Brigitte Knightley estreia no Brasil com fantasia sombria e romance proibido em “O irresistível desejo de amar quem tanto odeio”

Luca Moreira
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Brigitte Knightley
Brigitte Knightley

Entre ordens mágicas rivais e um romance tão intenso quanto perigoso, a autora Brigitte Knightley faz sua estreia literária no Brasil com O irresistível desejo de amar quem tanto odeio, publicado pela Plataforma21. Primeiro volume da duologia Na força do ódio, a obra combina fantasia, humor ácido e romance “enemies to lovers” ao narrar a improvável aliança entre Osric Mordaunt, um assassino da Ordem Fyren, e Aurienne Fairhrim, curandeira da Ordem Haelan, que precisam superar rivalidades para enfrentar uma doença misteriosa no universo mágico.

A premissa do livro gira em torno de duas personagens de ordens opostas que são forçadas a coexistir e colaborar. O que a atrai para esse tipo de conflito e por que escolheu o tropo “inimigos a amantes” para sua estreia?

Quando comecei a escrever THE IRRESISTIBLE URGE TO FALL FOR YOUR ENEMY, eu tinha uma página em branco e uma pergunta: “O que acontece se a força irresistível se apaixona pelo objeto inamovível?”

Eu queria escrever uma história de inimigos a amantes com duas protagonistas tão opostas, tão repelentes uma à outra por natureza, que nem eu, como autora, poderia ter certeza de que elas terminariam juntas. Osric, a força irresistível, surgiu de forma ousada como um assassino de imenso charme e pouca integridade. Aurienne, o objeto inamovível, veio em seguida: uma curandeira altiva e moralista, tão cheia de integridade que se torna quase rígida com isso.

“Inimigos a amantes” é o meu tropo preferido porque eu adoro finais felizes conquistados com sangue, suor e lágrimas — e toneladas e toneladas de desejo. O anseio e a paixão reprimida são a minha forma favorita de tortura.

Osric e Aurienne têm visões de mundo completamente diferentes, mas são forçadas a confiar uma na outra. Como foi o processo de construir esse vínculo entre elas sem cair em clichês?

Osric é um assassino, Aurienne é uma curandeira. Ele acha que ela é uma certinha insuportável que só quer fazer o bem, e ela acha que ele é a escória da humanidade. Essa dicotomia curandeira/assassino, com a animosidade natural embutida, foi o principal motor da história. Em termos de processo, isso colocou Osric e Aurienne como antíteses uma da outra em praticamente todos os planos possíveis (profissional, ético, sistêmico) — e me deixou um enorme espaço para desenvolver um vínculo delicioso e lento entre elas, quando os sentimentos (proibidos!) começam a surgir.

Engraçado é que, mesmo tendo criado Osric e Aurienne para serem polos opostos, ao longo da história percebi que elas também eram muito parecidas: altamente competentes em suas respectivas áreas e, consequentemente, arrogantes e cheias de si.

A linguagem afiada, os insultos bem colocados e a tensão entre as protagonistas são destaques do livro. Há alguma cena em particular que você se divertiu muito escrevendo?

Essa história simplesmente fluiu de mim, o livro inteiro foi a minha parte favorita! Mas se eu tiver que destacar uma cena preferida, direi a cena do farol e a cena da sacada (acho que os fãs de desejos proibidos vão gostar bastante delas também).

A duologia ainda está em andamento. O que as leitoras podem esperar do segundo volume: redenção, mais caos ou um pouco de ambos?

Um pouco de ambos, além de uma boa dose de angústia!

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