No Rock In Rio 2024, MC Tuto subiu ao Palco SuperNova e apresentou “The Box Medley Funk 2”, um hit que conquistou mais de 200 milhões de visualizações no YouTube e alcançou o Top 5 Global. Nascido em Ermelino Matarazzo, o jovem talento do funk paulista vem ganhando destaque com sua mistura de ritmos latinos e funk carioca, além de letras autênticas. O sucesso da música, em parceria com Brinquedo, Laranjinha, Cebezinho e DJ Oreia, solidificou a carreira de Tuto, que agora se firma como uma referência no cenário musical brasileiro e mundial.
Como foi o processo criativo por trás do EP “2 T Na Levada”? O que te inspirou a explorar essa nova fase mais ousada e imprevisível da sua carreira?
O processo criativo do ‘2T’ na Levada foi muito bem pensado e elaborado, especialmente com a mudança na modalidade do funk. Quando entrei, comecei a acertar as músicas, que inicialmente tinham poucas visualizações, mas hoje já alcançaram milhões, graças a Deus. Trouxe essa nova levada para as ruas, buscando essa mudança no funk. Fui inspirado pelo funk antigo, aquele de 130 BPM, e criei uma nova pegada que também aprendi no rasteiro. Esse foi o processo criativo do EP.
O que me inspirou foi essa mudança no funk, um retorno às origens. Lembrei muito do meu início, porque eu ouvia muito funk com aquele centro de BPM, que é de onde o funk surgiu. Voltei às raízes, e isso é o que está tocando atualmente. Nós trouxemos uma levada diferente, e foi isso que me inspirou a ser um artista com novas melodias, flows e letras.
Você mencionou que o EP destaca a “dualidade” do artista. Pode nos explicar melhor como essa dualidade se reflete nas faixas e no conceito geral do projeto?
Isso foi um processo criativo de um codinome, um codinome bem abreviado, sabe? Eu abreviei essas palavras, e é daí que vem o ‘2T’, que significa ‘Tuto’. Isso tem muito a ver com a ideia de duas personalidades: às vezes, penso muito além e, em outras, sou um cara muito tranquilo. Quis me esconder um pouco das redes sociais, da internet, da música, enquanto também sou esse cara com muita vontade. Então, eu meio que misturei essas duas personalidades: um lado mais doido, voltado para o funk proibido, algo mais ’18+’; e o outro lado, que é o Hermes, mais calmo e tranquilo. Foi isso que eu quis trazer com essa nova revolução do Instituto do STEM.
Sua trajetória no funk é marcada por perseverança e inovação. Como você vê sua evolução desde os primeiros vídeos com recursos limitados até o trabalho atual na Sonar Music?
Perseverança e inovação. Hoje eu vejo quem eu sou e quem eu era antes, e me sinto muito orgulhoso, cara, por ser alguém que estudou a cena, estudou o funk, estudou a música e, principalmente, estudou a si mesmo. Sempre tive a vontade de mudar as coisas e fazer do meu jeito, o que é mais difícil de ser aceito. Quando você é o pioneiro de algo, é difícil fazer com que acreditem em você, é difícil alguém dizer que é bom. Mas, quando é bom, você acaba virando referência e inspiração. Tenho muito orgulho do que vivo, do que vivi e desse processo criativo na vida como MC.
“2 T Na Levada” conta com grandes colaborações. Como foi trabalhar com outros artistas neste projeto, e de que forma essas parcerias contribuíram para o resultado?
Na Levada, contamos com grandes colaborações. Como foi trabalhar com outros artistas nesse projeto? Foi sensacional, porque precisei de mais conexão, amizade, e alguns amigos que estão no ‘The Ground’ também participaram. Mesmo os que não fazem parte, contribuíram. Foi uma oportunidade mútua: eu ofereci oportunidade a eles e eles a mim. Além disso, há muitas músicas solo também. E de que forma essas parcerias contribuíram para o resultado? Contribuíram muito. O talento estava presente em conjunto com esses amigos talentosos. Não vou citar nomes, porque não lembro de todos, mas são amigos talentosos, com boas conexões, e de quem sou fã. Foi sensacional, e essas participações colaboraram bastante para o projeto.
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