Com seu personagem “Árabe da Shopee” e a palavra “Al-Assadam” como marca registrada, o influenciador Elton Jhon tem conquistado uma enorme popularidade nas lives do TikTok, ajudando a aliviar a ansiedade e a depressão de seus seguidores. Em uma entrevista exclusiva, ele compartilha como a inspiração divina e os desafios de sua trajetória o levaram a se conectar profundamente com seu público, transformando sua paixão por lives em uma missão de levar alegria e esperança para os outros.
Como surgiu a ideia de criar o personagem “Árabe da Shopee” e fazer as lives no TikTok? O que te inspirou a seguir por esse caminho criativo?
Muita gente na plataforma disse que eu tinha cara de árabe. Aí, o que aconteceu? Eu fui pesquisar sobre como os árabes se vestiam e a cultura deles, e percebi que eu realmente parecia com eles. Um dia, pedi um sinal para Deus, perguntando se eu deveria continuar na plataforma com aquele personagem, se isso era realmente o caminho certo para mim. Até então, ele me mandou um vídeo, e me enviou um senhor no dia 7 de março, por volta das 7 horas da manhã. Esse senhor começou a chorar e disse que eu tinha devolvido a vida para ele. Ele tinha depressão e, na época, estava com 70% do pulmão comprometido por infecção, além de sofrer de ansiedade. Ele estava pensando em tirar a própria vida, mas desde então, eu recebo muitas mensagens dizendo que ajudo a aliviar a depressão e a ansiedade das pessoas. Isso é o que me motiva todos os dias a continuar com esse personagem árabe.
A palavra “alassadam” virou uma marca registrada das suas lives. Como você inventou essa palavra e como se sente ao ver a repercussão que ela tem entre seus seguidores?
Rapaz, sobre essa palavra “Al-Assadam”… o que aconteceu? Eu fui fazer uma live com um árabe, e ele estava me ensinando a falar “Al-Assadam”. Na verdade, o certo seria falar “Assadam”, se não me engano. Aí, eu acabei falando “Al-Assadam” e o árabe começou a rir. Era um árabe de verdade. A partir daí, comecei a usar essa palavra nas minhas interações, e foi assim que surgiu o nome “Al-Assadam”. Na época, meu nome era “Árabe da Shoupi”, mas não consegui registrar esse nome porque “Shoupi” já estava registrado. Então, durante um festival aqui na minha cidade, as pessoas começaram a me chamar de “Al-Assadam”, e foi aí que decidi mudar meu nome para “Al-Assadam” e registrar. Eu não sabia que isso tomaria essa proporção toda, mas estou feliz com isso. Se Deus quiser, continuarei crescendo.
Sabemos que sua trajetória até aqui foi cheia de desafios. Como as dificuldades que você enfrentou moldaram a pessoa e o criador de conteúdo que você é hoje?
O que me moldou a fazer isso tudo foi uma inspiração que eu tive na MC Melody. Muita gente a criticou pelo falsete, mas foram os haters que ajudaram ela a se tornar grande. Eu, então, enfrentei críticas e continuei com a cabeça erguida. Não abaixei a cabeça e continuei focado. “Falem bem ou falem mal, falem de mim.” O que me inspirou foi a Melody. Ela me ensinou a lidar com os haters. Hoje, sou um cara mais tranquilo em relação a isso.

Você recebe muitos depoimentos de pessoas dizendo que seus vídeos ajudaram a aliviar momentos difíceis, como a depressão. Como é para você saber que seu trabalho tem esse impacto tão positivo na vida das pessoas?
