Cacau Colucci fala sobre mudança de vida no casamento, maternidade e envolvimento com defesa dos animais

Luca Moreira
18 Min Read
Cacau Colucci
Cacau Colucci

Cacau Colucci, conhecida por sua marcante participação no Big Brother Brasil 10, abriu seu coração em uma entrevista exclusiva sobre sua jornada desde o reality até a emocionante fase da maternidade. Com seu marido, o delegado Bruno Lima, ao seu lado, Cacau compartilhou detalhes sobre como lidaram com a repercussão da gravidez, revelando momentos íntimos e desafios enfrentados.

Além de relembrar sua trajetória desde o Big Brother até sua incursão no mundo da atuação e influência digital, Cacau revelou detalhes sobre seu relacionamento com Bruno Lima, destacando a admiração mútua e os desafios de conciliar carreiras e vida pessoal diante da chegada do primeiro filho.

Ao falar sobre valores e princípios que norteiam sua vida pessoal e profissional, Cacau destacou a importância de contribuir com um trabalho social significativo e deixar um legado de boa educação e valores para seu filho.

Por fim, Cacau compartilhou sua perspectiva sobre cuidar da saúde mental e bem-estar emocional diante da exposição na mídia e das opiniões públicas. A entrevista reveladora de Cacau Colucci oferece um vislumbre da mulher por trás das manchetes, destacando sua jornada inspiradora de superação, amor e autenticidade.

Em relação ao anúncio da sua gravidez, como você e seu marido, Bruno Lima, lidaram com a repercussão na mídia e nas redes sociais?

Cara, a gente ficou muito feliz com a notícia. Era algo que desejávamos muito, ter um filho. No entanto, estávamos quase desistindo. Decidimos não fazer inseminação após dois anos tentando que acontecesse naturalmente. Esperamos três meses para divulgar na mídia, pois, como sabemos, os primeiros meses de gravidez são mais arriscados, e preferimos aguardar um pouco antes de contar. Foi uma decisão consciente. Recebemos muitas mensagens de carinho e acolhimento, o que foi muito gratificante. Infelizmente, nem todos têm um coração bom, e há quem torça contra. A internet pode ser um lugar cruel, mas recebemos muito apoio. As pessoas acompanharam toda a gestação, o nascimento e continuam acompanhando o Arthur até hoje. Isso é muito especial.

Você poderia compartilhar conosco um pouco sobre sua experiência ao participar do Big Brother Brasil 10 e como isso influenciou sua trajetória profissional?

Sobre o Big Brother, nossa, mudou completamente a minha vida e a minha trajetória profissional, não é? Sou formada em Letras pela universidade pública, mas nunca trabalhei na área. Paralelamente à faculdade, atuava em eventos e posteriormente abri minha própria agência de eventos, fornecendo modelos e recepcionistas para feiras e congressos. Entrei no Big Brother nessa época e acabei deixando minha agência. A partir daí, fiz muitos trabalhos, muitas presenças VIPs. Naquela época, não havia muito trabalho pela internet, nem Instagram. Então, fazia muitas presenças em festas, desfiles, fotos para capas de revista e viajava muito. Depois, fui contratada pela Record para a Escolinha do Gugu, fiz curso de atriz e tenho DRT. Trabalhei como repórter na Rede TV! Atualmente, tenho meu podcast. Minha vida tomou outros rumos, mudou completamente, tanto profissional quanto pessoalmente. Fiz muitas participações em programas de TV e publicidades, inclusive na era da internet.

A experiência dentro do Big Brother é uma loucura. Por mais que a gente tente explicar, só estando lá mesmo para entender. Dá a impressão de que se está lá por muito mais tempo do que realmente está. Você fica se questionando se há pessoas assistindo, se o programa está empolgante, há várias dúvidas. Isso acaba levando as pessoas a falarem demais e relaxarem. Você não tem contato com o mundo exterior, então fica duvidando de tudo. É uma experiência muito intensa e única, difícil ter uma visão total do jogo, pois você vê apenas seu próprio olhar. Fora que a edição do programa é um olhar único também. Você acaba fazendo alianças que podem ser erradas e isso pode prejudicá-lo no jogo. É como um jogo de xadrez, cada edição é diferente. Sua participação no Big Brother pode ser considerada um sucesso ou não, depende de muitos fatores além de você mesma. O ranço de outras pessoas pode ser seu pior inimigo lá dentro, te cegando muito. Mas é uma experiência única que leva para a vida toda. Você se conhece mais, conhece seus limites, seus erros, defeitos, qualidades e fraquezas ficam mais evidentes. É um lugar até esquisito, pois quando você está lá dentro, está exposta publicamente, mas quando sai, tem medo de como foi vista. Não me arrependo de nada.

Como é ser casada com o delegado Bruno Lima e como vocês conciliam suas carreiras e vida pessoal, especialmente diante da chegada do primeiro filho?

