Danni Suzuki reflete sobre carreira multifacetada e impacto social em projetos artísticos e humanitários

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Danni Suzuki (Nanda Araujo)
Danni Suzuki (Nanda Araujo)

Com quase 30 anos de trajetória artística, Danni Suzuki segue encantando o público ao unir atuação, direção e roteirismo a projetos sociais de grande impacto. Em entrevista exclusiva, a atriz compartilhou detalhes sobre seu papel desafiador em Secrets, como apresentadora no reality show de moda New Faces, e revelou seu sonho de fundar uma escola de artes inclusiva, misturando tecnologia, cultura e acolhimento de crianças refugiadas. Suzuki também destacou o aprendizado adquirido em iniciativas humanitárias e o poder transformador do audiovisual como meio de reflexão e mudança social.

Danni, sua carreira é marcada por diversas facetas e conquistas. Como você enxerga o impacto dessa diversidade de habilidades no seu desenvolvimento pessoal e profissional?

Com certeza, vejo como minha maior riqueza pessoal. Minha gratidão a Deus não tem tamanho. Cada vez mais entendo que minha profissão foi a mais bela escolha para vivenciar profundamente o ser humano em diversas formas. Estudar o comportamento humano já é uma grande e verdadeira viagem, e poder “ser” diferentes seres humanos através do meu trabalho como atriz me carrega para uma experiência ainda mais intensa e profunda. E, ainda, poder escrever, criar e dirigir histórias para inspirar outras pessoas é muito empolgante.

Em “Secrets”, você interpreta Naomi, uma personagem que vive um relacionamento complexo e cheio de segredos. Como foi para você se preparar para um papel tão intenso e emocionalmente carregado?

Foi um resgate de histórias passadas, ao mesmo tempo em que abriu espaço, e emoções, para experimentar o novo. Foi um trabalho muito gratificante e desafiador.

Danni Suzuki (Nanda Araujo)
Danni Suzuki (Nanda Araujo)

O que você acredita que esse filme pode transmitir ao público sobre as dificuldades e desafios nos relacionamentos abusivos e as nuances dos segredos conjugais?

É uma boa reflexão sobre até onde nos permitimos e suportamos um relacionamento abusivo, onde nossos valores começam a se inverter e qual o valor de uma vida por aparências. O filme dá uma chacoalhada em nossas atitudes em meio a muito suspense.

Você foi recentemente anunciada como apresentadora do reality show de moda “New Faces”. Quais elementos de diversidade e inclusão você acha que vão desafiar o público a repensar padrões de beleza?

Todos os elementos possíveis!  Nem eu mesma, ao começar, tinha noção da variedade e da gigante diversidade que temos ali. Não apenas diferenças físicas, mas vidas diferentes, dores, questões, culturas e sonhos muito distintos. A beleza se estende mesmo das mais diversas formas.

Além da atuação, você tem se destacado também como diretora e roteirista. Como essa experiência nos bastidores mudou sua visão sobre o cinema e o impacto das histórias que deseja contar?

Tem sido a função que mais gosto de exercer. A possibilidade de criar histórias e poder materializar da forma que você imagina é muito grandiosa para mim! Mais do que uma satisfação própria, entendo o tamanho da responsabilidade que é esse trabalho e o quanto ele muda opiniões, inspira e altera fortemente a vida de muitas pessoas.

Danni Suzuki (Nanda Araujo)
Danni Suzuki (Nanda Araujo)Danni SuzukiDanni Suzuki

Você já trabalhou com projetos humanitários ao redor do mundo. Quais foram os principais aprendizados dessa atuação e como eles influenciam sua carreira no audiovisual?

O ser humano é movido pelas emoções, pela dor, pelo reconhecimento, pelo amor… O trabalho humanitário fortalece a compaixão e empatia, e isso nos torna mais fortes e aptos a agir diante das dificuldades da vida. Trabalhar com refugiados me ensinou que quando perdemos tudo, o que ainda nos sustenta é a fé. Não importa sua crença, mas, no fim, quem trabalha seu lado espiritual entende que o mundo é necessariamente coletivo e estamos aqui um pelo outro.

Como foi para você dublar para grandes produções da DreamWorks e o que diferencia esse tipo de trabalho dos outros papéis que você já desempenhou?

Amo dublagem! Me divirto demais fazendo. É extremamente difícil, pelo fato de ter que colocar uma emoção na voz mesmo sem senti-la originalmente, de verdade, no seu íntimo e de forma pessoal. Mas é um dos trabalhos que mais me divirto! Dar voz a um desenho é uma experiência fantástica.

Após quase 30 anos de carreira, quais novos objetivos ou desafios você ainda espera alcançar e explorar no futuro, seja no cinema, na TV ou em projetos sociais?

Quero abrir uma grande escola de artes. Uma escola que misture crianças locais com refugiadas e que promova intercâmbio de crianças do mundo inteiro, com artes, esportes e muita tecnologia. Esse certamente é o meu grande desejo a ser realizado.

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