No começo, quando pedi um sinal para Deus, e esse sinal veio no dia seguinte, eu fiquei sem acreditar que aquilo tudo era possível. Foram 15 anos tentando trabalhar com lives, sendo que 14 deles foram focados em lives de jogos. O “Árabe da Shoupi” surgiu nessa época, e Deus me deu esse sinal. Ele me mostrou que minha missão é levar alegria às pessoas, e não há nada mais gratificante do que isso. Eu tenho um depoimento no meu Instagram que não vou lembrar exatamente as palavras, mas o cara disse que a estagiária dele, que estava com depressão, estava rindo ao ouvir “Al-Assadam” na hora do almoço. Ele disse que a moça tentou tirar a própria vida duas vezes, e ver ela gargalhando foi algo raro nos últimos dois anos. Isso me motiva a continuar. Um ano depois, participei de uma batalha oficial no TikTok com o DJ Wesley Calisto, e terminei no topo do ranking do Brasil, sendo visto pelo mundo inteiro. Coincidentemente, isso aconteceu exatamente no dia 7 de março, um ano depois de eu ter pedido o sinal para Deus. Se isso não for obra de Deus, não sei o que é.
Sua relação com sua mãe é um aspecto que seus seguidores adoram e que aparece com frequência em seus conteúdos. Como ela reage ao seu sucesso e ao carinho dos fãs?
Minha mãe… Quando eu tinha 17 anos, disse para ela: “Um dia eu vou te dar uma vida boa trabalhando com lives.” Minha mãe passou por muitas dificuldades, e poder fazer com que ela participe dessa jornada é maravilhoso. Ela adora as interações com os seguidores e se encaixou bem nesse universo de criação de conteúdo. Ela sempre me apoiou e nunca pediu para eu desistir. Hoje, ela está orgulhosa de mim, e isso é muito gratificante. Ela fica um pouco tímida na frente da câmera, mas sempre interage quando eu a chamo. Graças a Deus, ela está muito feliz com tudo que está acontecendo.
Você já teve uma série de profissões antes de se dedicar à criação de conteúdo. Como essas experiências influenciam no seu trabalho e na sua visão sobre a vida hoje?
Graças a Deus, já trabalhei em muitas coisas. Desde os meus 17 anos, tentei trabalhar com lives. Trabalhava de segunda a sábado e, no final de semana, abria a live na Twitch para tentar fazer lives de jogos. Também vendi motos, tive uma oficina de bicicletas por seis anos e trabalhei como motoboy. Tomei a atitude de sair desses empregos para tentar o ramo das lives. Foram 4 meses de muito trabalho, saindo das 9h da manhã e trabalhando até 7h da noite, para depois começar a live às 9h e só parar às 4h ou 5h da manhã. Eu acreditava que era o que eu queria para minha vida, e graças a Deus, estamos aqui hoje. A coragem de tomar essas decisões foi fundamental, pois se eu não tivesse tomado essa atitude, talvez ainda estaria no mesmo lugar.

Seu público está em constante crescimento e inclui figuras conhecidas, como Cesar Menotti. Como é lidar com essa popularidade e o que você acha que faz com que as pessoas se conectem tanto com você?
Graças a Deus, tenho recebido o apoio de muitas pessoas famosas, como César Menotti, Túlio Milionário, Sofia Valverde, Xamã, MC Davi, MC Bela, e muitos outros. O que me conectou com essas pessoas foi o humor e a comédia. Durante a pandemia, com tanta depressão e ansiedade, conseguir levar alegria para as pessoas foi o que me fez me conectar com elas. Eu recebo relatos de pessoas que, ao assistir meus vídeos, se sentem mais leves, e isso é muito gratificante.
Quais são seus próximos passos como criador de conteúdo? Você já tem novos projetos em mente ou algo que gostaria de realizar no futuro?
No futuro, não quero ficar só nas lives. Fui para a praia, em Arraial do Cabo, vesti minha roupa de árabe e comecei a andar por lá. Estrangeiros, pessoas que nunca me viram, pediram para tirar fotos comigo, e eu achei muito legal. Meus planos são expandir para criar conteúdo em shoppings, praias e outros lugares, não apenas em casa ou em estúdios. Eu também penso em andar com seguranças, ir a baladas e realizar outros projetos. Esses são meus planos para o futuro.
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