MARIANNA, a cantora e compositora carioca, tem se destacado na cena independente com singles marcantes e o lançamento do EP visual “Não Posso Te Esperar”. Com direção de Leandro Rial (ex-diretor de cena da Rede Globo) nos vídeos e Pam Martins (conhecida por seu trabalho em “Escândalo Íntimo”, de Luísa Sonza) nas fotos, o projeto é uma mescla habilidosa de influências do pop, R&B e funk carioca, combinando letras autobiográficas com uma proposta sofisticada e cativante.

Em 2022, MARIANNA já tinha chamado a atenção com os singles “Deixa Ir”, “A Culpa é Sua” e um elogiado cover de “Meu Vício é Você”, de Alcione – que recebeu elogios da própria diva da música brasileira. Sua versatilidade foi evidenciada no projeto MARIANNA: Ao Vivo, onde apresentou versões de faixas de artistas como Jão e Rosalía, além das próprias músicas. Sua estreia no Whiplash Bar, em São Paulo, também foi aclamada pela crítica.

Um dos destaques do EP é a faixa “Sexta-Feira”, co-escrita com Number Teddie e Vivian Kuczynski, produtora do álbum. MARIANNA, que guardava a música desde junho do ano passado, compartilha agora uma canção que captura o espírito de liberdade dos relacionamentos modernos. “A Outra Eu” é outra faixa do EP que aborda o amor-próprio e incorpora influências de estilos musicais que marcaram a infância de MARIANNA, como o charme e o funk carioca.

Como foi a sua jornada desde os primeiros singles até o lançamento do EP “Não Posso Te Esperar”? Houve algum momento particularmente desafiador ou inspirador nesse caminho?

Foi um período de ansiedade! Escrevi algumas muitas músicas para encontrar esse EP, fiquei um pouco obcecada com o fato de que ele seria minha primeira oportunidade de lançar uma obra com início, meio e fim, eu realmente tentei imprimir minha personalidade inteira ali. Nesse meio tempo eu terminei um relacionamento, comecei a ler muito sobre amor, entender mais sobre mim mesma nesse processo de término, e usando isso tudo de inspiração.

O EP reflete uma mistura única de influências musicais. Quais são suas principais fontes de inspiração e como é o seu processo criativo ao compor?

Difícil escolher as principais, mas me inspiro demais no trabalho da Rosalía. E tentei trazer um ar de charme carioca repensado para 2023. Muitas das melodias eu crio de cabeça mesmo, como foi com A Outra Eu e Hora de Acordar. Me vem alguma ideia, umas palavras e eu corro para escrever. Outras eu procuro algum beat no YouTube e escrevo em cima, reservo uma noite, sento-me só pra fazer aquilo. Eu uso minhas experiências de vida para escrever e passar recado.

“Sexta-Feira” é uma música que você guardou por algum tempo. O que a torna especial e por que decidiu incluí-la no EP?

Eu ia lançar Sexta-Feira como single em 2022, mas achei que ela merecia mais! Quando ela ficou pronta eu percebi que tinha feito uma coisa meio indefinida, em termos de gênero musical, e totalmente minha cara. Queria dar mais força para a música e achei que ela merecia um projeto maior. Quando montei o EP, achei que fazia todo sentido finalmente lançar. E fez. É a preferida da maioria das pessoas que ouvem o EP.

Você mencionou que o EP nasceu de leituras e reflexões sobre amor e relacionamentos. Como essas experiências pessoais moldaram a sua abordagem à música?

Ah, eu confesso que usei o EP para colocar muita coisa pessoal para fora! Esse último término me deixou confusa, sabe quando você termina e depois vê que estava com uma pessoa que não tem nada a ver com você? Tirei um tempo para mim porque não queria mais cair em furada. Então decidi ler para entender como o amor pode ser saudável, para buscar experiências em pessoas que viveram mais que eu. Tudo isso me ajudou a construir essas músicas. Tanta coisa que não posso mais esperar…

A faixa “Sexta-Feira” foi escrita em colaboração com Number Teddie e Vivian Kuczynski. Como foi a experiência de compor com outros artistas? Isso trouxe novos elementos ao seu processo criativo?

Foi muito legal escrever junto! Poder ver meu ponto de vista se desdobrando foi muito rico e depois disso escrevi com outras pessoas, inclusive para outros artistas. Descobri que quero me envolver mais no mundo da composição, adorei o processo de compartilhar as ideias.

Sua performance eletrizante no Whiplash Bar em São Paulo chamou a atenção. Como é a sensação de apresentar suas músicas ao vivo e como você descreveria a energia desse momento?

É o lugar onde me sinto mais confortável disparado! Ver como as pessoas se sentem com as músicas, poder perguntar, interagir. Me coloquem num palco cantando, por favor! Não tem nada mais legal do que isso na vida. Fora a oportunidade de conquistar novos “Marianners” foi o ponto alto do meu ano, estou trabalhando para fazer outros.

Além da música, seu trabalho também é visualmente impactante. Como você enxerga a interseção entre música e estética visual em sua arte?

A estética me ajuda demais a ambientar minhas músicas, a dar continuidade a elas. Eu já escrevo pensando em como poderia ser o audiovisual. Sempre fui muito viciada em clipes de artistas pop, comercial de perfume, que são coisas que trazem um visual muito extravagante. Quando decidi lançar a carreira já sabia que ia me apoiar bastante no visual.

Como é se destacar na cena musical independente brasileira? Quais desafios você enfrentou e quais conselhos daria a artistas emergentes?

É um sonho, de verdade. O maior desafio é conseguir fazer absolutamente tudo enquanto está fazendo arte. E se manter financeiramente também é complicado, então os mil projetos paralelos muitas vezes tiram meu foco do principal, que é compor e cantar. Meu conselho seria o de valorizar cada fã do seu trabalho e acreditar no processo, acreditar na sua arte. O processo é loucura e na maioria das vezes, longo. Paciência é tudo nesse caminho (que eu confesso que nem sempre tenho, mas seguimos)

O que os fãs podem esperar do futuro? Há algum projeto ou colaboração em que você está trabalhando e gostaria de compartilhar?

2024 vai ser um ano de explorar sonoridades, mostrar tudo que compõe Marianna e de lançar muita música. Vai ser um ano de singles, com diversas colaborações, feats e o primeiro já sai em janeiro com uma música bem dançante em um dos meus ritmos favoritos.

Por último, que mensagem você gostaria de enviar aos seus fãs que acompanham e apoiam a sua jornada musical?

Eu amo vocês demais. Agradeço todo dia por terem me encontrado e se identificado com minhas músicas no meio de tantas. Obrigada por espalharem a palavra por aí <3 Seguimos juntos e gigantes!

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