Com mais de 20 milhões de ouvintes nas plataformas digitais e conhecida por suas composições emocionais e sinceras, Elle Winter se prepara para lançar no dia 15 de agosto o aguardado EP Never Even Met Her, acompanhado do videoclipe da faixa-título. Produzido pelo aclamado time The Orphanage, o projeto marca uma fase de vulnerabilidade, autoconhecimento e confiança, inspirado por experiências pessoais que levaram a artista a retomar o controle de sua própria narrativa.
“Never Even Met Her” é uma afirmação tão ousada e quase irônica. Como foi transformar uma decepção tão íntima — perceber que alguém criou uma versão distorcida de você — em um projeto artístico com tanta força e identidade?
Obrigada por dizer isso! Foi muito empoderador escrever uma música que me permitisse retomar a minha narrativa. Essa música expressa como me senti quando percebi que alguém que eu conhecia tão bem estava espalhando falsos boatos sobre mim. Eu queria deixar claro que sei quem sou e que nunca deixarei a opinião dos outros ditar como vivo minha vida. Tenho a sensação de que cantarei essa música por muitos anos e que recorrerei a ela em momentos de qualquer dúvida sobre mim mesma.
Você trabalhou novamente com a equipe do The Orphanage, que também produziu seu primeiro EP, Yeah, No. O que mudou na sua dinâmica dessa vez? Você se sentiu mais confiante para se expressar e experimentar?
Foi incrível reencontrar o The Orphanage para fazer este projeto. A dinâmica trabalhando com eles foi muito semelhante às nossas sessões anteriores. Eles me incentivam a ser a versão mais honesta e autêntica de mim mesma por meio da música que criamos juntos. Desta vez, porém, senti-me mais confiante para me desafiar ainda mais, e sabia exatamente o estilo de música que queria fazer e as histórias que queria contar. Especialmente depois de trabalhar com eles em Yeah, No, entrei nessas sessões com uma compreensão mais profunda de quem eu era e do que funcionava para mim, tanto sonoramente quanto conceitualmente.

Seu novo EP mergulha ainda mais em temas como confiança, autoconhecimento e vulnerabilidade. Quais foram os maiores desafios emocionais ou criativos para transformar essas experiências em músicas que fossem ao mesmo tempo confessionais e pop?
Abordei a criação deste EP com uma nova mentalidade: o medo nunca ditaria minha vida. Essa nova atitude e confiança em quem sou transparecem na minha música mais recente. Nessas canções, consigo contar minhas histórias com confiança e mergulhar profundamente em temas como confiança, autoconhecimento e vulnerabilidade. Pode ser difícil ser vulnerável na música, especialmente sabendo que tantas pessoas irão ouvir. Mas, no fim das contas, a música da qual mais me orgulho — e que me conectou a tantos apoiadores incríveis ao redor do mundo — surgiu dos momentos em que não me contive nem fugi da verdade.
Há alguma faixa de Never Even Met Her que tenha te surpreendido durante o processo — seja ao escrever, gravar ou até pela reação das pessoas? Alguma que tenha te feito pensar: “uau, agora essa sou eu”?
Acho que ouvir Never Even Met Her pela primeira vez foi um momento decisivo na criação do meu novo EP. Depois que escrevi e gravei essa música, o resto do projeto simplesmente se encaixou. No dia em que a escrevi, fui ao estúdio querendo criar algo que fosse inspirador e desse aos ouvintes uma sensação de esperança e força — da mesma forma que minha música Yeah, No faz. Contei ao The Orphanage e à minha coautora, Olivia Kiene, sobre a Mel Robbins, uma autora e apresentadora de podcast fabulosa, e seu livro Let Them. No livro, ela fala sobre como não deixar que as ações ou fofocas de outras pessoas afetem sua vida. Quando escrevi essa música, eu tinha acabado de terminar um relacionamento e fiquei sabendo que meu ex estava descrevendo a mim e ao nosso relacionamento de forma nada verdadeira para qualquer pessoa que quisesse ouvir. Depois de ouvir as mentiras que ele espalhava, a teoria de Mel Robbins me pareceu muito pertinente, e quis capturar suas ideias inspiradoras em uma música. Acredite ou não, na manhã seguinte a escrever essa música, peguei um voo para Nova York e encontrei a Mel Robbins na esteira de bagagens! Fui até ela e disse que era destino nos encontrarmos e que ela havia inspirado minha nova música e o projeto do EP. Foi surreal e pareceu um sinal.

Seu EP anterior, Yeah, No, ultrapassou 30 milhões de streams e ajudou a consolidar sua identidade como artista. O que você levou desse projeto que lhe deu confiança para dar um passo ainda mais ousado com este novo lançamento?
Yeah, No continua me trazendo muita confiança e até mesmo direcionamento na minha vida. Saber que posso transformar uma experiência dolorosa em algo empoderador alimenta minha determinação de ser o mais aberta e honesta possível nas minhas composições. Recebo muitas mensagens diariamente de pessoas dizendo que Yeah, No as ajudou a superar um término ou um momento difícil, e isso me motiva a criar músicas que beneficiem não apenas a mim, mas, espero, também outras pessoas.
Sabemos que, além de artista, você também foi estudante na Universidade da Pensilvânia. Como conseguiu equilibrar esses dois mundos — a vida acadêmica e a indústria musical — e de que maneiras um influencia o outro na sua arte?
Meu tempo na Universidade da Pensilvânia me deu uma perspectiva mais ampla sobre quem eu sou e sobre como abordar minhas composições. Seja em uma aula de comunicação ou de cinema, o conteúdo que estudei enriqueceu minha escrita e me inspirou a explorar diferentes temas além da minha vida pessoal. Tive a grande sorte de ter um dos meus professores de cinema da Universidade da Pensilvânia trabalhando no meu próximo videoclipe de Never Even Met Her.
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