Bom, o primeiro contato que tive com o Bruno foi de admiração, sabe? Foi vendo ele na internet. Vi ele salvando macaquinhos do tráfico de animais silvestres, né? Aí eu falei, gente, eu vou casar com esse homem, profetizei para mim. Atração tem muito a ver com admiração, não é? Então, primeiro, admirei o trabalho dele, depois fui conhecê-lo. Deve ser uma pessoa muito linda, de caráter, de coração. Ainda é bonito, então acho que é muito legal ter orgulho da pessoa que você está. Acho que o Bruno merece toda a admiração, toda a reverência, porque o trabalho que ele faz é fantástico. Esse tipo de pessoa merece ter fãs de verdade, sabe? Porque faz um trabalho relevante para a sociedade, para os animais. Viemos de mundos completamente diferentes, como contei. Eu vim do Big Brother, Carnaval, eventos, e o Bruno veio do mundo da polícia, não é delegado, mas de muitos mundos completamente opostos. Até chegarmos a um senso comum, vou falar assim, ninguém pode deixar de ser o que é, mas todo mundo tem que ceder um pouquinho, entender o outro, para conseguir viver em harmonia, né?

O casamento é isso, não é? Mas hoje, estou em outro momento, não é? Quis mais tranquilidade, como já fiz tudo o que queria fazer na minha vida. Hoje tenho mais paz para poder construir uma família, dedicar-me mais ao meu filho. Sou muito realizada profissionalmente, fiz meu pé de meia, como falei, não segui tão firmemente a carreira de atriz, mas acabei me realizando um pouco na internet, nas redes sociais. E tive que acelerar um pouco também, tanto que viemos para o interior para ter uma vida mais calma, tranquila. Tive meu filho com 30 anos, então me programei para ser mãe mais tarde para poder cuidar dele como queria, com mais tranquilidade, acompanhando cada passo dele. Cada mulher sabe o que é melhor para si e o que deseja, não é? Então hoje vivemos muito em paz, pensamos bem parecido, temos os mesmos desejos, entende?

Apoio muito a carreira do Bruno, como falei, admiro demais ele. A primeira coisa que nos uniu foi a causa animal. Nos conhecemos no Carnaval, que é uma paixão em comum, então viemos de mundos opostos. Mas temos muitas coisas em comum, principalmente agora que estamos em uma fase mais calma. E o Arthur veio para selar todo esse amor. Claro que não existe casal perfeito, né? Temos nossas desavenças, mas estamos muito, muito felizes mesmo, de uma maneira geral.

A primeira vez que vi Bruno foi no Instagram, sabe? Ele postou um vídeo salvando macaquinhos do tráfico de animais silvestres. Eu falei, além de gato, salva bichinhos, vou casar com esse homem. Profetizei, né? Depois nos encontramos no Carnaval, eu desfilava, né? Desfilei 7 anos em escola de samba. Falo que tudo começou no Carnaval. Mas nosso primeiro ponto em comum foi a causa animal, né? Sempre fui madrinha de instituições de animais, sempre gostei, sempre ajudei. Mas eu e Bruno viemos de mundos opostos, né? Eu vim de eventos, Big Brother, ele da polícia, não delegado, muito sério, né? Então demoramos um pouco para encontrar a harmonia no relacionamento. Tínhamos algumas desavenças, diferenças no começo, né? Mas isso foi mudando. Cada um cedendo um pouco, entendendo o outro. E a vontade de estar junto foi maior que tudo isso. E o Arthur veio para selar tudo isso, né? A gente é louco alucinado nele e me sinto super realizada. Fui mãe aos 39 anos, então fiz tudo o que quis fazer. Vivi muito, né? Então viemos para o interior para ter uma vida mais tranquila, calma. Sempre programei ser mãe mais tarde e queria tirar o pé do acelerador mesmo para acompanhar a infância dele. Hoje trabalho mais na internet, tenho podcast e apoio ele em tudo, acompanho sempre que posso. E é isso, acho que estamos nos encontrando e seguindo nosso caminho numa harmonia cada vez melhor.

Cacau Colucci
Cacau Colucci

Quais são suas expectativas e planos para a maternidade? Você já tem alguma ideia de como conciliará sua vida profissional com os cuidados com o bebê?

Eu corri bastante na minha vida, fiz um pé de meia, graças a Deus, porque sabia que quando fosse ser mãe, queria tirar o pé do acelerador mesmo, para me dedicar mais à maternidade. Não acho que a gente deva deixar a vida profissional de lado, não por completo. Mas me programei para ser mãe mais tarde, para poder curtir mesmo, sabe? A gente tem que buscar a felicidade em todos os aspectos. Então tenho meu podcast, gravo uma vez por semana, faço meus vídeos na internet, minhas publicidades, mas de uma maneira mais leve, tranquila, com escolha, entende? É para poder ter essa opção de escolher o que quero fazer ou não. Como falei, também foi uma escolha vir para o interior. Mas é isso, me sinto mais realizada assim.

Como você define sua trajetória desde sua participação no Big Brother Brasil até agora, considerando sua incursão no mundo da atuação e influência digital?

