PIX automático deve reduzir índice de inadimplência e reorganizar fluxo financeiro

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(Foto: Marcello Casal jr/Agência Brasil)

Ferramenta facilita o cumprimento de obrigações ao evitar esquecimentos e possíveis atrasos. Atualmente, 30,5% das famílias estão inadimplentes

A adoção do PIX automático no sistema financeiro brasileiro tem potencial para reduzir a inadimplência e reorganizar o fluxo de pagamentos recorrentes. A modalidade, que permite autorizações únicas para cobranças periódicas, oferece liquidação imediata e maior controle ao consumidor, além de previsibilidade de caixa para empresas. Uma boa notícia em um país em que 30,5% das famílias terminaram o mês de setembro inadimplentes, de acordo com levantamento feito pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

Segundo Eduardo Sgobbi, CEO da Edan Finance Group, o PIX automático contribui para a organização das finanças pessoais e empresariais. “Ao permitir que o consumidor autorize previamente cobranças com parâmetros definidos, como valor, data e periodicidade, a ferramenta facilita o cumprimento de obrigações e evita esquecimentos ou atrasos. O cancelamento pode ser feito a qualquer momento, caso os termos acordados não sejam respeitados”, explica.

Mas essa não é a única vantagem. A liquidação instantânea proporcionada pelo PIX elimina o tempo de compensação bancária presente nos boletos, que pode levar até dois dias úteis. Esse intervalo afeta diretamente o emissor, que precisa incorporar o custo financeiro da espera no valor cobrado. Para o consumidor, o pagamento por boleto não é reconhecido de forma imediata, o que pode gerar transtornos em serviços como planos de saúde, seguros, contas de consumo como água e luz, mensalidades escolares, entre outros.

Com o PIX automático, o pagamento é processado no momento das datas planejadas na autorização. Isso permite que empresas identifiquem rapidamente os clientes inadimplentes e agilizem processos de cobrança e renegociação. A eficiência no fluxo de recebíveis reduz o tempo de dinheiro em trânsito e melhora a gestão financeira, completa Sgobbi.

A automatização também contribui para a educação financeira. Ao receber notificações com os dados da cobrança, o consumidor pode verificar os termos antes de autorizar. Essa dinâmica estimula o acompanhamento das despesas e o planejamento mensal. Para empresas, a previsibilidade de caixa facilita a tomada de decisões estratégicas e a expansão de operações.

O serviço não gera custo adicional para o consumidor. Já para as empresas, o custo pode variar conforme o relacionamento com a instituição financeira. Sgobbi explica que empresas com maior volume de transações podem negociar tarifas mais baixas. “Mesmo quando há cobrança, o custo é inferior ao de um boleto bancário, devido a maior integração e tecnologia mais moderna na automação no processamento”.

A modalidade representa uma evolução em relação ao débito direto autorizado. O consumidor recebe todos os parâmetros da cobrança e decide se autoriza ou não. Caso não concorde com os termos, basta não aceitar a solicitação. Essa dinâmica oferece maior controle e segurança ao usuário.

Essa modalidade também é uma oportunidade para bancos e fintechs, já que podem desenvolver operações de crédito emergenciais com liquidação em até 30 dias para honrar o Pix Automático por inadimplência provocada por eventos atípicos.

Apesar dos avanços, é necessário atenção no momento do cadastro. O usuário deve verificar cuidadosamente os dados da cobrança antes de autorizar a recorrência. O Mecanismo Especial de Devolução (MED), criado pelo Banco Central para casos de fraude, não cobre erros cometidos pelo próprio usuário, como o envio de valores para destinatários incorretos.

No ambiente corporativo, o PIX automático também representa uma oportunidade de integração tecnológica. A modalidade permite que empresas automatizem seus processos de cobrança com menor custo, maior eficiência, rating por pagador e previsibilidade de caixa.

Gestão

Sobre essa possibilidade de automatizar processos de cobrança e pagamento, Sgobbi apresenta como exemplo um aplicativo disponibilizado pela Edan voltado para o setor financeiro que reúne funcionalidades para gestão de recebíveis, controle de fluxo de caixa e análise de perfil de pagadores. A plataforma permite que empresas acompanhem em tempo real os pagamentos efetuados via PIX, boletos e cartões, com categorização por cliente, data e tipo de serviço. “É importante, pois mesmo com a evolução do PIX, as outras formas de pagamentos continuam a ser usadas e é preciso ter controle sobre o todo”.

O aplicativo também oferece ferramentas de conciliação bancária automatizada, painel de inadimplência com indicadores atualizados, criação de regras personalizadas de cobrança e integração com sistemas ERP. Há ainda suporte para gestão de contratos e assinaturas digitais com validade jurídica.

Outro destaque da Edan Finance Group é a maquininha RAPIDINHA MULTI, um equipamento estruturado Multi-adquirência, reduzindo sensivelmente riscos de não processamento e ou falha no sinal.

As vendas em cartão de crédito podem ser liquidadas em D+1 na conta EDAN do Lojista através da antecipação automática. A RAPIDINHA MULTI EDAN aceita pix, cartões de débito e crédito com parcelamentos em até 12 vezes. A conta vinculada à maquininha é remunerada e não possui mensalidade, gerando assim ainda mais dinheiro para o lojista.

A tecnologia possui também funcionalidade de split que permite o pagamento automático de parceiros com percentual definido pelo usuário, diretamente a partir do movimento do cartão. Essa solução é ideal para Clínicas Médicas, Franquias e outros modelos de negócios multi-agente.

Sgobbi avalia que o PIX automático ganhará espaço à medida que consumidores e empresas percebam os benefícios operacionais e financeiros. A modalidade se insere em um contexto de transformação digital do sistema bancário, com foco na agilidade, segurança e redução da inadimplência, mas não poderá caminhar sozinha. “Com o apoio de soluções como o aplicativo desenvolvido por nós, o setor financeiro tende a avançar na direção de uma gestão mais eficiente, integrada e orientada por dados”, afirma.

Sgobbi esclarece ainda que o Split não pode ser utilizado para Fornecedores ainda (somente parceiros e franquias) pois pode caracterizar desvio de finalidade perante a receita e fraude tributária.

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