a reflexão sobre o que traz infelicidade levou a uma mudança significativa?
Eu perdi pessoas muito próximas a mim, de forma inesperada e sempre que ia nesses eventos fúnebres, me questionava sobre minha forma de viver. Isso fez com que minha mentalidade mudasse e eu colocasse minha felicidade em primeiro plano.
De que maneira suas experiências como psicóloga influenciaram a forma como você aborda a temática da infelicidade e a busca pela felicidade em seu livro?
Você estar convivendo com o sofrimento humano diariamente, faz com que questione a si mesmo, buscando uma forma de ajudar a humanidade de maneira mais ampla. O livro tem esse poder de alcance maior.
Como a escrita de romances e a psicologia se inter-relacionam em sua obra e influenciam a forma como você explora temas emocionais?
Eu sempre gostei de estudar e entender os sentimentos humanos e a minha formação fomentou ainda mais essa busca. Quando comecei a escrever, uni a psicologia com a minha outra paixão, que eram os livros e mesmo quando escrevo romances fictícios, trago temáticas emocionais profundas que precisam ser discutidas.
O que você espera que os leitores levem consigo após terminar a leitura de “A lógica da infelicidade”?
Eu espero uma mudança de olhar, mesmo que a pessoa não mude sua forma de viver, como o livro propõe. Sonho com essa mudança de visão, que lá na frente consequentemente vai trazer mudanças.
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