Sobre o BBB e o mundo digital, eu estudo o BBB 10, de 2010, 14 anos atrás, quando nem Instagram existia. Quais participantes daquela época são lembrados hoje e têm uma rede social relevante? Além da Grazi e da Sabrina Sato, são pouquíssimos, não é? Há poucas pessoas que são lembradas e têm uma presença significativa nas redes sociais. Sinto que acompanhei bem essa transformação até a era digital. Nossa época era de muitos eventos, participação em programas de TV, capas de revista; era uma outra realidade.

Hoje, tenho bastante visibilidade, sou procurada no mundo digital, faço vídeos principalmente nos meus nichos de maternidade, casal e animais. Entrei também no BBB 21 para fazer um desfile. Sou chamada para mesas de bate-papo do BBB na Globo, às vezes participo de programas de TV e continuo fazendo publicidade para marcas grandes, como Nokia e Pampers, principalmente nos meus nichos de família, casal e animais. Estou realizada e me considero uma pessoa de sucesso, mesmo sendo de 14 anos atrás.

Você e seu marido têm algum projeto conjunto relacionado à causa animal que pretendem desenvolver ou promover?

Sobre os projetos na causa animal, participo ativamente nos bastidores. Discutimos tudo, desde projetos de lei até matérias e ideias de conteúdo. Contribuo mais em áreas relacionadas à minha formação e experiência. Por exemplo, Bruno tem um projeto de lei sobre inclusão da causa animal na grade curricular das escolas, onde posso ajudar mais, enquanto tenho mais experiência em mídia e redes sociais. Sou muito ligada ao público do Bruno e posso oferecer feedback sobre o conteúdo que ele compartilha, garantindo que seja mais conscientizador. Recebo muitas denúncias e demandas, e filtro essas informações para ele. No entanto, não busco o protagonismo; o projeto é do delegado Bruno Lima e visa combater os maus-tratos aos animais. Acredito que o protagonismo deve estar nos animais, não em nós.

Cacau Colucci
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Quais são seus principais valores e princípios que norteiam sua vida pessoal e profissional?

Hoje em dia, valorizamos muito o princípio de ajudar o próximo e os animais. Sempre tivemos esse sentimento, mas agora agimos mais ativamente. Mesmo eu trabalhando mais nos bastidores, sinto que faço parte disso tudo. Estamos aqui para evoluir, deixando de lado o ego e a vaidade para contribuir com um trabalho social significativo, especialmente para nosso filho, deixando um legado de boa educação e valores. Bruno tem deixado um legado lindo, principalmente na causa animal. Ele transformou essa causa no Brasil, e isso nos enche de orgulho. Não é apenas para os animais, mas também para a sociedade. Ele não promete nada e entrega tudo. Não é alguém que faz promessas vazias, mas sim alguém que trabalha e mostra os resultados. E o Arthur está crescendo nesse ambiente, o que nos dá uma base sólida como família. Estamos focados na evolução espiritual, independente de religião. Sentimo-nos mais completos e com um propósito maior para estar aqui. Não adianta estar feliz apenas na vida profissional, pois isso pode ser muito vazio.

Diante da exposição na mídia e das opiniões públicas sobre sua vida e decisões, como você cuida da sua saúde mental e bem-estar emocional?

Sempre tive uma saúde mental e emocional muito boa. Claro que ninguém gosta de ouvir críticas ou lidar com haters, mas isso acaba nos tornando mais resilientes, mais fortes. Faz parte da exposição, tem seu ônus e bônus. Atualmente, estamos em uma fase mais tranquila, um pouco afastada da mídia. Já estive mais no olho do furacão, e passei minhas experiências para o Bruno, que entrou na vida pública depois de mim. Trocamos muitas experiências e nos apoiamos mutuamente.

Bruno é muito querido, tem muitos apoiadores e um público fiel. No entanto, preferimos evitar exposições desnecessárias da vida pessoal. Ele é bastante reservado nesse aspecto, prefere focar no trabalho. No começo, eu talvez tenha exagerado um pouco na exposição, mas isso nos fortaleceu. Algumas coisas devem ser guardadas para nós mesmos, tanto as boas quanto as ruins. Declarações de amor, por exemplo, devem ser feitas diretamente à pessoa, e desavenças devem ser resolvidas em particular. Nem tudo precisa ser compartilhado nas redes sociais.

Eu tive pouquíssimas críticas na vida, mas sempre soube lidar bem com elas. Aceito críticas construtivas e ignoro aquelas que não têm fundamento. Sempre tive uma cabeça muito boa para isso. Acho importante cuidar da saúde mental e ter discernimento para ouvir principalmente a opinião das pessoas que realmente se importam com você. As outras nem sempre têm boas intenções.

Cuidar da saúde mental é essencial, especialmente no mundo digital, onde as pessoas podem se perder facilmente. Se puder, fazer terapia é uma ótima ideia, todos nós precisamos de apoio emocional em algum momento.

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